Concentrado lendo um artigo de uma conceituada revista forense, Grissom se assustou quando ouviu uma batida na porta de sua sala. Disse um “entre” e a pessoa que adentrou na sala foi Sara.
Nessas últimas semanas em que tiveram uma proximidade bem grande e por conta disso, até começaram a se entender de verdade, Grissom nas oportunidades em que via Sara começou a sentir algo indecifrável e diferente. Algo que lhe fazia bem dentro de si. Só que isso que sentia também lhe intrigava por ser exatamente do jeito que era: indecifrável e diferente.
Sara se aproximou da mesa dele e lhe estendeu uma pasta.
_Meu relatório! – disse simplesmente.
Ele pegou o papel de sua mão.
_Quem era o culpado? – perguntou pra puxar assunto, já que ela não disse mais nada.
Cansada e doida pra ir embora, Sara pensou em dizer que era só ele ler o relatório que saberia. Mas isso seria grosseria demais de sua parte. Então tratou de responder da forma que era certa: sem grosserias.
_O marido.
_Crime passional?
_Sim. Ele descobriu que a mulher...
Ela parou de falar de repente, e depois levou uma mão à testa. Havia sentido um mal-estar do nada.
_Tá tudo bem?
Só após alguns segundos, foi que Sara lhe respondeu um "sim". Porem aquela resposta não consiga com a verdade. A perita não estava se sentindo nada bem, só que não queria dizer ao chefe. Respirou fundo, voltou a olhar pra Grissom e devagar, retomou o que falava.
_Como eu ia dizendo... Ele descobriu que a mulher o traia com outro muito mais novo que ele. E pra...
De novo, ela parou de falar por conta do mal-estar que estava sentindo. Só que dessa vez, o que sentiu foi mais forte e fez suas vistas se escurecerem totalmente. A consequência disso foi que Sara teve que se apoiar no encosto da cadeira pra não cair no chão.
Grissom percebendo o que aconteceu, na mesma hora se levantou indo em auxílio a sua subordinada.
_Ei, você não está bem. Vem, sente-se aqui!
Ele conduziu sua subordinada até a cadeira a qual ela se apoiou e ajudou Sara a se sentar na mesma.
_O que têm? – falou se agachando a frente de Sara e segurando numa de suas mãos, que estava fria.
_Não sei. De repente, senti um mal estar e minha vista escureceu. Deve ter sido minha pressão que baixou. – ela contou de olhos fechados
_Tem problemas de pressão?
_Não que eu saiba! - ela disse e não ousou falar mais nada depois disso.
O supervisor que apenas a observava, ouviu quando ela deu um suspiro alto. Viu em seguida, Sara levar sua outra mão que estava livre até a testa. Visivelmente sua subordinada não estava bem.
_Quer que eu pegue uma água pra você?
_Não, não é necessário já está passando. Só preciso de mais uns segundos pra conseguir me recuperar por completo e poder me levantar sem passar mal de novo.
_Tudo bem! – sua mão continuava segura na dela. Não conseguia largá-la.
Enquanto Sara permanecia de olhos fechados tentando se recuperar, Grissom a fitava. Seus olhos passearam admirando o rosto delicado que ela tinha. Sua subordinada era uma mulher muito bonita, mesmo com aquele gênio quase insuportável.
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Você É Meu Verdadeiro Amor! [Concluída]
FanficHá dois anos ele perdeu sua esposa aquela que dizia ser o 'amor da sua vida'. Mas o destino vai pôr em seu caminho Sara, a mulher que vai ser seu Verdadeiro Amor. No começo entre ambos vai surgir uma grande antipatia que faz com que um seja avesso...