Capítulo 34 - Bernard

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Creio que só seja sentimento de proteção, não é ciumes porque ainda gosto de Angeline e não de Alicia,mais a poucos estantes não exitei em defender ela como se fosse tudo diferente entre nós.

Angeline não podia ter dado aquele vexame na agência culpando Alicia de roubar as oportunidades dela. Não foi somente eu quem escolheu a Alicia, foram todos.
E toda vez que Angeline insinua que Alicia é uma qualquer me tira do sério por que não é. Ela é uma boa moça, e ainda por cima gritou para Adam que Alicia era meu resto. Quê?  Que absurdo, que altura de ciúmes a Angeline chegou. Eu achando que ela tinha mudado. Não, não mudou.

Não temos volta e eu vou por um fim nisso de uma vez por toda. Mais antes quero acabar com essa dor que sinto nesse momento. Quero beber porque é o que eu quero nesse momento e por um momento espero que ninguém me julgue.

É normal beber quando quiser. E estou no meu quarto, não passarei vergonha na rua e não permitirei ninguém ver como no sábado a noite depois de me ver novamente com ciúmes de alguém que não amo como mulher e que não me ama como homem. Não consigo explicar a atração que ando sentindo ao ver lá. Na sexta fiz questão de olhar- lá enquanto pousava para as fotos. Tão bela. E ao mesmo tempo gosto de Angeline. Sinto falta de estarmos juntos como no começo de nosso namoro. Depois do noivado tudo está se esfriando.

Prefiro beber e esquecer minhas dúvidas, minhas confusões na mente e meus medos. Já não basta gostar de alguém difícil, imagina alguém que só me ver como amigo?  E eu o mesmo a ela. Então deixo me esquecer, começo a esvaziar a primeira garrafa, fiz questão de comprar da bebida que me deixasse apagado logo. Assim quando eu acordar estarei melhor.

Só não quero voltar a ficar como nos primeiros meses de viúvo. Bebia escondido da mamãe. Claro que não era sempre.
Porém exagerava as vezes.
Então ela foi embora, tive que contratar babás para Maggie por que de noite sempre tomava uns goles a mais.
Mais aí minha garota estava crescendo e colocando todas para correr. Então conheci Angeline.
Queria logo me casar, assim não precisaria de mais nada. Estaria completo. Sonho realizado. Minha filha, eu e uma esposa.
Porém Maggie nunca quis assim, fez com que Angeline recuasse de querer se casar. E quando ela aceitou...descubro que não vamos ter chances.

Depois de muitos goles sinto meu corpo padecer e minha mente ficar zonza. Consigo ver no relógio de pulso que são 10:00 , ainda é cedo, eu quem vim embora assim que passei aquela vergonha enorme.

Olho a segunda garrafa pelo meio e estou só rindo da minha estupidez.
Batem na porta e em seguida escuto a voz de Alicia.

__VOCÊ É UM IDIOTA DE BEBER BERNARD, O QUE EU TE DISSE?

Ela parece brava. Fica linda quando está brava, queria ver ela.
Ela me acha um idiota. Não gosto quando ela me chama assim.Que se dane então.
Nem me movo para abrir a porta.Bebo o resto da garrafa e me levanto do chão para deitar na minha cama e finalmente dormir sem pensar em mais nada.

                             ...

Minha cabeça dói muito, abro os olhos lentamente e vejo a luz da janela invadindo meu quarto. Quem abriu? Vejo ao lado um copo com água fresca e também uma cartela de analgésicos.

Alicia.

Bebo logo, a cabeça dói muito e me vem o arrependimento. Fiz merda. Acho que trouxe bebidas para casa. Não devia ter voltado a beber sendo que não posso e não devo. Que vergonha que devo ter passado.

__Acordou Zé cachaça? -quê?

__Alicia. Que merda de apelido é esse? O que eu fiz? Só bebi né.

Digo um pouco irritadiço pela dor.

__Você bebeu duas garrafas inteira vei? ACHA ISSO LEGAL?

__Me desculpe, minha filha viu?

Curando CoraçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora