Talking To The Moon

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Traga lencinhos, cap triste vindo ai, se quiserem ouvir alguma musica pra desgraçar mais ainda a vontade. Boa leitura ;)

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01/06/17 10:55

- Isso Samantha, muito bem! - Eva dizia animada enquanto eu andava segurando nas barras. Estava mais feliz que eu porque tinha conseguido andar cinco metros inteiros sem parar. - Você conseguiu!

- Parece que sim... - falei entre risos. - Eu consegui. 

Veio em minha direção e me ajudou a sentar na cadeira. Tinha sido apenas cinco metros, mas para mim parecia uma maratona, como se fosse cinco quilometros. 

- Logo logo você vai poder estar andando de salto alto e dançando. - Eva comentou. - Vai poder sair e dançar nas baladas da vida.

- Coisas que eu não quero nunca mais ver na minha vida: Balada e salto alto. - rimos com meu comentário. 

Já que o Bruno estava sempre trabalhando a minha mãe e meu pai vinha me buscar, as vezes Vanna. Era engraçado quando a minha mãe vinha porque ela sempre foi ruim dirigindo, mas muito cuidadosa, nunca NUNCA mesmo ultrapassava o limite e só tomou uma multa em toda a sua vida; porque estava andando devagar demais. 

Uma vez por semana eu ia para a fisioterapia, uma viagem que demorava um pouco, mas que era necessária. Porém graças aos meus avanços dos últimos meses agora não seria mais necessário eu ir até o hospital, ele que viria até mim. A rotina continuaria a mesma, mas a unica diferença seria que a Dra. Eva viria até a casa de Bruno para fazer todos os exercícios que eu faço no hospital.

Eu sei que é estranho, mas eu ainda não consigo chamar a casa de "minha". Não sei, mas parece que eu estou lá temporariamente, não é como se eu morasse lá. É um pouco ruim eu sei, principalmente por Bruno achar que eu não estou "feliz". O que de longe não é verdade, que eu me lembre nunca estive tão feliz na minha vida, está sendo uma montanha russa, mas eu nunca estive tão animada por estar vivendo coisas novas todos os dias. É como se minha vida tivesse sido apagada e estivesse sendo refeita do zero por mim.

*FLASH BACK ON*

- Como foi o nosso primeiro beijo? - perguntei para Bruno enquanto nós dois trocávamos as crianças.

- A gente estava voltando de uma festa, estavamos um pouquinho bebados, você estava chateada e ai eu te beijei. - disse tranquilamente. - Não sei se você gostou, você ficou com uma cara assustada, tipo assim. - tentou fazer uma cara de espantado e eu ri com a tentativa.

- Você... Sempre sem perder tempo. - respondi secando o cabelo de Lyla. - Eu acho que gostei... E a nossa primeira vez?

- Você estava um pouco bêbada...

- Eu só conseguia fazer as coisas bêbada? Serio? - rimos. - Não me deixe nunca mais tocar em nada que tenha alcool, por favor. - gargalhamos.

*FLASH BACK OF*

14:44

O dia estava relativamente feio. Cinzento, com nuvens negras e carregadas no céu. Aquele dia típico de você não querer fazer nada, querer apenas cama, pipoca e uma bebida quente para relaxar. 

Bruno foi me buscar e mesmo atrás dos óculos escuros - que ele sempre usava - ele parecia estar chateado ou triste com alguma coisa, não sabia o que poderia ser e parte de mim estava com medo de se arriscar. 

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei para ele um pouco receosa. Ele me olhou de lado e negou com a cabeça com uma feição de interrogação. - É que você está com essa cara ai...

- Pergunta estranha, é a única que eu tenho...

- Ah que mentira, do mesmo jeito que você sabe quando eu to mentindo eu também sei quando você esta mentindo. - cruzei os braços. - Não precisa sabe, pode me contar.

- Tá bom. - bufou. - Mas antes vamos passar em um lugar. - assenti com a cabeça e ele arrancou com o carro.

A viagem foi silenciosa, eu até tentei quebrar o gelo algumas vezes, mas nada adiantava. Ele parecia sério e concentrado, nunca tinha o visto assim. 

Enfim chegamos a uma floricultura, ele pediu para ficar esperando dentro do carro enquanto ia buscar. Na minha cabeça já vieram milhares de teorias na minha cabeça. Será que ele iria me pedir em casamento? Ou terminar? Ou qualquer outra coisa... Porque razões alguém compraria flores em uma quarta feira?

Ele entrou no carro segurando uma rosa toda bem embrulhada, não disse nada e eu também não. Não iria perguntar se aquela flor era para mim, ou para alguém em especial. Ele continuou a dirigir em silencio, mais uma vez. O clima estava começando a ficar estranho até ele parar o carro e descer deixando a flor no banco do mesmo. 

Olhei pelo vidro e o vi dando a volta para pegar a cadeira. Olhei também e percebi que estavamos no cemitério. O que estavamos fazendo ali? Não fazia ideia. 

- O que viemos fazer aqui? - arrisquei perguntando.

- Hoje faz cinco anos que minha mãe faleceu. - dizia enquanto abria a porta do carro. - Sempre faço uma visita quando dá. 

- Ah sim, claro. - respondi um pouco sem reação. Não sabia o que responder. Entramos e seguimos adiante. Ele empurrando a cadeira e eu sem ter o que dizer. - Você lida tão bem com isso... Se fosse eu no seu lugar eu não saberia o que fazer.

- Já faz um tempo, mas antes... Eu chorava quase todos os dias, não só eu como os meus irmãos também, até meu pai... - riu amarelo. 

- Será que ela teria gostado de mim? 

- Com toda certeza. - respondeu rápido. - Você é tipo a nora que ela sempre sonhou. - rimos com a frase. - Sério, ela sempre dizia "Peter, você precisa encontrar uma mulher assim e assado e sossegar...". - ri com a imitação. 

- Você deveria dar muito trabalho pra ela, toda semana com uma namorada nova. - ele riu. 

- Era mais ou menos isso. - respondeu enquanto nos dois rimos. - Eu só não levava pra casa. 

- Acredito em você. 

Chegamos até lapide de onde Bernadette estava enterrada. Uma foto bem pequena e o nome completo enfeitavam aquela escultura de mármore preto. Peguei a rosa do meu colo e entreguei para Bruno que foi devagar até o túmulo coloca-lá sobre o mesmo. Abaixou a cabeça para fazer uma oração e eu fiz o mesmo. Depois de alguns minutos veio até mim secando os olhos rápido. Fingi que não vi, não queria deixa-lo desconfortável de qualquer jeito.  

- Você acha que... - parou na minha frente e fez uma pausa. - Ela teria orgulho se mim?

- Tá brincando?! Ela seria a mãe mais orgulhosa do mundo... Ela é a mãe mais orgulhosa do mundo. - ele sorriu com a minha afirmação e eu também. 

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hellou menines, demorou mas saiu, gente eu to sem criatividade ;-; TO TRISTE PQ A FIC JA TA ACABANDO E EU QUERIA Q OS CAPS FINAIS FOSSEM INCRIVEIS, mas eu sei eu sei, to planejando umas coisitas pra vcs E CARAMBA, JÁ CHEGAMOS A 4K DE VISUALIZAÇÕES OMG!!! Tnks eu amo vcs é isso!





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