Capitulo 30

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    Pov Rose/Jenn

   --Eu não consigo acreditar no que ela contou. — falou o Josh, terminando de se arrumar para sairmos em direção aos aerodeslizadores.

     --Eu sei que é estranho. — respondi colocando a mão no seu ombro.- Mas, agora temos que nos concentrar em sair daquela arena.

    --Você está certa. — ele terminou de amarrar a bota e se levantou. Ele me beijou.- Te vejo na arena.

    Retribui seu beijo e ele saiu, não podíamos sair juntos por sermos do mesmo Distrito. Dez minutos depois sai pela mesma porta que ele, só que ao contrário de Josh eu não conseguia parar de tremer. 

    Clove foi quem me acompanhou, já que Cato tinha ido com o Josh. 

    --Não fique assim. — ela falou tentando me acalmar.

    --Fale por você. — respondi meio ríspida. Mas quando vi sua reação me arrependi na hora.- Desculpe, só estou nervosa.

   --Eu entendo. Também estaria se estivesse no seu lugar. É compreensível Jenn, apenas posso te dizer que respire fundo e tente se lembrar de tudo que treinou, você é uma grande caçadora. 

   Eu não esperava ouvir esse incentivo vindo da Clove, sempre ouvi que ela era ou é uma grande assassino fria e calculista e só se importava com o Cato, mas talvez, apenas talvez, morrer e voltar tenha tornado ela mais humana. Fiquei grata por ouvir suas palavras.

   --Duvido, já que você já esteve. — disse mais para mim do que para ela. E logo em seguida me arrependi. 

   --Falou algo? — ela me olhou séria.

   --Não. — eu respondi

   Chegamos ao local determinado, ela me desejou boa sorte e voltou pelo caminho que tínhamos vindo. Ela até que é uma boa pessoa. 

   Entrei no Aerodeslizador, onde outros onze tributos já estavam sentados. Me sentei e uma mulher, médica, veio e colocou uma seringa no meu braço, eu sabia o que era.

   Eram os nossos localizadores. Minha mãe tem uma cicatriz no braço que mostra onde ficava o localizador dela que a Johanna arrancou mo massacre quartenário.

   Levantamos voou. Meu estomago congelou com os solavancos que a nave dava enquanto saia do chão, contudo, a viagem foi tranquila e silenciosa, principalmente, da parte dos tributos.

    Quinze minutos após sairmos da base, o Aerodeslizador pousou em outra base e fomos arrastados para fora da nave e levados a uma sala, onde eu imaginava que Cinna estaria me esperando para se despedir e depois eu entraria no tubo.

   Mas me enganei. Quando entrei na sala, não era Cinna que estava lá, mas sim, Seneca Crane.

  --Olá, Senhorita. — ele me cumprimentou.- O seu Estilista foi dispensado dessa função, eu mesma farei.

   --Desculpe a pergunta idealizador, mas por que teria esse trabalho com apenas uma tributa. 

    --Na verdade, conforme a informação que passei ao presidente, estou encontrando com todos os tributos. — ele respondeu com um sorriso e pegou uma jaqueta.- Sabe senhorita, o que é mais engraçado? 

    --Não, o quê? — perguntei, fingindo indiferença. 

    --É que depois de quase 19 anos a Senhorita está vestindo o mesmo uniforme que seus pais. — ele me virou de costas para vestir a jaqueta e reparou a minha expressão.- Sim, eu sei quem a Senhorita é filha, Senhorita Primrose Everdeen Mellark.

     --Como sabe? — perguntei olhando para ele.- Como descobriu?

   --Não interessa. Só me escute, tenho um plano para tirar todos vocês da capital, isso também incluí a equipe. 

   --Pode falar, estou ouvindo.

   Ele começou a contar seu plano e achei brilhante, apesar de que teria que improvisar algumas coisas na última hora.

   --Entendeu o plano?

   --Sim, Senhor, vai ser um pouco complicado, mas daremos um jeito.

    --Okay. — me virei para entrar no tubo e ele segurou meu braço, me fazendo olhar para ele.- Tem mais uma coisa, quando estiver em um lugar seguro, olhe o seu bolso interno. Não antes disso.

   Respondi com a cabeça. Me virei e entrei no tubo assim que a contagem chegou a 0. 

    O tubo começou a subir e quando levantei a cabeça uma luz bateu nos meus olhos, me forçando a fechá-lo.

   Era como se o mundo tivesse ficado mudo e eu não conseguia ouvir mais nada ao meu redor, eu só escutava as batidas no meu coração que insistiam em bater como se cada batimento pudesse ser o último. Lutando para continuar vivo. 

Jogos Vorazes Nova GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora