A promessa

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Lucas procurou por sua mãe que estava conversando com a empregada Antônia na cozinha.

— Mãe a senhora teria um 1 minuto?

Melinda pediu licença para Antônia, e foi ao encontro dele.

— Oi Lucas, aconteceu algo? — ela percebeu que ele estava um pouco abatido.

— Nada de grande importância, eu só queria avisá-la que vou à casa do Felipe e talvez eu até durma lá, tudo bem?

— Lucas, querido, aconteceu algo sim, eu te conheço, não quer mesmo se abrir comigo? — insistiu ela.

Lucas balançou a cabeça lentamente, dizendo.

— Eu não vou avisar dessa vez o senhor Olavo, eu quero que a senhora avise-o quando eu estiver ido.

Melinda se convenceu de que ele não queria mesmo falar sobre o que estava afligindo-o.

— Tudo bem, mas caso você for dormir por lá, me ligue antes para saber, promete?

— Claro mãe, eu ligarei sim, obrigado e até mais.

Ela o viu saindo tristemente e sua vontade era de correr e abraçá-lo, mas se conteve. Por uns instantes achou que ele estivesse infeliz de estar ali, que a sua chegada em vez de alegrá-lo, só o deixara mais triste... ela sabia que ele estava sofrendo por alguém, e não era somente pela perda do pai, e sim por não poder ter alguém que o desejava.

Lucas torceu para que não encontrasse pelo caminho o casal Odebrecht, e com cuidado para não ser flagrado conseguiu sair da casa e caminhou até chegar ao portão pequeno, e saiu com a roupa do corpo mesmo, sem levar nada, porque não sabia se Felipe iria querer que ele passasse a noite por lá.

Lucas foi no local combinado e antes mesmo de chegar viu o carro de Felipe já estacionado e ele encostado na porta.

— Lucas que bom que veio, estava preocupado — Felipe foi até ele, e o abraçou sem se preocupar se alguém de fora estivesse olhando. Lucas correspondeu o seu abraço forte, e sentiu vontade de manter o abraço por mais tempo, para sentir seguro e protegido, mas se desfez do abraço momentos depois.

— Felipe eu preciso tanto de atenção, sei que parece coisa de garoto mimado, mas estou precisando de um ombro amigo nesse momento.

Felipe escutava-o, e reprimia o máximo o sorriso de satisfação ao perceber que ele estava preste a deslizar para os seus braços, e no que dependesse dele, aquela noite Lucas estaria na sua cama.

— Lucas sabe que sempre vou estar com você, é nessas horas que a amizade se faz valer, e pode acreditar no que depender de mim farei você ficar mais feliz — disse Felipe pegando suas mãos com ternura e Lucas sorriu agradecido.

— Espero que eu não esteja atrapalhando algum programa seu, por favor, se eu tiver me fale, não gosto de ser inconveniente Felipe.

— Mesmo que estivesse, eu desmarcaria tudo para somente te ouvir e te aconselhar — disse ele. — Eu sou bom nisso, acredite.

Lucas riu timidamente e Felipe o puxou para entrar no seu carro. E os dois partiram.

Felipe desviara o trajeto do caminho, indo para fora do condomínio.

— Felipe para onde estamos indo?

— Lucas quero te fazer uma surpresa — Felipe disse sorrindo. — Você confia em mim?

Lucas achou aquilo muito estranho, mas procurou relaxar, pois Felipe estava sendo muito prestativo.

— Tudo bem então.

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora