#Capítulo 53

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Acordei no meio da noite, tenho que sair daqui hoje. Mando uma mensagem para Patrick.

"Amor, eu vou tentar fugir daqui, se eu não aparecer em 2 horas, chame a polícia nesse endereço."

Arrumo tudo que tenho e saio do quarto, abrindo a porta com cuidado e vou à porta, mas as chaves não estão nela. 

- Vai à algum lugar? - pergunta Marcos.

- Eu vou pra casa.

- Não sem isso. - mostra ele as chaves. - E você não vai voltar para aquele muleque, amanhã vamos à Nova York e eu vou te tornar homem. Você não teve referências masculinas, por isso é assim.

- Eu não vou à lugar algum e você não pode me levar sem uma procuração assinada pela minha mãe, já que sou de menor.

- Como você sabe disso?

- Sou um bom aluno e eu queimo os meus documentos se tentar me tirar daqui.

- Não importa o que faça, você daqui não sai.

Me tranquei no quarto novamente, começo a chorar e ligo para o Patrick.

- Socorro, ele quer me tirar do país.

- Vou mandar a polícia aí.

- Vem aqui com a mamãe, por favor?

Meia hora depois a minha mãe chega com dois policiais.

- Eu quero meu filho, onde ele está? - pede ela.

Saio do quarto correndo para abraçá-la.

- Mãe! Me tira daqui, ele é um monstro, preconceituoso.

- Mas você que veio atrás do monstro.

- Foi um erro enorme que fez as pessoas que importavam de verdade sofrerem por algo tão pequeno que só percebi depois.

- Quem é o responsável por esse jovem? - pergunta o policial.

- Eu sou a mãe dele, esse aí é o pai, mas não merece ser chamado assim pelo meu filho. Ele só ele está aqui só pra visita. - responde minha mãe evitando dele ser preso.

- Se chegar perto de algum de nós eu vou fazer de tudo para você ficar a vida inteira na prisão.

Peguei minhas coisas e saímos de lá sem olhar pra trás.

- Onde está Patrick?

- Está no carro, ele preferiu assim pra não ir à um reformatório de jovens por agressão, você não quer isso quer?

- Claro que não, bem pensado.

Na saída do hotel, vejo ele sair correndo do carro vindo em minha direção.

- Obrigado por me tirar daquele lugar. - digo o abraçando.

-  Ele foi preso?

- Não é melhor evitar algo tão extremo, por enquanto. - diz minha mãe.

- Ele escondeu as chaves do Mika, isso não é manter alguém em cativeiro?

- Não prova nada, ele inventaria que o Mika se trancou no quarto por rebeldia e a polícia acredita em qualquer história pra dormir, mas eu vou estar preparada com uma procuração para ele ficar bem longe de nós e vou estar mais preparada se ele vir com os "direitos" sob o Mika.

- Vamos pra casa? Eu não quero mais ficar aqui.

Patrick ficou conosco o resto da noite toda, dormiu comigo abraçado e não me soltou um minuto. Esses momentos são os que senti falta.

Tive um pesadelo àquela noite e acordei com muito medo.

- Ahh! - levanto assustado.

- Meu anjo? Foi um pesadelo? - pergunta assustado.

- Sim, me sentia solitário. - com as mãos no rosto.

- Olha pra mim! Você nunca estará sozinho, tem a mim, sua mãe, nossos amigos, agora seus tios e avós, primos e a minha família que é a sua também, nunca estará sozinho.

- Mas depois que eu sumi por quase dois meses...

- Ninguém nunca vai fazer o que você esta pensando, OK?

Me senti um pouco melhor, mas sei que o Marcos ainda vai fazer algo contra algum de nós.

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