neighbors › myg

Será?

 N/A: Oi, amores! Aqui está mais um! Sintam-se a vontade para comentar!
Dicas de músicas:
Cypher pt.4 - BTS.
Coffee - BTS.
I Need U - BTS.   

Devido a gravações, performances e outras coisas não via os meninos há um bom tempo. Vez ou outra encontrava-os pelo elevador ou pela escada, mas tudo tão rápido que logo percebi o quanto sentia falta das risadas constantes, mas, obviamente compreendia o porquê do sumiço deles, estavam trabalhando e pegando pesado nas gravações do novo CD que estava por vir, nos photoshots, gravações para aplicativos e programas de variedades, entre outras coisas, eles estavam a mil. Com isso as mudanças também se aproximavam, assustei-me em uma noite em que saí para dar uma volta, porque amava o frio que estava fazendo e Yagmi estava com o namorado em casa atrapalhando meu precioso silêncio, e encontrei Taehyung nas escadas de cabelo castanho escuro. Ele riu da minha cara de surpresa e gargalhou mais ainda quando toquei em seu cabelo liso sem acreditar que ele tinha escurecido os cabelos mais uma vez. Obviamente estava tão bonito como sempre esteve. Ele me contou que Hobi e Jimin estavam loiros, Jin estava com o cabelo escuro novamente e que estavam clareando, aos poucos, o cabelo do Yoongi. O que me fez questionar se ele voltaria com o loiro oxigenado da época de Agust D.

Outra vez, no dia seguinte, foi a vez de encontrar Rap Monster e Jin no elevador, quando eu voltava das compras. Eles estavam ainda mais bonitos com aquelas cores de cabelo e eu só conseguia sorrir, estava sentindo saudade de ambos e dos demais e a curta conversa que tivemos, sobre como as coisas estavam apressadas no estúdio e na vida profissional deles, me deixou mais contente durante o restante do dia. Jimin e Yoongi eram os únicos que eu não via, praticamente nunca, parecia que ambos não apareciam em casa e, confesso, que sentia falta de ambos. Talvez fosse errado dizer, mas me pegava pensando em Yoongi mais do que o necessário, o imbecil não saía de minha mente e pensava que, por alguma razão, ele estava se afastando de mim porque parecia me evitar. Talvez fosse coisa da minha cabeça, mas eu insistia em pensar no negativo.

Sunhee estava voltando de viagem naquela manhã de domingo, ela passou uma semana a mais com os pais para matar as saudades porque, segundo ela, uma das coisas mais difíceis foi deixar os pais, pois sempre foi muito apegada à eles. Combinamos de buscá-la no aeroporto e pretendíamos fazer uma surpresa para ela, já que chegaria na hora do almoço: faríamos seu prato favorito para que ela se sentisse em casa. O problema mesmo era sé o prato ficaria bom, afinal, tanto Yagmi quanto eu, nós éramos um desastre na cozinha.

Deixámos tudo semi-preparado antes de buscar Sunhee no aeroporto, os legumes picados juntamente com a carne e o peixe, o bap já quente em uma panela térmica e a mesa já posta. Ao chegarmos era só juntarmos os ingredientes necessários e servi-la. Confesso que estava morta de saudades de Sunhee e ter que conversar com ela algo sério que envolveria meu futuro me deixava mais ansiosa ainda para a sua volta. Conversei com Yagmi sobre o que pretendia e a sociedade que iria propor para Sunhee e ela, como sempre, me apoiou e disse para que eu fizesse o que meu coração mandasse. E era aquilo que ele mandava.

Larguei o emprego logo no primeiro dia da volta às férias, fui para o escritório no horário normal e contei minha decisão para meu chefe que se mostrou abalado com a decisão. Ele tentou argumentar e propôs acordos para que eu permanecesse, pois, segundo ele, eu era uma funcionara extremamente competente que ele não queria perder. Mas eu não queria mais, simplesmente estava animada e contente com as ideias que surgiam em minha mente e ansiava por um futuro melhor para mim mesma. Eu gostava de lá, tinha feito amizades legais e divertidas que esperava levar para o lado de fora, porém, a necessidade de fazer o que realmente queria era maior e, daquela vez, a partir daquele momento, eu não a retrairia dentro de mim.

Descemos as escadas quase onze horas, o voo de Sunhee chegaria às doze horas e queríamos estar por lá quando ela chegasse. Yagmi parecia tão animada quanto eu e sabia que ela também sentia falta de Sunhee. Tínhamos nos tornado uma família e sabíamos disso, sentíamos falta umas das outras, confiávamos de olhos fechados e estávamos sempre juntas e preparadas para todo e qualquer momento. Eu amava aquelas duas tanto que mal sabia explicar. Yagmi falava animada sobre como iria abraçar Sunhee e não soltar mais, o que me fazia rir enquanto descia as escadas morrendo de frio e com o celular e as chaves do carro na mão. Pensava na comida que tínhamos deixado e em como faríamos para deixá-la realmente gostosa.