Capítulo 31.

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Maria: meu Deus!  –exclamei.–  Paris!  –encarei a passagem em minhas mãos, ainda incrédula.–  É pra lá que nós vamos?  –perguntei afobada e o rapaz da produção do Abraham assentiu sorrindo da minha feição de espanto.–

**

Desembarcamos no aeroporto de Paris por volta das 4:00 PM. Havia um carro à nossa espera do lado de fora do local, no qual entramos depressa tanto pela minha ansiedade (tá, quase desespero vai!) de encontrar o Abraham e dar um abração nele, quanto pela corrente de ar fria que nos atingiu assim que passamos pelo portão de saída. Eu nunca tinha estado num lugar tão frio antes. Estava vestida com uma calça legging e um casaco de tecido grosso, no entanto, era quase inútil porque a sensação térmica lá fora, definitivamente, não era a mesma da de dentro do avião. Já com o aquecedor ligado dentro do automóvel, respirei mais aliviada.

Encontramos uma Paris cinza e com muita névoa. Minha primeira impressão foi de total desapontamento, mas ao observar mais a paisagem ao meu redor, pude constatar o que eu já sabia, Paris era uma cidade linda em qualquer época que fosse. Os parques e jardins estavam muito aquém de sua beleza natural, com as árvores completamente secas e sem uma folha sequer. Contudo, embora a paisagem de lá fosse mais bonita com um céu azul ao fundo, nem o mal tempo fora capaz de deixar as coisas menos visualmente agradável. Vi a torre Eiffel de longe e quase chorei de emoção; Quando criança tinha o sonho de conhecê-la, ficava andando pelas ruas da França pelo Google Maps imaginando estar do outro lado da tela. Louco né?! Sonhadora desde criança. Mas não há nenhum sonho que seja irrealizável e a prova disso é que hoje estou aqui em Paris a caminho de encontrar o meu namorado que até então era só meu ídolo. Se você foi capaz de idealizar algo, é porque pode sim se tornar realidade. Não se sonha algo sem fundamento. Com garra e perseverança, você vai longe e ultrapassa o impossível!

Me aprofundei tanto nos meus pensamentos que nem percebi quando o carro parou em frente ao hotel. O homem ao meu lado me ajudou com as malas e então seguimos até o andar em que o Abraham estava acomodado junto com sua equipe. Ele me indicou a porta do quarto do meu querido namorado e eu rapidamente dei batidas consecutivas nela, não via a hora de me aninhar em seus braços e inalar seu maravilhoso perfume. Escutei passos se aproximando e logo abri um sorrisão para recebê-lo, mas o mesmo se desfez quando vi quem tinha vindo me atender.

Maria: Belinda?  –falei, já sentindo meu sangue ferver.–  O que você tá fazendo aqui? –a encarei, me controlando para não voar em seu pescoço.–

Abraham: quem tá a...  –silenciou-se assim que me viu, abrindo um sorriso de canto a canto.–  Maria!  –disse caloroso.–  Que bom que você chegou!  –me abraçou apertado, me tirando do chão e me dando um beijo maravilhoso logo em seguida. Sem pensar direito, envolvi sua cintura com minhas pernas e ele pareceu gostar da ideia, pondo suas mãos em minha bunda, me segurando com firmeza. Me entreguei ainda mais ao beijo, me aproveitando para provocar a Belinda. Ela tinha que se dar conta de que eu estava na área agora e não cairia novamente nos seus joguinhos de me fazer ciúme. Mesmo que eu sentisse, daria o meu melhor sorriso só para vê-la derrotada.–

Escutamos a porta bater com força atrás da gente e foi só aí que decidimos parar o beijo, não por causa disso, mas por falta de ar mesmo.

Abraham: como você é implicante!  –falou sorrindo, depois de me dar um selinho demorado.–

Maria: nem sou.  –me fiz de desentendida.–  Ela só tem que entender de uma vez por todas que você é meu e eu estou disposta a cumprir essa briga.

Abraham: você não tem que fazer nada sua briguenta, até porque ela já perdeu. Eu só tenho olhos pra você, e eu te escolheria... De novo e de novo.  –mordeu de leve minha bochecha.–

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