5- Convulsion

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Point Of View Camila Cabello

Uma semana havia se passado depois do ocorrido no meu quarto, quando Lauren e Taylor apareceram do nada na minha casa, falando coisas estranhas, como se tivesse alguém aqui junto comigo, mas o mais estranho é que não havia ninguém, depois que elas foram embora eu me certifiquei que não havia ninguém, andei a casa de ponta a ponta e não tinha ninguém. E ainda teve o lance do grito, eu não me lembro de ter gritado e nem de ter escutado um grito, afinal, porque eu gritaria aquele hora da noite. Sem condições.

Levantei da cama, fui direto para o banheiro porque minha bexiga estava me matando. Arranquei todas as minhas roupas, fiz meu xixi e fui pegar minha escova pra escovar os dentes enquanto tomo banho, e foi aí que vi mais três hematomas. Um no braço, outro no abdômen e outro na clavícula, passei o dedo por cima dele e todos tinham uma pequena calosidade, bem discreta, mas tinham.

— Que porra está acontecendo comigo?— Sussurrei olhando principalmente o hematoma do ombro e do pescoço que estavam mais fortes do que nunca— Por que isso não dói?— Perguntei baixo pra mim mesma enquanto praticamente afundava meu dedo na minha barriga bem em cima do abdômen.

Peguei o tubo de creme dental e entrei na banheira, ligando o chuveiro no morno e me jogando embaixo daquela água maravilhosa, relaxante e gostosa, numa manhã meio fria de segunda. Pus os objetos em cima da tampa do vaso, peguei o frasco de shampoo e joguei no meu cabelo, fechando os olhos e espalhando o produto com os dedos pelo meu couro cabeludo, enquanto cantarolava uma música do Arctic Monkeys. Não sei porque mas eu tenho uma paixão por essa banda, pelas músicas, a melodia, o estilo da música, isso tudo me faz sentir bem, me relaxa, é como se dissesse 'Conosco você pode ser quem você é'.

Arabella's got some interstellar-gator skin boots, And a helter skelter around her little finger and I ride it endlessly—  Cantei botando meu rosto embaixo d'água, foi quando ouvi um barulho vindo do meu quarto, rapidamente passei a mão pelo rosto pra tirar a espuma dali e olhei em direção a porta. Eu não acreditava no que via, a mulher do meu pesadelo estava bem de pé diante da minha janela, mas lentamente ela foi virando na minha direção, até ficar de frente pra mim. Nesse momento eu gelei, não conseguia me mover, nisso ela estava caminhando em direção ao banheiro— Mama— Chamei com tal voz tremida enquanto a mulher chegava mais perto— Mãe— Chamei mais alto, e nenhuma resposta, a mulher estava quase na porta do banheiro— Sinuhe— Gritei desesperada já sentindo meus olhos ardendo, minhas pernas vacilaram e eu caí de joelho na banheira, com a água quente do chuveiro caindo nas minhas costas. O barulho estrondoso da porta do meu quarto se abrindo me assustou, e logo vi uma Sinu desesperada correndo até mim, e percebi que a mulher havia desaparecido.

— O que houve minha filha? Eu ouvi o grito— Perguntou preocupada enquanto agachava e ficava com o rosto de frente pro meu, meu choro então ficou mais forte ainda— Karla, me conta o que houve, está me deixando preocupada— Pediu baixo.

— A Mulher do meu pesadelo. Ela estava aqui no quarto comigo— Falei em meio ao choro— Ela estava bem aqui, mama. Ela... Mãe, eu estou com medo— Chorei ainda mais, ela estalou a língua fechando o chuveiro, pegou o meu roupão e segurou uma das minhas mãos.

— Vem, vamos pro quarto— Me ajudou a sair da banheira e a vestir o roupão, logo o amarrando na frente.

Saímos do banheiro, olhei com cuidado pra todos os cantos do meu quarto e nenhum sinal daquela mulher, apenas as coisas que tem no quarto de um adolescente de 18 anos. Sentei-me na minha cama, minha mãe sentou logo atrás de mim e começou a pentear meu cabelos. Há anos que ela não fazia isso, da última vez que ela fez isso foi quando meu pai foi preso por abuso de menor incapaz e nós passamos os meses seguintes mais unidas que nunca, e foi assim os próximos anos, até os dias atuais.

A Possessão De Camila Cabello |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora