Capítulo 155 - Reencontros e atritos

373 19 0
                                    

Passava das três da tarde quando Dylan saltava de um táxi em frente ao prédio do Laboratório de Criminalística de Las Vegas. Tão logo Sara lhe deu a terrível notícia do sequestro da filha deles, o agente foi falar com seu superior e pediu autorização ao mesmo pra viajar a cidade de Las Vegas para acompanhar e ajudar nas investigações do sequestro de sua filha. George na mesma hora concedeu isso a Dylan. Ele lhe avisou que o avião particular do FBI o levaria a cidade de Vegas pra evitar que ele pegasse um vôo comercial, o qual lhe faria demorar mais a chegar a cidade.

Só deu tempo do agente ir em casa pegar uma muda de roupa e contar aos pais o ocorrido. Oswald e Elizabeth ficaram em estado de choque. Eles queriam vir junto com o filho, mas Dylan achou melhor eles ficarem e prometeu mantê-los sempre informados de tudo. Depois, o agente seguiu para o aeroporto particular pra pegar o avião que seu chefe lhe cedeu.

Ele cruzou a porta daquele laboratório nervoso e com o coração batendo desesperadamente. O pensamento era somente na filha e em como ela estaria, e onde estaria. Quando colocasse as mãos nos sujeitos que estavam com ela, ele seria capaz de acabar com a vida deles.

Aproximando-se da recepção, Dylan enxergou Nick passando por ali e chamou-o no mesmo instante. O perito virou-se pra ele.

—Dylan, você chegou rápido.

—Vim num avião particular do FBI. Onde está Sara?

—Está reunida com os demais. Eu vou te levar à ela. Judy me vê um crachá de visitante pra ele.

—Claro!

A recepcionista pegou de uma gaveta o crachá e estendeu-o a Dylan.

Os dois homens logo seguiam corredor adentro até que chegaram a sala de evidências onde toda a equipe se encontrava reunida. Os olhares de todos bateram no sujeito que acompanhava Nick. E um especial não se agradou nada em rever o agente, já que tinha razões de sobra pra isso. Entretanto, Grissom não podia impedir Dylan de estar ali, pois ele era o pai de sua enteada. E como tal, tinha todo o direito de estar presente nas investigações do sequestro da menina.

—Estava passando pela recepção quando Dylan chegava.

—Olá a todos! - Cumprimentou o agente ciente de que sua presença não devia ser bem quista ali por todos, dada a situação que causou quando esteve da outra vez no laboratório.

—Você veio no jato particular?

—Sim. O George me cedeu a aeronave pra chegar mais rápido, Sara. - Ele explicou. _Como você está?

—Como você acha?

Ele sentiu vontade de abraçá-la ao ver aquele semblante arrasado que via em sua ex-mulher, mas pela primeira vez resolveu dar ouvidos ao seu bom senso e não fez o que sentiu vontade pra não criar confusão. Não estava ali pra isso!

Sua ex parecia visivelmente devastada com o ocorrido. E como não estaria? Ele também estava aos pedaços por dentro e por fora com esse sequestro da filha.

Tudo o que ele sempre temeu era que algo desse tipo viesse acontecer. Certa vez, quando ainda era casado com Sara e Liv era apenas um bebê, Dylan foi ameaçado por um bandido quando o prendeu. O sujeito, um chefão de uma quadrilha que há meses vinha sendo investigada pela equipe do agente, gritou aos quatro ventos pra quem quisesse ouvir no Departamento da Polícia, que ia se vingar do agente através da mulher e da filha que sabia que ele tinha. Na ocasião Dylan ficou apavorado com a ameaça e por dias pediu proteção policial para Sara e para a casa deles. Só que o bandido não teve tempo de cumprir sua ameaça, pois se envolveu numa confusão na penitenciária e foi morto. Mas foi desde esse episódio, que aquele medo passou a acompanhar o agente sempre. Torcia pra que o sequestro de sua filha não fosse uma retaliação ou vingança a ele. Jamais se perdoaria se por sua culpa, ou por culpa de seu emprego viesse a colocar em perigo a vida das duas pessoas que ele mais amava no mundo.

Você É Meu Verdadeiro Amor! [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora