Locked Out Of Heaven

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Boa leitura ;)

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16/03/17 10:25

Oito meses e meio e eu nunca estive tão enorme na minha vida. 

Parece que nesses últimos dias minha barriga cresceu tudo o que não tinha conseguido crescer nos outros meses, diria que foi quase do dia pra noite. Não é uma reclamação, eu estava amando ver a cada dia que passava os bebês crescendo dentro de mim - quando eles me chutavam pareciam que ia rasgar minha barriga de fora pra dentro, mas a sensação mesmo dolorosa era a coisa mais linda que eu poderia sentir.

As vezes eu me sentia uma mãe ruim, porque ficava brava por não conseguir caber nas roupas e ter que passar a maior parte do tempo usando moletom - não podia sair para comprar roupas novas. Meus peitos também, estavam enormes, do tipo que nem cabia no sutiã, sendo que eles eram médios e agora estavam grandes e pesados.

Aconteceu tudo tão rápido, por parte me sinto mal por não ter aproveitado direito todo esse processo, talvez nem comprar as roupinhas dos bebês eu não conseguiria comprar, não dava para sair pelas ruas de Los Angeles com um cateter no braço e de cadeira de rodas. Odiava não conseguir andar, minhas pernas sempre vacilavam quando eu tentava apenas ficar em pé, eu nem tentava me mover só queria ficar em pé e conseguir pelo menos e não precisar de vigia 24hrs. Depois daquele pequeno acidente no banheiro, Bruno tinha mandando uma enfermeira ficar comigo todo tempo, sem me deixa sozinha por nenhum momento, ele disse que era perigoso uma garota teimosa como eu ficar sozinha porque poderia me machucar feio tentando fazer outras peripécias como essas.

Inclusive, ele odeia quando eu chamo ele de Bruno, disse que era muito melhor quando eu chamava ele pelo nome verdadeiro, mas tenho que admitir que é estranho já que ele foi apresentado para mim como Bruno, e não como Peter. Porém eu fazia um esforço e ele sempre me olhava com aquela cara quando isso acontecia.

- Você tá bem? Não está fazendo nenhuma besteira né? - Bruno perguntava preocupado.

- Se você considera agir com normalidade ser uma besteira então não, eu não estou fazendo nenhuma besteira. - respondi no telefone enquato digitava no computador.

- Você ficou mais grossa depois que acordou...

- Quer que eu volte a dormir? Eu posso tentar. - disse com ironia. - Ou eu posso ser mais doce, tipo... Como você está aí em Las Vegas meu docinho de coco, açúcar e mel? Tá papando e dormindo tudo direitinho? - imitei uma voz infantil, ele gargalhou do outro lado da linha.

- Estou sim meu bebêzinho, e você tá também? Não pode ficar com fominha se não vai ficar doentinha.

- Ai meu Deus, somos ridículos! - gargalhamos os dois. - Me liga depois, preciso desligar.

- Tá bem bebezinho, beijos. - respondeu e desligou. Estamos ficando infantis. 

- Hora do banho mamãe! - a enfermeira (que se chama Julia) entrou pelo quarto com a cadeira de rodas. - Desculpe a demora, mas aquela sua não servia mais, tive que ir atras de outra. 

- Não tudo bem, mas você não precisa me chamar de mamãe. - falei, ela pareceu surpresa. 

- Ah sim claro. - Julia estava ligeiramente desconfortável. Eu assumo que estava sendo um pouquinho mal-humorada desde que ela começou a "cuidar" de mim, meus hormônios a flor da pele e toda a situação me deixavam estressada e brava então qualquer coisa era motivo pra um pequeno "show". - A água da banheira está morna, do jeito que você gosta. 

- Obrigada. - colocou a cadeira de rodas do meu lado e me ajudou a sentar. - Eu odeio tomar banho de banheira, mas fazer o que...

- É melhor para sua segurança. - Julia só tinha vinte e três anos, mas sempre aparecia sorridente e feliz com o trabalho, mesmo eu sendo uma bruxa as vezes. - Bruno me mataria se descobrisse que eu não estou tomando conta de você direito. 

- Está fazendo um ótimo trabalho, sem ironia. 

A parte boa é que depois que ela me ajudava a entrar na banheira eu poderia fazer todo o resto sozinha, sem precisar da ajuda de ninguém. A parte mais difícil era não molhar o fio do cateter ou tentar sair depois, como eu disse, eu estava imensa de gorda, então era um peso a mais. 

