Cap pequeno, eu sei, mas prometo que irei recompensar no próximo. Boa leitura amores <3
********
- Vanna, não adianta, eu não quero falar com ele!
- Eu sei que ele é um babaca, mas ele ainda é meu irmão! Por favor, ele está me enchendo o saco!
- Foda-se, eu não to nem ai! Ele foi babaca todas as vezes que tentei ter uma conversa com ele. Se ele não consegue lidar com aqueles ciúmes ridículos EU que não vou!
Giovanna parou no centro da sala e apoiou as mãos na cintura, como se ela tivesse acabado de correr por horas.
- É assim desde a oitava série. Todas as vezes que você conseguia arrumar alguém ele sempre dava um jeito de fazer você terminar. Não suporta te ver com outro. - juntou-se a mim se sentando no sofá. - Chega parecer doença.
- É uma doença! Antigamente eu tinha a certeza de que ele era inofensivo, não iria me fazer nenhum mal, mas depois do que aconteceu ontem... Não tenho tanta. - me encolhi no sofá de baixo das cobertas.
O quase-estupro na boate não tinha sido a primeira vez que alguém tinha tentado me machucar. Quando eu era pequena, tinha uns sete anos, eu tinha um "tio" (que nem era meu tio de sangue ele só era marido da minha tia), eu era muito nova pra entender que era abuso e ele sempre tentava um novo jeito de me enganar e tentar passar a mão no meu cabelo ou em qualquer outra parte do meu corpo. E mesmo com toda a conversa fiada eu nunca caia na dele, uma vez ele tentou me agarrar enquanto dormia, mas eu dei um berro e meus pais o pegaram no ato. Foi por pouco, eu nem sei o que seria de mim agora, todo o trauma e essas coisas. Eu assumo que tenho um pouco de medo de escuro, se eu ficar em um lugar muito escuro e sem nenhuma entrada de ar tenho a terrível impressão que alguém vai vir e me agarrar.
- Por um momento eu achei que estávamos bem. Achei que poderíamos ser amigos de novo. - suspirei.
- Eu vou falar com a mamãe e o papai. - Vanna levantou e foi direto no telefone. - Não se importe, eu pago a conta que vier.
- Não Vanna, por favor. Não quero que Giovanni sinta mais raiva de mim. Ou seja lá o que for que ele esteja sentindo.
- Eu vou ligar sim! Primeiro ele some por semanas e te trata como se nem fosse da família, depois ele te chama de vadia e por último ele te agarra?! Já era pra isso estar resolvido há séculos.
- Você realmente não precisa fazer isso. - me levantei do sofá.
- Eu já estou fazendo... Ciao madre... Mi senti? Ho bisogno di parlare con te... Si tratta di Giovanni... No mamma, niente di tutto ciò! Sì madre... Sì, signora... Ok, ci vediamo Martedì.
- O que ela disse? O que você disse? - perguntei preocupada.
- Bom, parece que teremos visitas na terça.
***********
- Você quer que eu tire as fotos?
- Sim Samantha, você. Todo mundo adorou a edição especial de Julho, ficaram encantados! Eu não sei se era o Bruno ou você, mas só sei que alguma coisa deu muito certo e já que não posso ter Bruno de novo posso pelo menos ter a mesma fotógrafa. - William (meu chefe) falava e falava, estava empolgado e as palavras saiam da sua boca de um jeito menos rude. Não soava como uma ordem e sim mais como um pedido.
- Uau! É uma honra ouvir isso, mas eu estou atolada de trabalho. Não quero atrasar e deixar tudo pra depois... Eu conheço ótimos fotógrafos que iriam adorar até fazer um trabalho melhor que o meu...
VOCÊ ESTÁ LENDO
I'm Yours
FanfictionSamantha Miller é uma mulher forte e independente que trabalha como fotógrafa na revista super popular ELLENN junto com sua melhor amiga Giovanna Gartelli, uma tipica mulher jovem italiana, ela mora na movimentada Los Angeles desde os 17 anos com su...