Capitulo 31

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 Pov. Jennifer/Prim

    Quando abri os olhos estávamos dentro da Arena. Na hora me deu um desespero, pois, me lembrei da mamãe e de tudo que ela me contou sobre estar neste mesmo lugar. Sentia meu peito se apertando, estava perdendo o ar. Precisava me recuperar, não podia perder o controle, não agora. 

  Então, me lembrei do Finn, comecei a procurá-lo, mas não o achei em lugar nenhum próximo de mim. Ele deveria estar do outro lado da cornocópia e por isso não conseguia ve-lo.

   Comecei a olhar toda a Arena, precisava entender minhas opções e decidir o que iria fazer quando a contagem terminasse. Continuei olhando em volta e finalmente entendi o formato e lógica dessa Arena. 

   --Só pode ser brincadeira. — falei para mim mesma.- Sério Seneca? Essa arena. O que você está planejando?

   A Arena é a mesma do Massacre Quartenário que meus pais participaram anos atrás.

   Pelo menos na parte da cornocópia era tudo igual ao Massacre Quartenário, esperava que o restante da Arena também fosse. Isso me daria uma vantagem em relação aos outros. Nos daria uma chance, pois, eu e Finn sempre ouvimos história daqui. Mas onde estava o Finn? Preciso achá-lo. Somos aliados. 

   Quarenta segundos para dar o sinal de início dos jogos.

    Olhei para a Cornocópia novamente e me decidi que era lá que eu iria me concentrar, pois, preciso de armas, mas, eu não podia ir correr para lá durante o banho de sangue.

    Trinta segundos.

    Mas eu vi o arco, dois. Isso quer dizer que três ou quatro pessoas usam o arco como arma. Preciso pensar direito e me decidir, o tempo está acabando.

     Vinte segundos.

    Não posso, mas também preciso da mochila que está nas laterais. Podem ter coisas bem úteis. O que devo pegar? O que minha mãe faria? 

    10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1...

    A sineta toca e não penso em mais nada, só pulo na água. Nado o mais rápido que posso. O jogo começou e seja o que Deus quiser. 

    Sei que não devia e se minha mãe estiver vendo isso e eu espero que não, vai me xingar muito pela decisão que tomei. 

    Corro na direção da Cornocópia. 

   Uma garota do distrito 4, arremessou uma adaga na minha direção, desviei, mas foi por pouco. Ela mudou o foco para outro tributo que estava mais próximo dela e isso me deu um tempo para chegar até o arco.

    Sinto muito, mãe, mas vou ter que matar alguém se quiser sobreviver a isso e sair viva daqui. Pensei comigo mesma.

    E acertei a garota da adaga pelas costas, que caiu na água e percebi que ela estava lutando contra a Carlie.

    Carlie pegou a arma que estava na entrada da cornocópia. Ela escolheu o machado, não é uma surpresa que tenha escolhido essa arma, afinal, sua mãe usava uma igual.

   Ela se aproximou, pegou uma mochila e eu fiz o mesmo, juntas demos a volta na cornocópia. Olhei em volta mais uma vez procurando o Finn, mas, eu não o via e não podia ficar parada, então, corremos para dentro da floresta. 








     
 

  Pov. Josh/Finn 

     A porta se fechou e o elevador começou a subir até que apareci na Arena. Até aquele momento o medo não tinha me atingido, mas, me lembrava do conselho do meu pai antes de entrar no avião, não podia perder minha calma e deixar minhas emoções me controlarem, aquele era o primeiro modo de se morto. 

    E para piorar a situação, eu não achava a Prim em lugar nenhum e suspeitava que ela estivesse do outro lado da cornocópia e por isso não a cia.

    Claro que nos colocariam em posições diferentes, para complicar nossa situação e facilitar no banho de sangue. Quanto mais mortes melhor. 

    Quarenta segundos para o sinal de valendo.

    Escutei a contagem começar e finalmente olhei para a Cornocópia e a primeira coisa que vi foi tridente. 

   Mas, também percebi que a Cornocópia parecia um relógio e prestando um pouco mais de atenção, percebi que a Arena do Massacre Quartenário que meu pai participou tinha sido recriada. 

    Trinta segundos

    Voltei minha atenção para a Cornocópia. Precisava daquele tridente, mas o banho de sangue não era uma boa ideia, mas, eu sabia que a Prim iria correr na direção do arco que estava ali dentro. 

    Vinte segundos 
   
    O bom é que minha namorada é boa em estratégias e sabe se virar. Eu tinha acabando de ter uma ideia.

    10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1...

   Me virei de costas para a Cornocópia e pulei na água, iria nadar até a Cornocópia debaixo d'água, ninguém me viria e eu era bom em fazer isso. A água é meu segundo planeta.

    Tenho que agradecer minha mãe por ter me ensinado a fazer isso, se sair daqui. 

    Nado até o outro lado e ninguém me vê. Quando tenho certeza que está seguro, saio da água e corro até o Tridente.

    Mas quando estou voltando, um garoto do distrito 5, que estava com um facão, me acerta no braço. Não queria, mas não tive escolha. O matei sem pensar duas vezes, em um movimento rápido. 

   Só espero que minha mãe não esteja vendo isso. Não conseguirei olhar nos olhos dela se souber que ela viu o que acabei de fazer. 

    Não achei a Carlie nem a Prim. Por enquanto, sou apenas eu. Pego uma mochila que estava perto do menino que matei e corro na direção da floresta. o

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