Capítulo 49

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     Ficamos no distrito 6, até que conseguimos ajudar todos os feridos e os sobreviventes do ataque. Aqueles que precisavam de uma cirurgia ou estavam em estado grave foram levados para o 13. E os sobreviventes que não queriam mais ficar no distrito foram levados para o distrito 12, onde tudo estava sendo preparado para recebê-los. 

    Também reconstruímos a linha de trem e a plataforma, já que era o único meio de chegar comida, remédio e suplementos básicos para aqueles que ficaram. 

   Beetee também construiu um sistema de monitoramento anti ataque aéreos, um sistema parecido com o que tínhamos no 13.

    --Parece que tudo vai começar a voltar ao normal por aqui. — eu falei, olhando em volta.

    --Tudo graças a nós. — falou o Finn, me abraçando pelas costas.- Melhor, graças a você e a sua mãe.

   --Não, tudo graças a união de pessoas que trabalharam juntas para salvar e ajudar outras pessoas, pessoas que estavam precisando. — respondi, ficando de frente para meu namorado, sem sair de seus braços- Nada, além disso, meu amor.

    --Rose, você sempre pensando nos outros e nunca se vangloriando em cima de nada.

    --Mas estou mentindo, Finn? — perguntei, olhando em seus olhos.- Fizemos tudo isso juntos, como um grupo.

   --Não, como uma família. — Finn me deu um sorriso.- Mas chega de papo, quero te mostrar uma coisa.

    Ele pegou a minha mão e me levou em direção a uma colina que ficava a leste da entrada da cidade. 

   Quando chegamos no topo dessa colina, pude ver a coisa mais linda da vida, os raios do por do sol tocavam as ruínas do distrito e tudo ganhava vida.

   --Às vezes existe beleza na destruição, sabia, Rose? — Finn comentou, sem tirar os olhos dos raios.- Os raios tocando nessas ruínas é como se lá, no fundo, houvesse esperança para a salvação.

   --Sabe, você está totalmente certo. — falei e depois joguei meu braço em volta do pescoço dele, então nos beijamos.- Eu já disse o quanto te amo?

   --Hoje? — ele perguntou sorrindo.- Não. 

   Ele me beijou de novo até nós dois ficarmos sem ar, em um momento ele escorregou e acabamos caindo, mas, com isso demos muitas gargalhadas e ali no chão mesmo voltamos a nos beijar. 

   --É melhor voltarmos antes que escureça. — falei para ele, com um enorme sorriso nos lábios. 

   --Verdade. Vamos. — ele me levantou.

   Foi quando eu vi um soldado da capital surgir atrás do Finn, eu ia avisar para ele tomar cuidado, mas, alguém tapou minha boca com o pano e eu desmaiei.

    Minha cabeça latejava muito, parecia que alguém tinha jogado uma bomba na minha cabeça.

    Abri os olhos e estava em uma sala toda branca. Estava deitada em uma maca presa pelos pulsos e pernas. Eu estava sem roupa, apenas com um pano cobrindo minhas partes íntimas.

    Eu tinha sido sequestrada e já conseguia imaginar quem tinha sido o mandante de tal ato e para ajudar, ainda tinha tirado minhas roupas sem meu consentimento.

    Não sei por quanto tempo fiquei ali sozinha, tentando me soltar e apenas me machucando, depois, fiquei olhando para o teto. Estava ficando com dor no corpo de ficar deitada na mesma posição. 

    A porta se abriu, me dando um grande susto e o Presidente Jonsy passou pela entrada, depois fechou a porta. Ficamos sozinhos naquela sala e eu só podia esperar que alguém pudesse estar observando, mas, pensando bem, se eu gritasse por ajuda, duvido que alguém viria ao meu auxílio. 

   --Bom dia, senhorita Mellark. -ele disse e sorriu com uma expressão bem assustadora.- Temos muito o que conversar.

Continua...

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