Capitulo 59

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       Escutei a voz de alguém me chamando no lado de fora da minha subconsciência. Quando abri os olhos pude ver a preocupação na face do Finn e do meu irmão.

    --Você esta bem? — perguntou meu irmão.

   --Estou ótima. — respondi, me levantando.- Só com os ouvidos zunindo um pouco.

   --Isso é normal. — falou o Finn, me ajudando a levantar.- É devido à explosão.

   --Sim, eu sei disso. — falei olhando em volta e vendo a destruição.- Parece que a Capital chegou primeiro que a gente. Cinna, onde esta a sua equipe de treinamento e os outros soldados.

   --Estavam fazendo um treinamento anti-ataque aéreo lá embaixo. — Cinna respondeu.- Por quê?

   --Isso quer dizer que as portas estão trancadas e eles continuam lá. — eu disse e os dois concordaram com um aceno de cabeça.- Peguem armas e vamos ver se achamos as pessoas e descobrir o que aconteceu aqui.

   Cinna pegou sua espada, eu e Finn pegamos as armas de alguns soldados mortos e saímos a procura de vida nesse distrito.

   Para todos os lados que olhávamos tinha destruição. A Capital não só bombardeou o distrito, mas também invadiu ele. As pessoas ali tinham morrido tanto pela explosão quanto pelos tiros.

    Fomos a sala de reuniões e tudo que encontramos foi destruição. Nos dormitórios também. Para melhor dizer, tudo naquele lugar estava destruído. Estava difícil encontrar alguém ali.

   --Não é possível. — falei muito triste.- Onde estão todos? Não encontrei os corpos dos nossos pais, nem do Pluttarch, nem dos outros.

   --Ouviram esse barulho. — falou meu irmão, tentando escutar melhor.

   O som vinha do notebook do Pluttarch. Que estava aberto em cima da mesa na sala de reuniões. Fomos até a mesa e vimos que tinha uma mensagem de video na tela principal.

      Mensagem Video On.
      Pluttarch

    Para quem quer que tenha sobrevivido a esse ataque precisamos de ajuda, a Capital invadiu o distrito e levou todas as pessoas importantes que aqui vivem e alguns soldados.

    Tem um grupo de soldados em treinamento preso na câmera anti-ataque aéreo. E um grupo que ordenei que fosse até o refeitório e se escondesse.  Não sei se além desses existe mais algum soldado vivo.

    Se tiver, reunião todos e salvem a nossa rebelião, não se importem em nos salvar, seremos mantidos como prisioneiro de guerra, por isso, salvem Panem.

    Mensagem video Off

    --Como assim não devemos salvar eles. — falou meu irmão, bem irritado.- São meus pais que estão presos na Capital. De novo.

   --Cinna, ele está certo. — falou o Finn, sem tirar o olhar da tela do computador.

   --O quê? — falou o Cinna parando de andar.- Ficou maluco.

   --Cinna respira e senta aqui. — falei e ele obedeceu.- Eu sei como é horrível ser prisioneiro da Capital. Mas ele está certo, invadir a Capital agora seria suicídio, não temos armas, muito menos soldados. Tudo que temos que fazer é parar, respirar e pensar. Agir por impulso não vai só matar a gente, mas eles também.

   --Você esta certa. Desculpa. — meu irmão disse todo triste.- O que fazemos agora?

   --Libertamos os que estão presos. — Finn explicou, olhando para mim- Cuidamos dos feridos, se tiver, e enterramos nossos mortos com a honra que merecem.

   --E depois?

   --Treinamos. — falei, convicta.- E aí vamos até os distritos mostrar o que a capital fez conosco. Eles colocaram fogo em nosso distrito, agora eles vão queimar.

    --Capital, se nós queimarmos, vocês queimaram conosco. — Cinna completou o que eu estava pensando.- Nossa mãe não errou quando disse isso.

    --E quando invadirmos a Capital não vai sobrar nem um tijolo de pé. — Finn falou, mas, seu olhar era de determinação.- Agora vamos ou as pessoas lá embaixo vão morrer.

    Pegamos nossas armas e descemos até a câmera anti-ataque aéreo, onde a equipe que estava em treinamento ficou presa.

  

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