Capítulo 45

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    Pov. Rose

  Nossas vidas estavam voltando ao normal, ou quase isso. Carlie e meu irmão realmente entraram para o exército e estavam treinando muito. Os dois pareciam felizes por fazer parte da nossa luta.

    Na verdade, todos estavam treinando, porque uma guerra poderia estourar a qualquer momento.

   Eu tinha reunido meu esquadrão e acordamos cedo para correr na floresta, na verdade, íamos aproveitar e caçar para ajudar na cozinha do distrito, como minha mãe e tio Gale faziam anos atrás.

   Corremos por umas quatro horas, depois caçamos por mais duas, não conseguimos nada, já que o inverno estava chegando.

    Eu não tinha percebido devido aos preparativos da "Guerra", mas já estávamos no D13 a quatro meses, o inverno iria ser um dos difíceis.

    Decidimos parar para almoçar no lago que ficava ali no centro da floresta. Mas quando chegamos lá o lago estava ocupado.

   --Pensaram o mesmo que a gente. — falei quando cheguei perto da minha mãe.

   --Sim. — falou o Gale dando lugar para eu sentar.- Mas nós chegamos primeiro.

   --Isso a gente viu. — falou o Finn sentando atrás de mim.- Onde estão os meus pais.

   --Eles não vieram. — minha mãe respondeu.- Annie precisava de ajuda em alguma coisa no treinamento.

   --Sei que treinamento ela precisava. — falou meu pai com um sorriso safado e eu compreendi onde ele queria chegar com o comentário.

   --Peeta. — falou minha mãe batendo nele.- Olha o menino aqui.

   --Tia não tem problema.— meu namorado falou sorrido.- Eles precisam transar mesmo.

   Minha mãe arregalou os olhos e nós demos de ombros. Depois caímos na gargalhada. Parecia que tínhamos falado o maior absurdo. Minha mãe ainda nos vê como crianças e se esquece que já crescemos.

    Quando olhei estavam todos em volta de nós, pelo visto todos queria ver meus pais, tio Gale e tia Johanna bem de perto, eles eram estrelas no Distrito.

   --Seu esquadrão? — perguntou tia Johanna para mim, apontando com a cabeça.

   --Sim. — respondi, abrindo espaço para que eles entrassem na conversa.- Deixa eu apresentar todos.

   E falei o nome de cada um dos membros do meu esquadrão e quando eles eram mencionados parecia que todos queriam entrar em um buraco e ficar ali pelo resto da vida.

    Mesmo depois de todos esses anos, ainda era engraçado ver a reação das pessoas quando estavam perto dos grandes vitoriosos ou do tordo. Acho que nunca irei me acostumar com isso.

    Ficamos conversando até umas 16:00 da tarde sem nos preocupar. Até que ouvimos alguém chegar, era meu irmão que de quatro meses para cá tinha se tornado um adolescente musculoso.

    --Se ele continuar ficando gato desse jeito, logo em breve ele vai estar com umas dez mulheres em atrás dele. — Liz falou no meu ouvido.- E eu serei a primeira da fila.

    --Liz. — falei, olhando para a minha parceira.- Não tem vergonha, ele é meu irmão e eu sou sua líder.

    --Senhora. — ela falou com um sorriso malicioso.- Uma coisa tem nada a ver com a outra.

   Ela se levantou e foi na direção dos outros membros do esquadrão que estavam jogando na beira do lago.

   --O que esta fazendo aqui? — perguntei, assim que meu irmão parou ao nosso lado.

   --Procurando vocês. — ele respondeu, recuperando o ar após ter corrido até aqui.- Pluttarch esta chamando.

   --O que ele deseja? — minha mãe perguntou.

   --A Guerra foi declarada. — ele disse sério.- Bombardearam o distrito 6, para impedir que mantimentos e armas sejam entregues.

    --Filho da puta. — Gale disse, olhando para o lago.- Eles não têm outros tipos de armas além de matarem pessoas inocentes.

    --Eles até tem, tio. -Finn responde, colocando sua bota.- Mas, não se importam com quantas vidas eles tiram, contanto que o poder continue em suas mãos, essas pessoas e os distritos são apenas efeitos colaterais.

    --Malditos hipócritas. — Johanna comentou.- Vamos logo, antes que o Pluttarch mande matar a gente por demorar.

    --Pelo estado em que ele se encontra é bem capaz. — Cinna disse, pegando algumas sacolas que estavam perto de seus pés.- Eu levo essas coisas para a cozinha e vocês vão se encontrar com ele.

   --Obrigada, filho. — minha mãe agradeceu.

    Nos levantamos, pegamos as nossas coisas e voltamos para a base. As coisas ia ficar bem feia e muitas pessoas ainda se tornariam efeitos colaterais, mas, se depender de mim, teremos o menor número possível de baixas.

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