If I Knew

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Só pq é feriado hahaha, feliz dia das crianças kkkjjj 

Boa leitura ;)

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Estava de cabeça para baixo. Senti alguma coisa quente em meu rosto, era molhada e viscosa. Sangue junto de lagrimas de dor e desespero. O gosto de ferro na minha língua me fazia querer cuspir o que tivesse dentro da mesma, me trazendo ânsia e desconforto. Tentei levantar o braço direito para limpar o que parecia ser sangue dos olhos, mas o meu corpo estava tão dolorido que mal conseguia mexer os dedos da mão. Respirar estava difícil, já que sentia alguma coisa escorrendo da minha testa até meus olhos e me tampando a visão causando ardência. Sangue escorria de todos os lugares; testa, nariz, boca, braços, perna... Sentia aquele desconforto de alguma coisa passando pela pele.

Desvencilhei-me do cinto e cai meio torta no que seria o carro do teto. Eu precisava sair dali, não sei como, mas precisava. O carro já estava começando a emanar um cheiro de gasolina e poderia explodir a qualquer momento. Depois que passei algum tempo com as costas no teto do carro eu percebi que não tinha sofrido só arranhões, eu estava completamente quebrada. Meio com a visão meio embargada enxerguei uma fratura esporta na perda esquerda e uma no braço direito. Esses pareciam ser mais graves, mas o rosto do meu corpo estava quebrado com certeza, sentia meus pulmões amassados sendo pressionado por alguma força que não existia, eu poderia dizer que até conseguia sentir os mesmos sendo perfurado toda vez que eu tragava o ar para dentro; que não acontecia com frequência.

A dor já tinha tomado 100% do meu corpo e estava me fazendo chorar, estava atordoada. Comecei a pensar e pensar, porém todos os pensamentos vinham embaralhados com lembranças aleatórias e eu comecei a lembrar da minha família, de Vanna, Giovanni, Tobia, Bruno... Será que eu iria morrer assim? Ali?

Consegui me sentar e encostar no parabrisas, tentando manter o peito ereto para fazer o ar circular melhor. Consegui ver uma luz se aproximando gradativamente, comecei a gritar pedindo ajuda, mas não era ajuda. Era a luz de algum carro ou caminhão que veio de encontro ao carro, o jogando mais uma vez de um lado para o outro, como uma bolinha de pinball; ricocheteando de um lado para o outro. Mais uma vez tudo ficou escuro.

GIOVANNA POVS

Quando voltei para fora da boate não vi mais meu carro. Samantha definitivamente não estava tão bêbada assim, ou estava por ser louca de dirigir completamente bêbada. Era até piada pensar assim, eu nunca que iria imaginar Samantha de porre, era mais fácil eu do que ela sair carregada da boate porque bebeu demais.

- Você está com carro? Ela levou o meu. Precisamos ir atrás dela antes que aconteça alguma coisa. - falei com um Phredley super confuso e preocupado que acenou negativamente com a cabeça. - Mais que droga! Vamos ter que pegar um taxi.

- Com você vai conseguir achar Samantha? Ela pode estar em qualquer lugar agora. - respondeu. Olhei o GPS no meu celular e vi a localização do carro.

- Acho que não, o carro está parado em uma rodovia. Peço a Deus que ela tenha ganhado uma multa e não ter sido presa.

- Por que você tem um GPS do seu carro no seu celular? - Phredley perguntou confuso.

- Pra se eu for assaltada saber onde ele esta e poder acionar as autoridades, dã!

- Ah, ta. - ri com a resposta dele. - Não acha melhor chamarmos o Bruno...

- Não! Aposto que eles devem ter brigado por isso ela ficou assim, vamos só nós dois. - fiz sinal para um taxi que parou, passei a localização para o taxista que assentiu e deu partida. - Alem do mais é até melhor eles não se verem nesse estagio, Bruno não pode descobrir... - calei minha boca com as mãos e olhei pra a janela tentando disfarçar.

I'm YoursOnde histórias criam vida. Descubra agora