83° Capítulo

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Frase do dia: Eu sou uma longa história.

Sabrina: Do que me chamou?
Eu: Além de vadia, também é surda?
Sabrina: Escuta aqui.. -interrompi ela-
Eu: Escuta aqui digo eu, to cansada da porra dos seus joguinhos, se tem alguma coisa de errado comigo, fala na minha cara, não fica fazendo suas brincadeiras idiotas.
Sabrina: Sempre deixei bem claro pra você que não gostava de você.
Eu: Jura? Lá no começo, quando você era a menina mais triste do mundo, eu te admirava, agora você me da nojo.
Sabrina: Suas ofensas não são nada pra mim.
Ela me olhou e chegou mais perto, não recuei em nenhum momento, apenas fiquei encarando ela.
Sabrina: Você não sabe do que sou capaz garota, não brinca com fogo.
Eu: Eu to pagando pra ver, vai fazer o que? Chamar reforços? Quer arrumar briga comigo, vem sozinha, não chama os outros não.
Sabrina: Eu to aqui, você não faz porra nenhuma, mas fala pra caralho.
Eu: Eu ate ia te bater, mas não vale o esforço, então, agora, se você quer brincar, eu vou te mostrar como se joga.
Olhei pra ela e sai, a mesma ficou parada sem dizer nada.
Eu estava com tanta raiva que parecia que ia explodir, fui pro meu quarto e bati a porta com força, eu queria gritar, quebrar as coisas, nas não podia.
Ouvi batidas na porta e fui ver quem era, Júnior me encarava, ele estava nervoso, inquieto, não sabia decifrar aquilo.
Junior: Você precisa ficar comigo.
Eu: O que aconteceu?
Junior: Eles querem levar você, não posso deixar isso acontecer.
Eu: Quem quer me levar Júnior? Do que ta falando?
Júnior: Da merda das mensagens, eles querem você, querem te levar, eu preciso cuidar de você. -falou rápido e me puxou-
Junior foi em direção ao seu quarto, pegou seu celular e algumas coisas e me puxou de novo, descemos as escadas e me admiro de não ter caido. Lembram daquela porta que eu não consegui entrar, que Ryan disse que não tinha nada ali pra mim?
Junior me levou naquela direção, abriu a porta e entramos, fiquei surpresa com o quarto, tinha vários desenhos espalhados, vários eram de mim, outros da Tina, logo percebi que Ryan que desenhou.
Júnior respirou fundo, era muito bom ver o quanto ele se controlava, não queria brigar com ele, não de novo.
Ali estávamos, trancados em um quarto e sozinhos, encarei Junior e na mesma hora ele olhou pra mim, desviei o olhar e ele deu risada.
Junior: Ta nervosa por ficar perto de mim?
Eu: O que? Claro que não. -eu estava sim, e isso se notava a quilômetros-
Junior: Certeza que não? -me puxou e colou seu corpo no meu-
Eu: Junior..
Junior: Agora a gente ta sozinho, sem ninguém pra atrapalhar, por que fugir?
Eu: Mas.. -ele colocou o dedo indicador na minha boca, me fazendo parar de falar-
Desceu a mão pra minha nuca e foi chegando o rosto perto do meu, nossa boca estava muito perto uma da outra, foi quando finalmente a gente se beijou. Eu não sei o que eu senti, haviam varias borboletas no meu estômago, ele me fazia ter aqueles sentimentos de quando eu era da época da escola, quando via alguém e congelava.
Junior me fazia sentir coisas que ninguém mais conseguia, era estranho e ao mesmo tempo bom.
Nos afastamos por falta de fôlego, Junior colou sua testa na minha e me olhou, um sorriso se formou no seu rosto, o mesmo aconteceu comigo, não consegui esconder o tamanho da minha felicidade.
Escutei um barulho, como se fosse algo se quebrando, ia olhar o que era mas Junior me puxou pra perto dele de novo, tapou minha boca logo em seguida.
Junior: São eles, não posso deixar que te levem. -sussurrou-
Eu não estava entendendo nada, quem queria me levar? Por que?
Mas não fiz nada, apenas fiquei ali, não tinha pra onde ir, eu nem sequer sabia o que fazer.
Escutei passos vindo em direção onde eu estava com Junior, ele foi se afastando e ficamos longe da porta, em uma parte escura, abaixados e calados.
Escutei batidas na porta, uma voz que me parecia ser de um homem gritava alto, ordenando pra que abrisse a porta, não fizemos nada, não falamos nada.
Eu sentia que meu coração ia sair pela boca a qualquer momento, o coração de Junior batia rápido, sua respiração estava ofegante, cada vez mais a gente se afastava e colava mais na parede.
Quase não dava pra me ver, estava muito lá atrás, mas Junior ficou na minha frente, estava agarrada na sua camisa, minha vontade de chorar era grande, mas eu apenas tentei me manter calma, o que estava sendo quase impossível.
Foi quando, em questão de segundos, escutei a porta sendo arrombada, um enorme barulho foi feito, não conseguia ver o rosto do homem, Junior estava na minha frente, única coisa que ouvi foi quando Junior chegou pra trás e controlou um grito de surpresa.
A voz grossa tomou conta do quarto, era seguida de uma risada assustadora, a todo momento o homem dizia meu nome, dizia que ia me achar nem que tivesse que revirar cada canto daquele quarto, eu estava com medo, muito medo, estava tremendo, a mesma coisa Junior, seu corpo inteiro tremia.
Eu: Junior, o que ta acontecendo? -sussurrei-
Junior: Eu não sei, mas não vou deixar nada acontecer com você.
Eu: Eu to com medo.
Junior: Não precisa ficar, eu to aqui, sempre vou estar aqui. -segurou minha mão-
Eu: Eu te amo.
Junior: Eu também te amo.
Escutar isso dele me deixava tão bem, tão calma.
Cheguei um pouco pro lado pra ver quem estava no quarto, na hora senti meu coração quase parar de bater.
Meus olhos se encheram de lagrimas, apertei a mão de Junior com força e afundei meu rosto nas suas costas.
Foi quando..

Continua...
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100 Dias Antes Da Minha MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora