Capitulo 26

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      O dia tinha começado bem cheio, conhecer a nossa equipe completa já tinha sido demais, saber que a minha tia estava viva já era outra coisa bem grande e agora os treinamentos iriam começar.

     Pelo menos isso era algo bom, pois, eu não ficaria pensando nas perguntas que não paravam de surgir em minha mente. Como todos eles estavam vivos? Como iria contar para minha mãe que a irmã que ela tanto ama e pensou estar morta, esta viva? 

   --Acho que por agora você não vai conseguir responder a essas perguntas. — falou o Finn, como se estivesse lendo meus pensamentos.- Temos que agir como se nada tivesse acontecido. E você não está conseguindo esconder muito bem a sua preocupação e surpresa. 

     Eu sabia que ele estava certo quando me disse isso antes de partimos para os treinos hoje mais cedo, mas, esses pensamentos não paravam de surgir. 

   Eu estava tão distraída que errei um golpe super fácil de desviar, cai do lado de fora do tablado.

    --É imaginei que alguém com o seu corpo e do seu distrito seria fácil de abater. — falou o garoto do 5 que se achava o machão.- Que tal sentar e deixar os homens cuidarem disso.

    Meu sangue subiu pela cabeça, olhei para o Finn e depois para a minha equipe. Eles me incentivavam com o olhar a revidar. 

    Nesses jogos, as equipes tem autorização para assistir pessoalmente o treino de seis tributos e com isso poder ajudá-los a se preparar melhor para a Arena. 

    --Você é o sabichão, não é? — perguntei subindo no tablado de novo.- Então, vem me pegar. 

    Me posicionei para lutar e ele também. Ele começou a andar em círculos e eu a observar sua postura. Em minutos achei uns quatro pontos fracos que ele não protegia e seria fácil derrotá-lo.  Vou mostrar para ele o que alguém do meu distrito consegue fazer.

    Ele veio para cima de mim, desviei e acertei um soco na garganta. Ele se recuperou rápido do golpe, e tentou outro, mas peguei seu braço, torci para trás, dei uma joelhada no estômago. Quando ele se levantou e veio para cima de mim de novo, peguei o outro braço e com todo o meu corpo, fiz o corpo dele girar no ar e cair para fora do tablado. 

    --Quem é o fraco agora? — perguntei, enquanto ele se recuperava.

   Me virei para o Finn e então vi a cara de surpresa dele, senti um braço em volta de mim. Sabia que ele não ia desistir então estava na hora do golpe final. Dei um cotovelada as cegas para ele me soltar e depois segurei o pescoço dele, acertei o estômago com o todas as minhas forças. 

   O garoto caiu inconsciente. Desci e fui abraçar meus amigos.

    --Mandou bem. — falou o Cato.

    --Nunca vi ninguém lutar como você. — falou a Clove.

    --Obrigada. — agradeci. 

   --Deveriam ver ela com um arco na mão. — disse o Finn.

   --Ela é boa mesmo, Josh?  -Cato quis saber. 

   --Perfeita. — ele respondeu.

   --Acredito que teremos uma carta na manga para a Arena. Não conte a ninguém sobre isso. — Glove me disse e eu concordei com a cabeça.- E você, Josh, tem alguma habilidade especial?

    --Ele é bom com um tridente. — falei, antes que o Josh pudesse tentar discordar.- Mas, como faremos pata colocar um tridente e um arco na Arena sem mostrar do que somos capazes nos treinos? Pelo que ouvir dizer, eles nos observam o tempo todos e é assim que sabem quais armas colocarem Arena.

    --Daremos um jeito. — Cato disse.- Agora, os dois, voltem para lá e acabem com os outros tributos.

    Ele estava certo, tínhamos muito o que treinar. Cato pode parecer assustador, mas, eu gosto do jeito dele de ser. Ele parece ser uma boa pessoa ou depois de todos esses anos, se tornou uma. 

Jogos Vorazes Nova GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora