Capitulo 13

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      Pov Peeta

     

    Dois anos, já haviam se passado. Dois anos desde que a minha pequena filha e o meu afilhado foram embora para o distrito 13 e não tivemos muitas notícias deles. 

    Será que um dia eles irão voltar? E quando seria? Como seria? Será que eles mudaram muito durante esses anos? Essas são perguntas que não paro de me fazer e quanto mais penso nela, mais saudades eu sinto dos dois.

    Pluttarch disse que sim quando fiz essas mesmas perguntas a ele na última vez que nos falamos, quase dois meses atrás e eu não sei por que confiava nele. Quero dizer, confio em parte nele, pois sinto algo de estranho naquela historia. Mas não contei nada para Katniss para não preocupá-la. 

    Meu filho, Cinna, estava me ajudando muito na padaria. Katniss estava caçando como sempre, só que dessa vez sozinha. Antes ela tinha a ajuda da Rose, mas agora tinha voltado a fazer isso sozinha. 

     Katniss ainda sofria com seus sonhos, principalmente nesses últimos dois anos, desde a partida da Rose.  Eu, por outro lado, não tive mais nenhuma outra recaída fazia três anos. Um grande alívio para a minha consciência já perturbada. 

    --Peeta você não vem jantar? — chamou a Katniss da escada. 

   --Já vou indo meu amor. Me dê mais um minuto. — respondi. 

   Arrumei o que tinha bagunçado na gaveta do armário do banheiro. E desci para jantar. Cinna já estava devorando o coelho que Katniss tinha caçado. Sentei-me a mesa e comecei a jantar. 

   --Meu amor está uma delícia, esse coelho foi você quem preparou? — perguntei. Admirando-a. 

    Nos últimos anos ela tinha melhorando muito como cozinheira, em partes por minha causa, mas seus assados ainda são os melhores e nem mesmo eu consigo fazer algo que chegasse perto. 

   --Sim. Menos o macarrão. Isso foi o Cinna. — ela respondeu, olhando para nosso filho.- Já terminaram? Vou tirar a mesa e lavar  louça.

   --Não, Katniss, pode deixar eu faço isso. Você já fez todo o jantar. 

   --Não, pai, eu vou fazer tudo isso e arrumar a cozinha. — disse meu filho.- Vai descansar vocês dois. Pode  deixar comigo.

    Aceitamos deixar ele cuidar de tudo. E fomos para a varanda. Sentei-me e Katniss se deitou no meu colo. Fiz carinho em seus cabelos. E ela adormeceu no meu colo. 

    Eu amo observar ela dormindo, pois quando ela está de olhos fechados parece um anjo e são nesses pequenos momentos que ela tem um pouco de paz, pelo menos até os pesadelos chegarem e ela acordar gritando. 

   Era de madrugada quando Cinna veio nos acordar. Havíamos dormido  no chão. Subimos para o quarto e voltamos a dormir.

    Essa foi a primeira noite em muito tempo que a Katniss não acordou gritando de mais um pesadelo e quando isso acontecia eu me sentia muito abençoado.







    Acordamos bem tarde no dia seguinte. Cinna como sempre muito prestativo, já tinha preparado o café matinal.

   Depois demos uma volta pelo distrito e fomos comprar algumas coisas para a padaria e alguns mantimentos. Uma hora depois voltamos para casa, então, fui preparar o almoço. 

    Estava lavando uns legumes quando levantei a cabeça para fora e tive uma grande surpresa. Era a Rose e o Finnick vindo na direção da nossa casa. 

    Meu peito se encheu de alegria ao ver os dois se aproximando de mãos dadas e rindo de algo. Como senti falta daquele sorriso dela e do jeito brincalhão do Finn.  

   --Katniss! Cinna! Venham aqui agora. Corram! — gritei e eles fizeram o que eu pedi. 

   --O que foi pai? — Cinna perguntou assim que entrou na cozinha, quase escorregando no tapete.

   --Olhem para fora. — apontei para fora.- É a nossa filha e o Finnick. 

  Todos ficaram muito felizes e saíram para cumprimenta-los. 

   Eu queria muito abraçar a minha filha que não estava conseguindo coordenar meus pensamentos e meus movimentos, por isso, quase tomei um tombo na escada que levava para fora de casa e a prótese não ajudava muito, mas ignorei tudo isso e apenas corri para a minha filha. 

    

    

   

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