Capitulo 54

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Pov. Rose

      Trouxeram o Finn de volta para a cela dele um dia depois que me deixaram vê-lo e ficamos sabendo que íamos ter uma semana de folga, porque o "nosso amado presidente" ia estar fora. 

     Ia ser a melhor semana que teríamos em dias, sem ser torturada, ia descansar um pouco.

    --Você esta bem, Rose? — perguntou o Finn.

    --Sim. — respondi, mesmo sentindo meu desconforto pelo corpo.- Só estou com um pouco de dor no corpo, dormir nesse chão duro sem um travesseiro não ajuda muito.

   --Acho que posso te ajudar nessa parte. — Finn tirou sua blusa de frio e ficou apenas com uma de calor.- Pega e usa de travesseiro.

    --Mas aqui é muito frio, você precisa. — eu disse olhando para a blusa.

    --Eu vou ficar bem. — ele passou a blusa para mim.- Mas, se te deixa mais calma, prometo que se sentir frio, eu peço a blusa de volta.

  Eu sabia que discutir com ele não ia adiantar muito, então, peguei a blusa e fiz um travesseiro, deitando no chão e olhando para o teto. 

    --Será que sabem sobre nosso desaparecimento, Finn? — perguntei, depois de um tempo.

   --Sim, Rose -ele sentou ao lado da grade e eu me aproximei da minha grade também.- Mas, acredito que estão tentando fazer algo para nos salvar, só que invadir a capital não é fácil. 

   --Venho pensando nisso também. — falei para ele.- Sinto tanta falta de coisas simples, como ouvir os pássaros ao invés dos meus gritos naquela sala.

   --Rose, te prometo que vamos sair daqui, mesmo que não consigam nos salvar. Vou nos tirar daqui de algum jeito. Contudo, não se esqueça, eu te amo.

   --Também te amo, mas sabemos que sem ajuda não vamos sair daqui tão facilmente. 

   --Temos que tentar, Rose.

   --E se morrermos?

   --Morreremos juntos e pela nossa causa, mas, ficar sendo torturado que nem um animal para o abate é que não dá mais.

   --Agora entendo por que meu pai às vezes tinha pesadelos, ficar aqui não é nada fácil. Mas, ao contrário do meu pai, temos um ao outro. 

    --Verdade. Mas tenho que confessar que estou com medo. 

    --Também. Não sei o que esperar, mas, agora posso dormir uma noite em paz, sem ter medo do dia seguinte. 

   --Eu também. — fechei meus olhos, me deleitando com os momentos de paz.- Serão dias maravilhosos, isso não posso negar. 





Uma semana depois 

     Fui acordada por um dos guardas que trazia a comida, mas, na maioria das vezes, acho que quer derrubar as grades sobre mim. 

    --Coma bem, lindinha, porque você vai ser a primeira a voltar para a sala. — o guarda falou e saiu sorrindo. 

    A semana de folga tinha acabado e o nosso inferno retornou, mas, agora eu estava mais forte e descansada. Pronta para o que quer que viesse pata cima de mim.

     Comi tudo o que o guarda trouxe, mas, por algum motivo, toda a comida não me caiu bem e fiquei com dores no estômago.

   Quando o guarda veio me buscar, me levantei e neste momento tudo rodou, mas, me recompus e sai da cela. Porém, quando dei o primeiro passo no corredor, tudo girou de novo e logo ficou preto.

   Acordei na enfermaria e vi que o presidente estava conversando com o médico ao meu lado. 

    --O que aconteceu? — perguntei e eles olharam para mim.

    --Olá, senhorita Mellark. — o médico falou.- Estava explicando para o senhor Jonsy a sua situação.

    --Fique feliz senhorita, a partir de hoje, a senhorita terá outro tipo de interrogatório. — falou o presidente, com um sorriso vitorioso nos lábios. Não estava gostando dessa conversa.

    --O que quer dizer com isso? -perguntei para ele.

    --A senhorita não sabe? -perguntou o médico, surpreso.

   --Sei quê? — não estava entendo qual era o mistério aqui.

   --A senhorita. — começou o médico e depois olhou para o presidente pedindo autorização e ele permitiu.- Está grávida.

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