No bar

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David e seus amigos estavam num bar no centro da cidade, e Felipe e David jogava uma partida de sinuca, enquanto Camila e os outros, Gabriel, Hélio e Paulo sentavam a uma mesa tomando cerveja.

— Reparou que só tem de mulher aqui você e a garçonete? — observou Paulo, olhando para Camila. Ela sorriu irônica mostrando-lhe o dedo do meio, dizendo em seguida.

— É que a sua mãe está nos fundos fazendo boquete para um cliente, se não seria três aqui.

Gabriel e Hélio cuspiram a cerveja ao rirem.

— Do que vocês estão rindo? — David indagou ao se distrair na gargalhada da mesa ao lado.

— Nada não só uma piada engraçada — se adiantou Gabriel, controlando a crise de riso.

Felipe se preparava para matar a bola 07 e numa tacada certeira a bola branca lançou a de número 07 para dentro da caçapa.

— Vai preparando a carteira amiguinho, essa já está no papo.

Camila se levantou, surpresa ao ver que David estava perdendo para Felipe.

— O que está acontecendo, você sempre ganha dele.

David deu de ombro, conformado.

— As vezes também perco.

Hélio bebeu o restante da sua cerveja.

— Será que está com a cabeça em outro lugar é?

— Como assim? — David olhou para ele, enquanto Felipe encaçapava outra bola, e agora se preparava para matar a número 09.

Hélio olhou bem para ele.

— Você está bastante tenso, parece preocupado, nem parece estar aqui realmente.

Camila o abraçou pela cintura, fazendo chamego a ele.

— Com certeza ele preferia estar agora num lugarzinho bem quente e comigo, em vez de estar aqui com vocês, beberrões — Felipe errou a mira, e David riu, agradecendo Camila por distraí-lo. E ela sorrindo voltou a se sentar junto aos rapazes, e David se posicionara para recuperar os pontos, e uma a uma, as bolas eram matadas e Felipe rangia os dentes, vendo que sua sorte mudara.

— Vou querer revanche! — anunciou depois que a última bola foi enterrada.

Camila comemorou, pedindo mais uma rodada de cerveja à mesa.

— Vai com calma amor, você não deveria beber tanto assim — David foi descansar enquanto Felipe com raiva ajustava as bolas na mesa.

— Deixa de ser careta, alias, quem vai dirigir é o perdedor essa noite, por tanto nada de beber ouviu? — ela disse meio alto para que Felipe percebesse que era para ele, e riu.

— A gente vai ficar aqui até que horas? — perguntou Paulo.

Hélio olhou no relógio.

— Ainda está cedo, nem é nove ainda, vamos ficar até as dez, e depois partimos — propôs.

Camila sorriu, abraçando David e o beijando na boca.

— Eu quero depois uma compensação por essa vitória, hem, gatinho.

— Hum, depois é?

— Claro porque se fosse agora seus amigos e todo restante do bar teriam que sair para fora — respondeu rindo. — O que é meu só você tem permissão de ver e tocar.

David viu a malícia provocante nos olhos da namorada, e se levantou antes que ela se descontrolasse e montasse em cima dele.

— Vamos logo acabar com isso — disse ele indo até a mesa de sinuca. — Que depois tenho outras bolas para enterrar. 

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora