Capitulo 40

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     Pov. Rose

   Chorei a noite toda depois que cheguei no D13. Finalmente entendia por que meus pais tinham tantos pesadelos, pois, agora eu tinha medo de dormir. Assim que fechava meus olhos, voltava para aquela Arena e para os horrores dela. 

    Finn estava passando pela mesma situação, ele tentava ser forte, mas, acabou caindo no choro junto comigo. 

   Porem, uma coisa nós concordamos antes de cair no sono, quando acordássemos de manhã iriamos ser fortes como nossos pais. 

    Quando acordamos fomos pedir ao Plutarch para que pudéssemos ir até o D12 contar para as nossas famílias que estávamos bem e sobre os tributos vivos. Ele nos autorizou. Porém, se ele não tivesse deixado, teria ido do mesmo jeito. 

    Nós pegamos o aerodeslizador e com a Carlie fomos para casa. Ela ficou tão feliz quando a chamamos para vir conosco. 

    Quando chegamos ao D12 pedi ao piloto pousasse perto da floresta e disse que nos esperasse. 

    Caminhamos até a vila dos vitoriosos pelo caminho que passa por fora da cidade, para não ter que encontrar ninguém, mesmo que ainda fosse nem cedo. 

   Quando chegamos na vila, tudo estava silencioso. Demos a volta por trás da minha casa e conseguíamos observar que todas as pessoas que amávamos e conhecíamos estavam lá dentro. 

   --Como vamos contar para eles? — perguntei para os dois ao meu lado.- Estou com tanto medo da reação da mãe. 

   --Também estamos preocupados, Rose. — falou a Carlie pegando na minha mão.- Mas eles têm o direito de saber o que a capital fez com as pessoas que eles amam e conheceram, mesmo que isso possa machucá-los. 

   Respondi com a cabeça, respirei fundo e bati na porta, segundos depois meu irmão a abriu. Ele ia gritar meu nome, mas pedi que ele fizesse silencio.

   --Onde eles estão Cinna? — Finn perguntou baixinho para não ser ouvido.

   --Na cozinha. — respondeu meu irmão, me dando um abraço.- Estão distraídos e não vão perceber que estão se aproximando.

   E foi o que fizemos, terminamos de entrar na minha casa e fomos na direção da cozinha. O tempo em que ficamos na Arena nos ensinou a andar sem fazer barulho, pelo menos uma coisa boa aquele lugar nos ensinou. 

   --Temos que ir atrás deles. — falou minha mãe decidida.- São nossos filhos, se tiverem morrido eu quero ver e enterrar o corpo. 

    --Então agora viramos fantasmas. — falei, encostada na porta.- Acho melhor ir embora, já que fantasmas não podem falar. 

   Todos olharam para nós perplexos e depois minha mãe veio me abraçar. Eu juro que tentei ser forte, mas, assim que a abracei, cai em lágrimas de novo e ela como sempre me acalmava dizendo que sabia como eu estava me sentindo. 

   Depois meu pai veio me abraçar também e com sua voz calma finalmente me acalmei.

   --Como vocês estão aqui? — minha mãe perguntou.

   --Vamos explicar tudo. — respondi, sem soltar meus braços do dela.- Mas, antes temos que contar uma coisa a todos vocês e não será uma notícia muito fácil de vocês saberem. 

   --Rose, pode nos contar. — falou minha mãe, olhando em meus olhos.- Somos todos fortes aqui e podemos aguentar qualquer notícia que tenham para nos dar. 

   --É melhor a senhora sentar. — falei e ela fez o que pedi.- Mãe, a tia Prim está viva. 

    Minha mãe ficou branca na mesma hora e temi que ela fosse desmaiar. Todos ao nosso redor estavam no mais profundo silêncio. 

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