Insta Direct || Abraham Mateo

Capítulo 35.

REVISADO

Abraham: posso saber o que é isso? –disse pausadamente, mas era visível que ele estava apenas se controlando para não perder a cabeça como em nossa última conversa.–

Maria: isso o quê? –perguntei confusa.–

Abraham: não se faça de desentendida. –rosnou, me mostrando o celular.–

Maria: por que você tá com meu celular, Abraham? –o arranquei das suas mãos, notando que uma conversa estava aberta. Uma conversa com o... espera aí, Andrés? Eu nem tinha o número dele.–

Meus olhos rolaram pela tela lendo superficialmente o conteúdo que estava ali e rapidamente levei minha mão à boca, não acreditando no que acabara de ver.

Abraham: como você pôde ser tão baixa, Maria? –seu olhar transparecia decepção.–

Maria: não, Abraham, não fui eu. Isso é armação! Da Belinda com certeza. –falei afobada.–

Abraham: PARA DE JOGAR A RESPONSABILIDADE DAS PUTARIAS QUE VOCÊ FAZ PRA CIMA DA BELINDA. –gritou, dando alguns passos em minha direção.–

Maria: VAI ME BATER DE NOVO? –esbravejei o desafiando.–

Xxxx: O QUÊ? VOCÊ BATEU NELA? SEU PUTO!

Uma voz invadiu o quarto e eu sabia muito bem a quem pertencia.

Maria: Andrés, agora não. –o olhei quase implorando para que ele saísse e não participasse disso.–

Andrés: AGORA EU VOU TE ENSINAR A SER HOMEM, PORRA. –me ignorou avançando em direção ao Abraham.– VOCÊ ACHA QUE É CERTO BATER EM MULHER, SEU MOLEQUE? –o pegou pelo colarinho da camisa. Abraham tinha sua expressão tão assustada quanto a minha, não esperava que isso pudesse acontecer, e nem eu.– POIS AGORA EU VOU TE ENSINAR UMA COISINHA! –começou a socá-lo.–

Maria: ANDRÉS, PARA COM ISSO PELO AMOR DE DEUS. –supliquei, já sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Abraham foi pego desprevenido e estava em desvantagem, isso me preocupava.–

Andrés: ISSO É PRA VOCÊ APRENDER A NUNCA MAIS FAZER UMA COISA DESSAS. –continuou o esmurrando.– LEVANTA E BRIGA COMO HOMEM!

Abraham estava no chão, com seu nariz e boca sangrando, incapaz de revidar. Ele nem tentava se defender, apenas protegia seu rosto com os braços. O desespero tomou conta de mim ao vê-lo naquele estado e eu decidi intervir.

Maria: ANDRÉS, NÃO. –tentei empurrá-lo, me jogando no meio deles. Senti medo de ser machucada também, mas nem pensei. Nada, absolutamente nada, poderia doer mais do que ver o Abraham sofrendo.– CHEGA. PARA COM ISSO.

Ele estava irreconhecível, tão cego de raiva que nem sequer se deu conta de que eu estava ali. Percebi que sua mão viria de encontro a mim e então me encolhi, jogando meu corpo por cima do Abraham no intuito de protegê-lo. Foi então que alguém conseguiu segurá-lo.

Martin: ei, ei, mano. O que foi? –disse o prendendo em seus braços com a ajuda dos demais meninos da banda.–

Susana: o que aconteceu aqui? –indagou nervosa.– Abraham! –percebi sua voz se aproximando.–

Senti como se tudo ao meu redor estivesse em câmera lenta, as vozes se tornaram quase inaudíveis e meus olhos por um momento vagaram pelos rostos das pessoas assustadas à minha frente, contudo, minha atenção se voltou imediatamente ao rapaz ao meu lado.

Maria: Abraham, meu amor, você tá me ouvindo? –segurei em seu rosto, o virando para mim e seus olhos confusos encontraram os meus, mas ele permaneceu quieto.– Pelo amor de Deus, responde! Você tá bem? Meu amor, reage por favor. –tentei chamar sua atenção, mas de nada adiantou. Ele fechou os olhos e o ar se esvaiu dos meus pulmões, me deixando completamente atordoada.–