Intenções

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Lucas foi conduzido para dentro da casa de Felipe, e igual à família Odebrecht ele também tinha seus empregados. Uma mulher aproximadamente 30 anos, de avental aproximou deles, recepcionando o visitante.

— Boa tarde, deseja beber algo?

Lucas balançou a cabeça rapidamente e olhou sem graça para Felipe ao lado.

— Está tudo bem Alicia, obrigado, vamos ir para o meu quarto jogar um pouco, pode trazer duas cocas geladas e uns salgadinhos lá?

Lucas observou o jeito gentil de como ele pedia as coisas.

— Sim senhor, vou preparar tudo e já subo — ela se retirou. Lucas olhou e notou que ela era bastante atraente.

Felipe percebeu a reação de Lucas.

— Ela é como uma irmã mais velha para mim, apesar de ser mais novo apenas quatro anos.

Lucas olhou para ele surpreso.

— Eu achei que tivesse uns 20 anos.

Felipe riu e depois disse num tom de voz que soou maliciosamente.

— Mas eu tenho muita energia ainda.

Lucas fingiu não ter percebido sua mensagem e disfarçou olhando para a sua volta, comentando.

— Sua casa é muito linda.

— Obrigado, agora vamos subir pro meu quarto? — convidou.

— S-seu quarto? — ele pareceu relutante, preocupado.

Felipe estendeu a ele sua mão, e Lucas olhou sem saber se pegaria.

— Olha tudo bem, eu não importo se você é gay — comentou Felipe deixando Lucas perplexo.

— C-Como assim, não estou entendendo... — disse sentindo envergonhado, sem jeito.

— Você é gay não é? — perguntou sério Felipe a ele, e Lucas respirou fundo, encarando ele agora diretamente.

— Sim eu sou — confirmou. — E você?

Felipe fez um biquinho com os lábios, pensando.

— Não me acho gay, tipo, sei lá... é difícil falar disso, você se sente bem falando de sua sexualidade?

Lucas relaxou os ombros.

— Bem... nunca falei disso abertamente a um conhecido, sabe?

Felipe se aproximou e tocou-lhe no ombro gentilmente.

— Espero que me considere um amigo para se sentir confortável e desabafar.

Lucas olhou sorrindo para ele.

— Fico feliz por querer me dar apoio Felipe.

— Vamos pro meu quarto lá podemos conversar melhor, venha, não tenha medo — e Lucas decidiu aceitar, e subiu as escadas com Felipe na frente.

Entraram no quarto.

— Que quarto grande — comentou Lucas. — E bem organizado, você é muito perfeccionista pelo que vejo... — concluiu admirado.

Felipe encostou a porta, e Lucas virou para ele com um pouco de susto.

— Não se preocupe logo a empregada irá aparecer com nosso lanche, então, por favor, sente-se na cadeira.

Lucas resolveu aceitar sua sugestão. A cadeira era confortada.

— Então — Lucas disse querendo puxar a conversa, cruzando as mãos inquietas em cima do colo.

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora