Click Clack Away

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Eai amores, saudades? Aposto que n uhauashahsuh Boa leitura ;)

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20:22

Bruno me levou até "meu" apartamento naquele mesmo dia. Eu não iria ficar muito tempo, disse para ele vir me buscar depois de uma hora, falei que iria ficar batendo papo com Vanna e apenas isso, matando a saudade dos velhos tempos. 

E eu matei mesmo. Estar ali, naquele prédio me trouxe lembranças. Lembranças nítidas o suficiente para querer apenas ali observando o local. Outras vinham em formas de nuvens e meio embaçadas, como se fizessem parte de um sonho que tive. 

Giovanna me recebeu com café e biscoitos, eles já estavam prontos já que tinham sido feitos pela minha mãe - meus pais meio que moravam lá agora, ficava mais perto para cuidar de mim e Giovanna não ter que pagar o apartamento sozinha. Fiquei sentada o tempo todo na cadeira, apenas vagando pela casa como alguem curioso, explorando cada pedacinho dela. 

- Minhas plantas... Eu nunca as vi tão bem cuidadas. - Vanna riu de lado sentando na poltrona da sacada, a vista de lá era muito linda. 

- Tio Sebastian é muito bom em jardinagem. Ele cuidou delas enquanto você não estava aqui. - exclamou tomando um gole da sua xícara. - Eu já sou péssima, se dependesse dos meus cuidados elas estariam mortas.

- Que isso Vanna! 

- Ue, mas é verdade! Sou boa com crianças e animais, mas ruim com plantas e culinária. Não se pode ser boa em tudo não é?  

- Isso é verdade. - afirmei. 

- Mas então Sam, o que te traz aqui? Saudades?

- Também...

Eu não queria precisar conversar com Vanna sobre isso, mas era necessário já que o meu cérebro não estava funcionando direito. E pelo visto, ele não iria nem tão cedo. 

- Que cara é essa Sam? Tá tudo bem? - acho que ela percebeu que estava com vontade de chorar porque ela veio em minha direção e me abraço, eu fui forte o bastante para não chorar nos ombros dela, mas me rendi ao abraço. - O que esta acontecendo?

- Eu não sei, mas... -funguei coçando o nariz. - Não quero ser precipitada, nem nada... Mas acho que o bruno pode estar...

- Te traindo certo? - me interrompeu. - Como você chegou a essa conclusão?

- Estávamos na praia hoje e ele recebeu muitas ligações, mas ele estava na água ai quando eu fui atender uma voz de mulher respondeu de volta... - aquela altura eu já estava chorando um pouco, a voz já falhava em cada frase e a ansiedade aumentava. 

- E lá vamos nós... - Giovanna balançou a cabeça negativamente fazendo uma cara de "é, eu avisei". - Não acredito que isso está acontecendo, de novo. 

- O que está acontecendo de novo? - sequei algumas lagrimas que teimavam em escorrer e me aproximei mais ainda da poltrona, tentando prestar atenção em cada palavra que ela dizia. - Eu já fui traída? Quantas vezes?

- Calma, não é exatamente isso... Mas é uma loooonga historia. - completou.

- Então me conta porque tenho a impressão de que ele não vai contar. - respondi jogando mais algumas colheres de açúcar no café. 

- Tem certeza que não vai ficar mal? Não quero te causar nenhum desconforto nem nada... - assenti com a cabeça e me ajeitei na cadeira. Ela olhou pra cima, coçou a cabeça, passou as mãos no rosto e respirou profundamente. - Acho melhor fazer mais café.

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