O jantar

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A empregada Antônia, uma senhora de meia idade bateu na porta do quarto de Lucas, fazendo que ele saísse da cama para atendê-la.

— Olá meu jovem, só vim lhe dizer que o jantar estará servido à mesa dentre poucos minutos — ela lhe sorrindo informou.

— Muito obrigado por me lembrar, já vou me arrumar e descer — ele disse e fechou a porta.

Dentre poucos minutos depois ele descia para se reunir a família na sala de jantar. Observou que David não estava à mesa, somente os senhores Odebrecht e sua mãe que estava sentada ao lado de Ana Clara.

— Olá Lucas, vem, sente-se aqui ao meu lado — convidou o sr. Olavo. — Você deve estar achando estranho o horário em que começamos a jantar, mas se não estiver com fome e quiser comer depois, não tem problema algum.

Lucas afastou a cadeira e sentou, agradecendo.

— Não, para mim está ótimo, sr. Olavo, muito obrigado.

Maria Lurdes levantou a mão delicadamente para um dos empregados a disposição e ele atendendo sua ordem foi e trouxe as bandejas de comidas que seria servida. Lucas teria que se acostumar com aquela rotina de empregados vindos e indos o tempo todo, mas admirava o jeito gentil e educado como os senhores Odebrecht tratavam seus empregados. Ana Clara tinha dificuldade de se alimentar sozinha, e por isso sua mãe precisava estar sempre ao seu lado, ajudando-a.

— Bem um bom apetite para todos — levantou a taça de vinho o sr. Odebrecht, e eles começaram a refeição.

David e sua namorada, e mais seus amigos desciam as escadas conversando animadamente, e isso chamou atenção do sr. Olavo que da sala de jantar ouviu a baderna e risos.

— Eles nem respeitam o horário do jantar! — resmungou o sr. Olavo incomodado, enquanto o agito dos jovens se distanciava.

— Amor, relaxa, sabe como os jovens de hoje em dia são — Maria Lurdes apaziguou a irritação do marido.

Lucas fingia não ter ouvido nada e continuava a mastigar sua comida, enquanto procurava não olhar para o lado onde estava o casal conversando baixo.

Observava sua mãe que tentava fazer Ana Clara comer uma colherada, mas ela desviava a boca da colher.

— Aninha, olhe aqui — Lucas conseguiu fazê-la parar e olhar para ele. — Faz assim — ele abriu a boca e ela olhando para ele fisgada com sua encenação, abriu a boquinha e sua mãe admirada conseguiu por uma colher e ela fechou, mastigando.

Os senhores Odebrecht ficaram surpresos, e aplaudiram elogiando a ideia de Lucas, e sua mãe o olhou da outra extremidade da mesa agradecida.

— Ela vai acostumar com você Lucas — disse a sra. Maria Lurdes, feliz.

— Eu espero que não, porque depois quando eu for não quero que ela sinta saudade de mim — disse ele.

— Você sabe o que eu te disse hoje cedo não é? — o sr. Olavo o lembrou, e Lucas assentiu, forçando um sorriso de compreensão a ele. — Tudo que eu disse está de pé e ficará.

— Pode deixar que irei pensar com carinho sr. Olavo, desde já sabe que sou muito agradecido pela generosidade.

— Você merece Lucas, é um excelente garoto, assim como sua mãe sempre nos dissera — Lucas olhou para sua mãe e sentiu as bochechas corarem, e seu olhar dizia o quanto ficara feliz por saber disso.

Depois da excelente refeição, eles comeram uma deliciosa sobremesa, encerrando o jantar.

— Estava excelente o jantar, sr. Olavo, sra. Maria Lurdes — elogiou satisfeito.

— Eu assino embaixo, Lucas! — o confirmou. — Se mais tarde sentir fome, pode invadir a cozinha, tem muita coisa que vai gostar de lá.

Lucas sorriu para ele, e pediu licença para se retirar, ia fazer sua higiene bocal. Subiu as escadas para usar o seu banheiro onde estava sua escova de dente.

Depois de sua higienização, ele deitou na sua cama para descansar, ligou a TV.


O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora