Enquanto aguardava Ernest retornar a mesa com os pedidos a qual ele tinha ido buscar, Sara pensava no que teria que dizer ao policial. Era ciente de que acabaria por magoá-lo, mas devia ser franca com ele. Não seria justo alimentar esperanças das quais não havia a menor chance de se tornarem reais.
Ele parecia ser uma boa pessoa, talvez se seu coração não estivesse ocupado, quem sabe, ela não se interessasse pelo jovem e charmoso policial. Mas o problema é que havia alguém em seu coração e por mais que viesse tentando esquecê-lo, não estava conseguindo.
Grissom ainda era o dono absoluto de suas emoções, pensamentos e principalmente... Dono de seu coração!
_Aqui estão nossos pedidos!
Ela deixou seus pensamentos de lado por um momento e olhou pra Ernest que se acomodava a sua frente. Sorriu-lhe agradecida quando ele gentilmente estendeu-lhe a xícara de café que ela havia pedido.
_É bem agradável esse lugar.
_Sim, muito! Costumo vir aqui algumas vezes depois do trabalho.
_Você disse que mora perto daqui.
_Exatamente. Como esse lugar fica a caminho da minha casa e tem um café excelente, o melhor que já experimentei, então costumo vir com certa freqüência aqui. – Ela confidenciou ao policial com um sorriso antes de dar uma provada em seu café.
Ernest provou o seu e teve que concordar com Sara, de fato, o café dali era excelente.
_E sua filha como está? – O policial fez questão de manter alguma conversa entre eles pra evitar que o silêncio viesse e se instaurasse entre Sara e ele.
_Bem, obrigada. Foi somente um susto.
_Confesso que levei um pequeno susto, pois não sabia que tinha uma filha. – Confessou com sinceridade.
_Mas tenho e ela é minha paixão! O nome dela é Lívia, tem sete anos de idade. É uma garotinha muita esperta pra idade que têm, falante ao extremo e com um coração de ouro.
_Seus olhos agora brilharam ao falar dela. – Ele sorriu com a observação feita. E ela também sorriu pelo mesmo motivo.
_Pareço uma daquelas mães bobas que se derretem toda ao falar dos filhos, não é?
_Na verdade, você parece uma mãe coruja falando bem da sua cria. Sei bem como é isso. Tenho uma irmã que é assim mesmo com a filha.
_É que a gente quando é mãe ou pai, ao falar de um filho fica assim. Mas e você tem filho?
_Não, mas adoraria já ter tido. Gosto de crianças.
_Logo você encontra a mulher certa pra ser a mãe dos seus filhos.
_Ou quem sabe, eu acho que já a encontrei! – Ele não se conteve e acabou soltando tais palavras.
Diante disso, Sara ficou desconsertada. Se ainda tinha dúvidas das reais intenções do policial em relação a ela, a morena as tratou de perder naquele instante, com essa direta de Ernest.
E o policial não parou por aí. Tomado pela coragem que lhe brotou do nada, ele resolveu aproveitar pra confessar seus sentimentos à mulher a sua frente. Se for pra se arriscar, então que seja de uma vez por todas. E se for pra levar um fora, que seja logo também, pra doer só de uma vez! Como quando a gente arranca um band aid apenas em um puxão pra dor ser somente uma.
_Sara... Eu sei que te disse que esse convite era sem compromisso algum, mas... A verdade é que ele não é! Eu preciso que saiba de uma coisa... – Num impulso, o policial segurou a mão de Sara que descansava sobre a mesa e lhe confessou: _ Eu gosto de você!... E sendo bem honesto, desde que te vi naquela festa, não consegui mais te tirar da cabeça.
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Você É Meu Verdadeiro Amor! [Concluída]
FanficHá dois anos ele perdeu sua esposa aquela que dizia ser o 'amor da sua vida'. Mas o destino vai pôr em seu caminho Sara, a mulher que vai ser seu Verdadeiro Amor. No começo entre ambos vai surgir uma grande antipatia que faz com que um seja avesso...