Amava o momento do banho porque era só nós três, sem ninguém para atrapalhar. Eu ainda não tinha escolhido o nome para os bebes - eu sei, um absurdo -, então só chamava eles de menina e menino, que belo exemplo de mãe.  O leque de nomes era enorme e eu sou tão indecisa que era bem capaz de escolher dois nomes para cada, mas Bruno já tinha os deles em mente, era nomes bem fofos, da mãe e do pai também, queria que chamássemos o nosso filho de Peter Peanut-Butter* Junior, e eu disse definitivamente NÃO! Mesmo sabendo que ele estava brincando, mas vindo dele não duvidava nada. 

A água quente me fazia relaxar completamente, eu quase esquecia que estava ali no hospital, era um absurdo não poder ir para casa, eu já me sentia tão bem. Só sentia dores no lugar que tinha quebrado, mas era só tomar um remédio que elas sumiam. E eu tomava muitos remédios. Vitaminas, analgésicos, suplementos, mais vitaminas, mais analgésicos, remédios para infecções, remédios do pré-natal... A lista era gigantesca, sem contar os remédios injetados na veia. Uma luta diária. 

Eu sempre pedia para Julia me deixar lá sozinha, quando eu acabasse era só gritar por ela ou aperta um botãozinho que ficava do lado da banheira, tinha que dar uma leve levantada, mas eu conseguia. Ela concordou com isso depois que eu implorei e fingi chorar um pouquinho.

- Você fica quase trinta minutos ai, não sei como não fica com os dedos enrugados. - ela disse rindo. 

- É relaxante, não dá vontade de sair. -falei enquanto ela me ajudava a levantar. - Se a água não ficasse fria eu poderia ficar aqui pra sempre. 

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Me consultava com a doutora Eva quase toda segunda para saber dos bebês; eu ficava preocupada porque não conseguia andar e com isso não conseguia fazer os "exercícios" que ela recomendava. 

- Você está começando a ficar gordinha. - minha mãe comentou. 

- Eu tô gravida. - respondi. - Não consigo andar, só como e durmo praticamente. 

- Mas isso não te impede de tentar fazer alguma coisa... 

- Mãe, por favor, não comece falando de que eu não tô tentando! Eu tô estressada e cansada, esgotada. 

- Eu só queria ajudar... - bufou um pouco decepcionada. - Acho melhor eu ir para casa...

- Não, você não precisa... Me desculpa, é que...

- É melhor para deixar você bem descansada, sem problemas na cabeça. - se levantou do sofá e foi até a porta. - Nos vemos amanhã, se você quiser. - fechou a porta.

- Parece que alguém acordou em um mau dia... - Eva falou enquanto me ajudava a esticar as pernas. 

- Estou acordando em maus dias todos os dias. 

- Isso é normal na gravidez. - retrucou. - Não se sinta culpada, são os hormônios.

- Impossível não se sentir, qualquer coisa me deixa brava. Me sinto mal pelas pessoas que não tem nada a ver com isso. 

- Pensa pelo lado bom. - me ajudou a sentar na cama. - Isso não vai durar para sempre. Daqui a um meses todo o sofrimento acaba.

- Espero que sim. - sorri de canto e ela me respondeu com outro sorriso enquanto ajeitava uma mecha loira do cabelo. 

A cada dia que passava estava mais estressada, um pouco presa dentro dos meus sentimentos. Eu não tinha ninguém para conversar e acabava querendo ficar um pouco distante, isolada do mundo. Tudo ficou tão diferente quando eu acordei. 

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HELLA GALERISSS!!! Como vcs estao, curtindo o feriadao? Eu acordei cedo hj só pra escrever esse cap pra vcs nao brigarem comigo. Eu sei, ele ta pequenininho porq eu to caprichando no outro tbm né, e voltando aqui: Qual sera o nome q a Sam vai escolher pras crias? Serio gente eu ja to em duvida aqui e talvez isso saia no proximo capitulo heinn riririri, to preparando uma coisa bem legal <3 mas gente SÓ FALTA 22 CAPS PRA FIC ACABAR E EU NAO QUEROOOOOOO.  Até não sei quando rsrsrsr ;*

I'm YoursOnde histórias criam vida. Descubra agora