Rest Of My Life

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Seis anos depois...

12:33 20/04/2024

- Lyla, não corre, você vai se machucar! - gritei enquanto retirava algumas coisas da cesta de piquenique. 

- Não vou mamãe, não vou. - passava por mim correndo dando volta na arvore rindo sem parar. - Mamãe não me pega, mamãe não me pega. - corria fazendo caretas, mostrando a língua e fazendo barulhinhos irritantes. 

- Agora eu pego você. - levantei correndo e a peguei no colo, ela não era muito rápida. - Eu disse que pegaria você. - comecei a fazer barulhos com a boca na barriga de Lyla e ela gargalhava. 

- Para mamãe, faz cocegas. - ela estava rindo tanto que não conseguia pronunciar as palavras direito. - Eu vou contar pro papai. 

- Pode contar, ele também vai fazer um monte de cocegas em você. - afirmei sentando no chão com ela no colo. - Me ajuda a arrumar as coisas, porque daqui a pouco todo mundo vai chegar e não vai ter nada arrumado. Nem bolo, nem doces, nem bolas coloridas. 

- Bolas coloridas não! Tem que ter bolas coloridas. Vou te ajudar mamãe. - pegou um saco de bexigas e começou a encher com a boca. 

Lyla amava bolas coloridas o tanto quanto amava unicórnios e cupcakes. Ela não gostava de usar apenas uma cor, então sempre dava um jeito de se vestir completamente colorida. As vezes eu tinha que brigar com ela por querer sair com todas as cores possíveis, parecendo que tinha acabado de sair do circo. Ela não ligava nem um pouco, muito pelo contrario, ficava extremamente feliz quando eu fazia chuquinhas com chuchinhas coloridas, mas ela preferia ficar com os cachinhos soltos e livres por ai. Ela dizia que dava mais emoção na hora de correr. 

- Eu não consegui achar as bolas vermelhas, mas achei azul e verde, e algumas amarelas. - Bruno apareceu carregando um saco de bexigas. 

- Daqui a pouco as pessoas estão chegando e não está nem metade pronto, vamos logo com isso. - falei e ele concordou. 

As crianças estavam fazendo cinco anos e tivemos a brilhante ideia de fazer alguma coisa no nosso quintal, ele era enorme e as crianças amavam ficar brincando ali com outras crianças correndo e fazendo todas aquelas peripécias. 

- MÃÃÃE, PAAAI, EU RALEI MEU JOELHO. - escutamos Phillipe gritar do outro lado do quintal. - Tá saindo sangue...

- Não sei como você ainda consegue ter joelho de tanto que rala ele. - Bruno foi até ele e o pegou no colo. - Vamos passar um remédio e fazer um curativo. 

Por mais que Phillipe caísse ele nunca chorava, só quando era mais novo, obviamente. Mas o máximo que acontecia era ele ficar fazendo caretas engraçadas e mancando com a perna machucada. Iria fazer seis anos e já tínhamos ido para no hospital três vezes por causa de braço e perna quebrados, e uma possível lesão na cabeça. Ele amava se colocar em perigo, então tínhamos que sempre estar de olho nele. 

 Bruno voltou com Phillipe que andava com um pouco de dificuldade devido ao curativo enorme no joelho. 

15:02

- Vamos cantar parabéns para Lyla e para o Phillipe? - minha mãe se dirigia as outras crianças. - Hora do parabéns pessoal, hora do parabéns! - gritou mais uma vez. 

Juntou um pequeno amontoado de pessoas perto da mesa com o bolo e doces, as crianças eram a que estavam mais perto e "brigando" por um lugar ali na frente. Phillipe e Lyla tiveram que subir em uma cadeira para poder alcançar o bolo. 

Começamos a puxa um coro de "parabéns" pra vocês e eles ficaram se encolhendo de vergonha. Nisso eles tinham muito em comum, eles não sabiam reagir quando tinham toda a atenção voltadas para sí. Depois de um longo parabéns pra você eles assopraram a vela - cada um tinha uma vela com o numero seis, para não haver briga - e se abracaram. Eles faziam isso desde o aniversario de um ano, era como se cada um deles dois estivesse desejando feliz aniversario para o outro. Era uma das coisas mais fofas, eu peguei a câmera e cliquei uma foto de tudo. 

Sai batendo fotos de tudo e de todos. Da minha mãe conversando meu pai em um canto e logo depois se abraçando. De Giovanna comendo um pesado enorme de bolo enquanto estava gravida de seis meses de Lorenzo, Vanna comia mais bolo do que dava para Camill, que tinha apenas três aninhos e era a cara de Giovanna, mas pretinha e fofinha como Phredley. Bati mais fotos das crianças correndo. De Lyla "dançando" como se ninguém estivesse olhando, de Phillipe correndo e caindo novamente, mas dessa vez sem deixar arranhões e uma de Bruno distraído tocando violão em um canto. 

- Você é algum tipo de paparazzi não é? Aposto que é. - ele se levantou para me dar um selinho. - Você deve ficar vendendo minhas fotos por ai. 

- Ah sim, com certeza. - afirmei. - Eu realmente faço isso, por isso ganho milhões do nada. - rimos. - Essa vai pro álbum especial de fotos que vendi do Bruno. 

Coloquei meu braços por volta do pescoço de Bruno e olhei para o céu azul que iluminava aquele dia lindo e quente. 

- O que está olhando? - ele perguntou. 

- Estou agradecendo pela família maravilhosa que eu tenho. 

- Então porque não me disse antes que agradeceríamos juntos. - sorrimos juntos. 

Eu não podia querer mais. Eu tinha um trabalho ótimo, uma casa incrível, uma família que me amava acima de tudo. Eu estava feliz com cada pequeno momento da minha vida. Seja ela da profissional até como esposa. Eu estava muito feliz e era extremamente grata por ter Phillipe, Lyla e Bruno, ou melhor PETER em minha vida. Quando Phillipe e Lyla nos viu juntos eles vieram com tudo em cima de nós dois pedindo colo e cantando aquelas musiquinhas de que Bruno e eu estávamos namorando...

Naquele momento eu soube que era amada de verdade e que o amor era reciproco, porque eu os amava também, tanto quanto eles. Eu tinha finalmente encontrado meu lugar no mundo, e não poderia haver lugar melhor. 

FIM


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E é com esse capitulo, que eu finalmente declaro a fic encerrada. Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu, e mais tarde rola um textao de agradecimentos. See u bybye ;*

I'm YoursOnde histórias criam vida. Descubra agora