Capítulo 17.

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REVISADO

Assim que bati os olhos no bilhete, os meus batimentos cardíacos aceleraram e minha respiração se tornou instável. Meus passos até o elevador foram lentos, tanto por receio de chamar a atenção da minha mãe que estava no quarto ao lado, quanto por nervosismo. Chamei o elevador e entrei no mesmo assim que chegou, olhei para os botões no painel e me senti desnorteada, eu não sabia em que andar ele estava. Droga! Eu teria que descobrir sozinha. Entretanto, fui surpreendida com um bipe vindo do meu celular que – ainda bem – tinha me lembrado de trazer comigo.

§ SMS §

Sétimo andar, babe.

xoxo

Sorri agradecida, mesmo que ele não pudesse me ver.

Quando o elevador parou no andar correto, deixei que meu coração conduzisse minhas pernas já bambas até lá. Assim que me deparei com os números indicados no bilhete, respirei fundo e bati quatro vezes consecutivas. Não demorou nem 5 segundos para que eu pudesse raciocinar, a porta se abriu e mãos me puxaram rapidamente para dentro, mais precisamente, para os seus braços.

Abraham: me desculpa, amor, mas eu não... não ia aguentar ter que ver você só amanhã. Não agora que eu finalmente te tenho comigo... –ele falou me aconchegando em seu maravilhoso abraço.– Eu sei que sua mãe não queri... –o interrompi.–

Maria: shihh! Não vamos pensar nisso. Nós estamos aqui e ela não vai saber...

Abraham: eu prometo que te levo pra o quarto antes dela acordar. –me desfiz do seu abraço e o encarei.–

Maria: eu amo você.

Abraham: eu também amo você, muito. –sua mão pousou em meu rosto e ele se aproximou lentamente fazendo meu coração quase saltar pela boca.–

Maria: Abraham, eu... –falei com a voz trêmula e ele parou, me olhando.–

Abraham: me deixa ser o primeiro a te beijar...

Maria: eu tenho med... –ele me interrompeu.–

Abraham: esvazie sua mente e relaxe... você confia em mim?

Maria: 100%.

Ele me deu um sorrisinho e prosseguiu, se aproximou de mim e lentamente seus lábios se chocaram com os meus num selinho demorado. Delicadamente ele segurou meu rosto com suas duas mãos, sua língua acariciou meu lábio inferior e pediu passagem. Por fim, não cedi. Fiquei apreensiva, não sabia o que fazer ou como fazer. Ele pareceu perceber meu nervosismo e então se afastou de mim me olhando carinhosamente, deu mais um sorrisinho tímido e se aproximou de mim novamente. Ele fechou os olhos e eu decidi fazer o mesmo, precisava ao menos tentar. Senti minhas mãos suarem frio enquanto fechava os olhos. Nossos lábios se tocaram mais uma vez e eu senti um choque elétrico percorrer todo o meu corpo. Ele pediu passagem com a língua de novo e eu, rapidamente, cedi. Meus lábios se encaixaram perfeitamente aos dele conforme ele inclinava um pouco sua cabeça para um lado e eu, para o lado contrário. Levei minhas mãos até sua cintura e as pousei firmemente. Senti sua língua úmida entrar em minha boca e o desejo tomou conta dse mim, eu queria aproveitar cada segundo daquele beijo. De repente, nossas línguas brincavam juntas me provocando uma sensação magnífica, as famosas borboletas no estômago. Eu estava em êxtase. Era um beijo calmo, mas estava sendo depositado ali todo o carinho e o amor que ambos sentíamos um pelo outro. Logo ele partiu o beijo com selinhos demorados, e com o seu olhar ainda fixo no meu, falou novamente as três palavrinhas que faziam meus olhinhos brilharem.

Abraham: eu amo você. Não importa se eu disser 50 vezes num dia, cada vez que eu pronunciar essas palavras... farão ainda mais sentido pra mim.

Maria: pra nós. –disse e ele me deu mais um dos seus apaixonantes sorrisos.– Já... –falei chamando sua atenção.– Já é uma da manhã, eu deveria voltar pra o meu quarto...

Insta Direct || Abraham MateoOnde histórias criam vida. Descubra agora