15- Lorraine Warren

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Point Of View Lauren Jauregui

Com os dias indo embora, e a contagem para o dia do sacrifício estar diminuindo, meu desespero aumentava. Já perdemos alguns dias depois que Dinah, Niall e eu descobrimos inúmeras coisas sobre Tereza e a cidade. Planejamos fazer várias coisas, mas ainda não botamos em prática nada disso que planejamos, o que foi uma coisa totalmente errada que fizemos, já era pra termos tomado uma atitude quanto à isso.

Lá estava eu de pé na frente do espelho do banheiro completamente nua enquanto encarava a sutura bem feita por Normani na minha barriga. Ela estava meio inchada, arroxeada e com alguns pontinhos de sangue coagulado, nada pra me preocupar, eu acho. Peguei um tufo de algodão, abri a tampa da pequena garrafinha de álcool, e encharquei o algodão que havia pego antes. Lentamente fui passando o algodão na beirada da sutura, retirando o sangue coagulado dali, sentindo arder.

— Desgraçada— Murmurei com um pouco de dor, tendo o máximo de cuidado ao passar o algodão. Estava um silêncio tão agradável dentro do banho, mas foi interrompido quando comecei a cantarolar uma música nasalmente, passando a mão de leve pela minha barriga, evitando passar os dedos em cima da sutura.

Repentinamente, algum filho de Deus, quase derrubou a porta enquanto eu estava dentro do banheiro, e com o susto que levei, sem querer puxei uma parte da linha, rasgando um pouco da minha pele, roçando o algodão encharcado de álcool bem ali em cima. Quando olhei pra porta na intenção que xingar a pessoa, Camila estava parada ali sem reação.

— Mas que porra, Camila, qual é o problema em bater na porta, merda?— Exclamei ficando irritada— Droga, olha só essa porra— Murmurei tirando o algodão com cuidado do pequeno pedaço de linha solta, a que rasgou minha pela.

— Oh! Me desculpe, babe— Pediu desesperada envolvendo minha cintura com os braços, dando beijos na minha nuca.

— Sai, me deixa consertar isso— Empurrei-a com a minha bunda, fazendo-a se afastar, mas não largou da minha cintura— Karla Camila, se você não sair daqui eu vou dar chutes nessa sua bunda grande— Exclamei sem paciência, e num segundo ela já estava fora do banheiro. Lentamente fechei a porta— Gosto assim, quando me obedecem— Falei baixo.

Peguei um pequena tesoura dentro da gaveta da pia, com muita cautela cortei o pequeno pedaço do fio e comecei a fazer um novo curativo com gazes limpas e esparadrapo. Quando terminei o curativo, vesti toda a minha roupa, joguei as coisas usadas fora e saí do banheiro, apagando a luz. Percebi que Camila estava sentada na cama com as pernas cruzadas em forma de índio com uma banana de pelúcia no colo, cabisbaixa e quieta.

— Camz— Chamei-a baixo, ela continuou olhando pra pelúcia enquanto mexia na pequena etiqueta. Andei até lá e me sentei na frente dela— Camz, olha pra mim— Pedi, e ela não olhou pra mim, segurei de leve no seu queixo e levantei seu rosto, fazendo-a me olhar— O que aconteceu?— Perguntei baixo.

— Eu te machuquei, não foi?— Perguntou com a voz carregada de culpa. Balancei a cabeça em negação.

— Claro que não meu amor, não foi você— Falei calma.

— Eu te machuquei mais, eu odeio fazer isso— Falou com a voz tremida, seu olhos estavam avermelhados, nitidamente ela segurava o choro.

— Você nunca me machucou, Camz— Sorri pequeno pra ela, que me olhou por um tempinho nos olhos, e abaixou o olhar.

— Eu estou me sentindo uma péssima pessoa por ter machucado minha própria namorada— Murmurou pelo que parece envergonhada. Eu iria falar, mas ela foi mais rápida— Por favor, me deixa um pouco sozinha— Pediu baixo. De momento fiquei boquiaberta pelo pedido um tanto quanto diferente.

A Possessão De Camila Cabello |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora