Capítulo 57.

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Maria: tanto faz. –dei de ombros, sentando no sofá oposto.–

Abraham: para de birra, mi estrella. –pediu dócil.–

Maria: tá, fala logo.

Abraham: você é tão insuportável! Não sei o que vi em você... –abri a boca para protestar, mas ele falou por cima.– Mas deve ser por essa razão que eu te amo tanto...

Maria: se acha que vai me ganhar com esse joguinho baixo, você tá muito enganado. –continuei de cara amarrada, o ignorando.–

Abraham: posso terminar o que eu dei início mais cedo e você me interrompeu?

Maria: estou amarrando sua boca por acaso? –ironizei.–

Ele respirou fundo como se estivesse tentando não perder a paciência.

Abraham: bem, eu... eu queria pedir desculpas por ter dito coisas que te magoaram. Como você mesma disse, nós passamos dos limites.

Maria: acha mesmo que eu me importaria com tamanha besteira? Tudo o que você disse, não me magoou, sabe por quê? Simplesmente porque eu não ligo.

Abraham: aham. Se não liga, então por que tá com essa tromba aí?

Maria: você é ridículo.

Abraham: e você é chata, mas eu te amo de qualquer forma. –me encarou com um risinho faceiro no rosto, sabendo que eu não ficaria chateada com ele por mais tempo.–

Maria: se não vier aqui e me der um beijo agora, eu nunca mais falo com você. –disse mimada.–

Abraham: é muita chantagem pra uma pessoa só, mas eu vou com o maior prazer. –sorriu e veio até onde eu estava, se jogando em cima de mim e me enchendo de mimo.–

Maria: acho que alguém tá aprendendo a lidar com meus dias de sensibilidade...

Abraham: acho que alguém tá começando a se aproveitar disso...

[...]

Maria: ué, esse não é o caminho. –reparei, observando através da janela, que estávamos fazendo o trajeto contrário do qual deveríamos fazer.–

Abraham: é sim babe, tem uma pessoa que está nos esperando aqui perto.

Maria: não acredito! –levo as mãos à boca, surpresa.– É a minha mãe? –perguntei exasperada.–

Abraham: é, é ela. –sorriu.–

Maria: mas como? Ela disse que não ia poder sair mais cedo do trabalho hoje de jeito nenhum...

Abraham: se ela dissesse a verdade, não teria como fazer uma surpresa.

Maria: vocês dois estão cheios de segredinhos ao meu ver.

***

Ao parar em frente ao prédio empresarial no qual minha mãe trabalhava – e estava esperando na frente inclusive –, Abraham não mediu esforços e fez questão de descer para cumprimentá-la com um abraço caloroso, e também abrir a porta do carro para ela, é claro, gentleman como sempre.

Maria: Abraham, você não acha arriscado sair sem um segurança sequer? Sinceramente, não tô achando uma boa ideia...

Abraham: eu não falei que ficaria sem escolta. Tem um segurança lá me esperando já.

Insta Direct || Abraham MateoOnde histórias criam vida. Descubra agora