Capitulo 23

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       Ponto da Prim.

   Depois de já estar pronta, fui para o local do desfile dos tributos. 

   Quando entrei todos me olharam, alguns com cara de surpresa e outros me encarando, só não conseguia entender o porquê, já todos estávamos vestidos conforme os nossos distritos. 

   Fui para o fundo onde a minha carruagem e os cavalos já estavam preparados. 

   Vinte minutos depois de já estar lá esperando, Finn, no caso o Josh, chegou perto de mim, acompanhado da Carlie que estava com um vestido exuberante conforme o seu distrito. 

   --Achei muito exagerado. — comentou a Carlie assim que parou na minha frente.- O seu vestido Jen é simples e perfeito. 

    --Obrigada. — respondi.- Mas segundo o meu estilista isso aqui é só o básico mesmo, a mágica vai acontecer quando entrarmos no desfile. 

    --Só tem uma coisa que eu não entendi. — falou o Fin/Josh e eu incentivei ele a continuar.- Porque temos que usar essas roupas tão estranhas.

    --É porque o presidente escolheu fazer sobre a época medieval. — falou o Cinna parando do meu lado.- Por isso das roupas.

   --Me sinto uma princesa. — falei sorrindo para ele. 

    --Que bom. — ele disse e então um apito soou bem alto.- Esta na hora de se posicionarem nas carruagens.

   Nos despedimos da Carlie/Jenna e subimos nas carruagens. Me virei para o Cinna. 

   --Jenn, posso te chamar assim? — respondi com a cabeça. Ele colocou uma pulseira no meu pulso.- Quando você se sentir confortável e só passar a pulseira em alguma parte do vestido que a mágica vai começar.

   --Okay. E muito obrigada. — me virei para frente no mesmo instante em que a carruagem começou a se locomover.

    --Conheço ele de algum lugar, mas não lembro da onde. — comentou o Finn, perto da minha orelha para que ninguém pudesse escutar.  

   --Se eu te contar quem é, você não vai acreditar. — falei e ele me olhou. Então falei mais baixo.- Ele foi o estilista da minha mãe, é o Cinna.

    --Mas como isso é possível? — ele perguntou surpreso.

    Antes que eu pudesse responder, saímos para a multidão. Era muita gente para um espaço só, era exatamente como minha mãe tinha contado. 

    Aquilo me dava arrepios na espinha e deixava minha barriga gelada de nervoso, só mão sei dizer se de nervoso ou medo do que estava para começar.

    Olhei para o Finn e foi aí que tive certeza, nossos pais tinham feito história nos jogos e nós iriamos homenageá-los fazendo esse desfile ser ainda mais inesquecível. 

    Então olhei para a frente com uma cara de superioridade e nojo. Passei a pulseira no corpete do vestido e então veio a surpresa, o vestido começou a pegar fogo como o da minha mãe.

   Cinna você é demais. 

    Estava tão surpresa que nem senti quando Finn pegou a minha mão e levantou, como os meus pais fizeram a tantos anos. 

   Cinna nos fazer usar aquelas roupas era um sinal evidente de rebelião e ele iria fazer isso do melhor jeito que sabia. 

    Contudo, da última vez que ele fez uma coisa assim, minha mãe teve que ver ele ser agredido e morto, o que será que aconteceria agora?

    Essa era uma questão para outra hora, pois agora, tudo que minha mente conseguia focar era nos gritos que vinham das arquibancadas.

    Não queria admitir, mas a sensação de ouvir as pessoas gritando seu nome é incrível e hoje entendendo como meus pais se sentiram, pelo menos na primeira vez que atravessaram aquelas ruas. 

   Demos a volta e retornamos para onde os estilistas nos esperavam. O desfile foi mais rápido do que eu imaginava, ou talvez, tenha sido a emoção.

   Não paramos em frente ao palanque do presidente, mas ao longe, consegui avistá-lo, em todo o seu poder e arrogância.

   Quando a carruagem parou e avistei o meu estilista, corri para lhe dar um abraço, estava sem palavras, então apenas o abracei e depois fomos para os elevadores que nos levariam até nosso andar. Que como já era esperado, seria o último. 12.º andar. 

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