Capitulo 58

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     Os dias voltaram a uma certa normalidade, mas, não significava que paramos de trabalhar, estávamos treinando para invadir a Capital. 

    A maior dificuldade que tive foi convencer o Finn e meus pais a me deixarem participar da Guerra, mas, eu sou filha da Katniss Everdeen e sempre consigo o que quero. Só que um acordo foi feito entre mim e minha família, se as coisas estivessem feias, iria sair da batalha. Não tive outra escolha se não aceitar. 

     Os treinos faziam minha mente ficar ocupada e evitava que eu lembrasse do tempo em que fui torturada na Capital, mas, não podia evitar meus pesadelos. Hoje entendo por que minha mãe não dormia direito. 

    --Você esta bem? — Finn perguntou, depois do almoço, enquanto descansávamos.-Você não dormiu bem essa noite.

    --Não durmo bem a noites, Finn. — respondi, tentando não ser ríspido com ele, afinal, meu namorado não tem nada a ver com minhas noites mal dormidas.

    --Isso de não dormir, não é bom para o bebê. — ele falou todo preocupado.

    --Essa maldita guerra não é bom para o bebê. — eu disse olhando para ele, não consegui evitar ser grossa.- Finn, entenda uma coisa de uma vez por todas, não quero que meu filho ou filha nasça em uma guerra, nós nascemos na paz e quero a mesma paz para esse bebê, ele merece. 

    --Você está totalmente certa sobre isso. Ele ou ela merece um lar seguro. — ele colocou a mão na minha barriga.

    --Todos nós merecemos um lar seguro. — falei, olhando em seus olhos.- Não quero passar o resto da vida presa nesse distrito embaixo da terra, quero voltar para meu distrito e viver livre. 

    --E vamos. — Finn disse, me dando um sorriso que me tranquilizou.- Lhe prometo que nossos filhos serão livres como nós fomos até agora. 

  --Acredito em você. Sei que manterá nós duas seguras. 

   --Você acha que é uma menina? — ele perguntou.

   --Não tenho nem ideia, mas, não importa o que seja, vou amar de qualquer jeito.

   --Também vou amar. Na verdade, já amo esse bebê.

   Dei um beijo nele, que me segurou. Ficamos nos beijando até que ficamos sem ar e até que nosso tempo de intervalo acabou.

   Depois disso, voltamos a treinar. Eu estava ajudando os soldados em treinamento e podia acompanhar meu irmão. 

   Ele é ótimo com as mãos assim como meu pai, porém, ele era muito melhor com uma espada. Até pedi para o Beetee fazer o mesmo que ele tinha feito com o tridente do Finnick na espada do Cinna. Aí, se ela parasse longe, ele não precisaria ir buscá-la, a espada viria até ele.

    --Obrigado, Rose. — falou o Cinna.- Essa espada é maravilhosa.

    --Não agradeça a mim, irmão. — falei para ele.- Mas, sim, ao Beetee que fez a espada para você.

    --Pode deixar, vou agradecer assim que o ver. — falou o Cinna, admirando o presente.

    Estávamos voltando a sala de treinamento, quando ouvimos um barulho forte, mas abafado e o chão tremeu.

    Olhei para os meninos e saímos correndo escada acima. Chegando no andar de cima, abri a porta com tudo. E sai na sala de treino.

   Só que nessa hora, houve uma explosão e fui arremessada bem longe e bati as costas na parede. Só me lembro disso antes de desmaiar.

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