Pov. Rose
Trouxeram o Finn de volta para a cela dele um dia depois que me deixaram vê-lo e ficamos sabendo que íamos ter uma semana de folga, porque o "nosso amado presidente" ia estar fora.
Ia ser a melhor semana que teríamos em dias, sem ser torturada, ia descansar um pouco.
--Você esta bem, Rose? — perguntou o Finn.
--Sim. — respondi, mesmo sentindo meu desconforto pelo corpo.- Só estou com um pouco de dor no corpo, dormir nesse chão duro sem um travesseiro não ajuda muito.
--Acho que posso te ajudar nessa parte. — Finn tirou sua blusa de frio e ficou apenas com uma de calor.- Pega e usa de travesseiro.
--Mas aqui é muito frio, você precisa. — eu disse olhando para a blusa.
--Eu vou ficar bem. — ele passou a blusa para mim.- Mas, se te deixa mais calma, prometo que se sentir frio, eu peço a blusa de volta.
Eu sabia que discutir com ele não ia adiantar muito, então, peguei a blusa e fiz um travesseiro, deitando no chão e olhando para o teto.
--Será que sabem sobre nosso desaparecimento, Finn? — perguntei, depois de um tempo.
--Sim, Rose -ele sentou ao lado da grade e eu me aproximei da minha grade também.- Mas, acredito que estão tentando fazer algo para nos salvar, só que invadir a capital não é fácil.
--Venho pensando nisso também. — falei para ele.- Sinto tanta falta de coisas simples, como ouvir os pássaros ao invés dos meus gritos naquela sala.
--Rose, te prometo que vamos sair daqui, mesmo que não consigam nos salvar. Vou nos tirar daqui de algum jeito. Contudo, não se esqueça, eu te amo.
--Também te amo, mas sabemos que sem ajuda não vamos sair daqui tão facilmente.
--Temos que tentar, Rose.
--E se morrermos?
--Morreremos juntos e pela nossa causa, mas, ficar sendo torturado que nem um animal para o abate é que não dá mais.
--Agora entendo por que meu pai às vezes tinha pesadelos, ficar aqui não é nada fácil. Mas, ao contrário do meu pai, temos um ao outro.
--Verdade. Mas tenho que confessar que estou com medo.
--Também. Não sei o que esperar, mas, agora posso dormir uma noite em paz, sem ter medo do dia seguinte.
--Eu também. — fechei meus olhos, me deleitando com os momentos de paz.- Serão dias maravilhosos, isso não posso negar.
Uma semana depois
Fui acordada por um dos guardas que trazia a comida, mas, na maioria das vezes, acho que quer derrubar as grades sobre mim.
--Coma bem, lindinha, porque você vai ser a primeira a voltar para a sala. — o guarda falou e saiu sorrindo.
A semana de folga tinha acabado e o nosso inferno retornou, mas, agora eu estava mais forte e descansada. Pronta para o que quer que viesse pata cima de mim.
Comi tudo o que o guarda trouxe, mas, por algum motivo, toda a comida não me caiu bem e fiquei com dores no estômago.
Quando o guarda veio me buscar, me levantei e neste momento tudo rodou, mas, me recompus e sai da cela. Porém, quando dei o primeiro passo no corredor, tudo girou de novo e logo ficou preto.
Acordei na enfermaria e vi que o presidente estava conversando com o médico ao meu lado.
--O que aconteceu? — perguntei e eles olharam para mim.
--Olá, senhorita Mellark. — o médico falou.- Estava explicando para o senhor Jonsy a sua situação.
--Fique feliz senhorita, a partir de hoje, a senhorita terá outro tipo de interrogatório. — falou o presidente, com um sorriso vitorioso nos lábios. Não estava gostando dessa conversa.
--O que quer dizer com isso? -perguntei para ele.
--A senhorita não sabe? -perguntou o médico, surpreso.
--Sei quê? — não estava entendo qual era o mistério aqui.
--A senhorita. — começou o médico e depois olhou para o presidente pedindo autorização e ele permitiu.- Está grávida.
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Jogos Vorazes Nova Geração
FanfictionSerá que os Jogos acabaram mesmo? Será que a Capital desistiu de matar crianças e adolescentes por diversão? A resposta é simples: Não. Agora, anos após o fim da Guerra, uma nova edição do Jogos Vorazes está prestes a acontecer e dessa vez, Rose Ev...