Confiança

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O senhor Olavo tinha recebido novamente o telefonema da polícia, para saber se David havia chegado, e sentia a pressão da parte dos agentes.

O mordomo Alfredo que o tempo corria contra eles, e que aquilo não poderia virar um empecilho a eles, não agora que estavam tão pertos.

Maria Lurdes e Melinda como mães estavam preocupadas como seus filhos longe delas, e só queriam que as coisas voltassem ao normal, mas mal sabiam elas o que estavam por vir ainda.

Gabriel e Paulo receberam a visita da polícia em suas casas, e se surpreenderam ao saber que Camila estava envolvida na tentativa de assassinato de Felipe, mas não puderam ajudar muitos.

Felipe continuava internado e induzido ao coma, mas estava fora de perigo.

Lucas estava no apartamento, e resolvera tomar uma ducha enquanto David aproveitava o momento para ligar ao seu pai.

— Acabamos de chegar, o Lucas está tomando um banho, e anda desconfiado demais, fazendo perguntas — desabafou David ao seu pai. — Não estou conseguindo dobra-lo, e não quero brigar com ele pai.

Olavo estava bastante pensativo na sua poltrona, no seu escritório.

— Eu sei eu sei filho, e vocês não podem brigar, isso não é bom, o Lucas é um garoto maravilhoso e não merece isso, mas eu temo por ele saber da verdade e querer fazer alguma coisa, e por sua vida em risco — revelou.

— Não acho que Lucas seria tão insensato de querer fazer algo, alias, se Camila pretende fazer algo a nós, temos que ficar longe dela e não ir ao seu encontro — ponderou David.

Olavo não estava tão certo a conclusão do filho.

— Lucas tem um senso grande de justiça David, você parece não conhecer muito esse lado dele, eu prefiro que ele não saiba do que está acontecendo.

David suspirou.

— Eu não sei o que fazer pai! Como posso sair do apartamento e pegar o avião de volta? Não posso deixar o Lucas sozinho!

— David você precisa voltar para dar esclarecimento à polícia se não será emitido um mandado de busca — avisou.

David passou a mão no cabelo impaciente.

— Pai o senhor deve ter muitos contatos com muita gente poderosa, então use dessa influência para sei lá, deixar eu em paz — sugeriu.

Olavo suspirou.

— Filho estamos falando em tentativa de assassinato e não de uma das brigas que você e seus amigos se envolviam nas ruas e que eu podia conversar com os policiais e deixar tudo numa boa, mas esse tipo de coisa não se resolvem assim com conversinha, a polícia está toda envolvida, Camila logo estará nos noticiários da TV.

David sentiu pressionado.

— Maldição!

— O avião ainda não decolou, você terá que inventar uma desculpa ao Lucas, sei lá, e voltar para cá — ditou as regras. — Depois de tudo esclarecido, você retorna para o Lucas.

David dava pancadinha na cabeça contra a parede.

— Droga... droga... — murmurava. — Eu tenho medo de deixa-lo sozinho aqui pai.

— Camila não sabe desse apartamento, ela nunca esteve aí — disse. — Você nunca a levou aí certo?

David não precisou muito pensar para responder, nunca tivera levado Camila ali antes, era um apartamento de família pouco usado. Lembrara de ter somente uma vez levado seus amigos, depois de uma balada altas horas da noite, na companhia de algumas garotas de programas. Felipe naquela noite ficara com uma morena, ele com uma japonesa e Hélio com uma ruiva.

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora