Capitulo 16

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      Dois meses depois do retorno de Rose e Finn


   Eu estava com o Finn em casa, meus pais, e meu irmão estavam na padaria, então estávamos sozinhos. Ficávamos na sala namorando, só namorando, nada, além disso.

   Foi quando o telefone tocou, me levantei para atender o telefone que estava na cozinha. Ao atender, percebi ser o Pluttarch, ele pediu para pegarmos o notebook que tínhamos ganhado e entrar na câmera, pois ele tinha algo importante para nos falar. Foi o que fizemos. Finn pegou o dele que estava no meu quarto.

   Abri o notebook e entrei na câmera como ele tinha pedido. No mesmo segundo, Pluttarch apareceu na tela e esperamos que ele começasse.

   --Tem alguém ai com vocês? — perguntou Pluttarch.

   --Não, estamos sozinhos. — respondi- O que o Senhor deseja?

    -- Okay. Vocês têm uma missão muito importante. — ele falou e depois continuou. — Na capital.

    --Então, qual é a nossa missão? — perguntou Fin.

    --Não posso dizer muito, mas descobrimos que o novo presidente está querendo trazer os Jogos Vorazes de volta e dessa vez bem pior do que os anteriores.

    --Mas isso é uma maluquice. — falei muito revoltada.- Ele não pode fazer isso.

     -- Na verdade, pode. E é aí que vocês entram. — ao ouvir essas palavras, minha barriga congelou.

   --Como assim? — Finn perguntou por nós dois.

   --Eles não vão fazer sorteios, vão simplesmente aparecer nos distritos e levar um casal de jovens. — falou ele gesticulando para nós dois.- E vocês têm que dar um jeito para serem os dois jovens do doze. Se conseguirem, terão que mudar de nomes e ninguém poderá saber quem são seus pais. Agora preciso saber vocês aceitam a missão?

    Eu olhei para o Finn e senti um misto de sentimentos muito confusos e uma certa preocupação.

    --Sim. — respondi por nós dois.- Quando eles viram nos levar?

    --Hoje, no finalzinho da tarde. Se preparem. E tem mais uma coisa, seus pais não podem saber que vai acontecer hoje, eles têm que sofrer a dor. Tem que ser o mais real possível. Vocês me compreenderem?

   --Sim, senhor. — respondemos juntos.

    Pluttarch não disse mais nada e desligou a nossa chamada, ficamos olhando para a tela preta.

    Fechei o notebook, nos entre olhamos, nervosos. Sabíamos que esse dia chegaria e teríamos que sair em missão, mas pensamos que teríamos mais tempo com nossas famílias.

  Estava na hora de começar a dizer adeus, mas um adeus que não deixasse ninguém saber o que iriamos fazer. Então para dizer adeus fizemos o almoço.







Um pouco mais tarde naquele dia.


    Quando os pacificadores chegaram, eu e Finn estávamos andando pela praça perto da padaria dos meus e assim que vimos os soldados se aproximando nos separamos para que ninguém suspeitasse de nada. 

    Corri para a entrada do mercado negro, sabia que lá ia ter gente o suficiente para ninguém achar estranho eu estar la naquele horário e como a maioria seria adulto facilitaria o meu trabalho. Isso sem falar que é o lugar favorito dos pacificadores. 

    Estava andando perto da área de objetos para caça quando um pacificador chegou por trás de mim, me assustando.

   --Quantos anos a senhorita tem? — perguntou o pacificador.

   --Tenho 16, senhor, por quê? — falei, mas eu sabia o motivo.

   --Você serve. 

   Ele passou o braço na minha cintura, me pegando no colo, tinha que fazer parecer um sequestro mesmo. Então, comecei a gritar por socorro.

    Ele tapou minha boca com a mão livre, me impedindo de gritar, então comecei a chutar qualquer coisa meus pés alcançava.

   As pessoas dentro do prego estavam assustadas e algumas até tentaram me ajudar, mas outros pacificadores impediram qualquer ação. 

    Depois de cinco minutos me carregando pelas estradas do distrito 12 em meio a uma grande confusão, o pacificador me jogou dentro de um carro onde Finn já me esperava. 

   Eu não sei o que ele tinha feito para ser pego, mas tinha dado certo e nosso plano tinha sido iniciado. O carro saiu andando, melhor correndo, quase voando.



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