O convite

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Amanheceu um dia lindo na cidade da família Odebrecht, mas o clima dentro da mansão não estava nada assim tão lindo quanto estava do lado de fora dela.

Lucas quase não dormira aquela noite. Já David conseguiu dormir e dormiu como uma pedra.

O sr. Odebrecht tinha hábito de acordar cedo, para resolver todas as coisas que pudesse, e o problema de família não seria diferente, por isso, acordou e fez sua higiene pessoal, tomou uma ducha e vestiu sua roupa esporte.

— Querido ainda são seis da manhã... — murmurou a sra. Maria Lurdes ainda na cama, protegendo o rosto com o lençol quando ele afastou as cortinas da janela. — Volte para cama, os rapazes ainda estão dormindo.

— Eu gosto de resolver as coisas o mais rápido possível amor, sabe disso, adiar nunca foi meu estilo — respondeu ele. — Mas pode deixar, irei correr um pouco, me exercitar e depois vou conversar com os dois.

— Já que eu estou acordada vou me levantar e fazer um pouco de Ioga — Maria Lurdes decidiu. — Ana Clara ainda está dormindo, vou pedir para a senhora Melinda ficar aqui com ela.

— Tudo bem, amor, eu vou descer e beber um suco, até daqui a pouco — ele se inclinou e a beijou nos lábios e saiu.

O sr. Odebrecht desceu as escadas e encontrou Lucas já de pé, sentado no sofá. Ele foi até ele.

— Olá Lucas como passou o restante da noite?

Lucas se virou para ele, se levantando.

— Bom dia senhor Olavo, eu passei bem — mentiu. — E o senhor?

— Já tive noite melhores, acredite — sorriu e fez Lucas sorrir sem jeito. — Acordou cedo.

Lucas estava se preparando para falar com ele.

— Bem, eu não quero que o senhor entenda mal... mas eu decidi ir embora para a casa da minha mãe senhor Olavo — disse com toda calma que conseguiu reunir.

O senhor Olavo diferente da sua esposa não tentou fazê-lo mudar de ideia, e ouviu calmamente.

— Entendo você Lucas, o que meu filho e seus amigos fizeram a noite passada é inadmissível, sei o que sentiu e que está sentindo, é uma atitude lógica e compreensível.

Lucas olhou para ele surpreso.

— Então eu... eu vou arrumar as minhas malas e esperar o motorista me levar tudo bem?

— Não é preciso, eu mesmo posso levá-lo se quiser — se ofereceu. — Estava indo fazer minha corrida, todas as manhãs de sábado eu corro, você já praticou um pouco de esporte logo ao amanhecer do dia?

Lucas balançou a cabeça.

— Não senhor, o máximo que faço é pedalar um pouco.

— Então que tal fazer companhia comigo pelo menos dessa vez? — convidou ele. — Depois de corrermos um pouco a gente descansa e mais a tarde eu te levo para sua casa.

Lucas viu que ele pedira com esperança de que ele aceitasse e no mínimo que poderia fazer por ele era aceitar seu pedido.

— Tudo bem, senhor, mas eu aviso, não sou um bom corredor, e não quero atrapalhar sua corrida.

O sr. Olavo abriu um sorriso.

— Já ter uma companhia nessa linda manhã de sábado já é mais que suficiente, não é sempre que tenho essa oportunidade de alguém aceitar correr comigo.

Lucas sorriu para ele e foi para o seu quarto se trocar, e usar tênis para correr com o senhor Olavo.  

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora