100 Dias Antes Da Minha Morte

73° Capitulo

Frase do dia: Há tantas coisas por vir, e as pessoas preferem se prender a algo que nunca existiu.

Era Sabrina, a mesma encarou eu e Junior e sorriu.
Sabrina: Que bom que finalmente se acertaram. -foi em direção ao Junior e puxou ele pra perto dela-
Junior parecia nervoso, deu um sorriso pra Sabrina e eu fiquei confusa.
Eu: Vocês..-ela me interrompeu-
Sabrina: Ah, Junior não contou pra você? Eu e ele estamos namorando. -foi como se uma bomba tivesse caido sobre a minha cabeça-
Eu: Namorando?
Junior: Eu ia te contar, é que.. -Sabrina interrompeu ele-
Sabrina: Ele disse ontem a noite que ia te contar, dizer que já não era mais apaixonado por você, me desculpa Greta, espero que não haja mágoas entre a gente. -sorriu-
Eu: Não, ta tudo bem. -sorri de volta-
Logo eles deram as mãos e saíram, fiquei ali sentada na cama, estava sem reação, a dois minutos ele disse que sentia minha falta mas já estava namorando?
Me levantei da cama e forcei meus pés a andarem, mas foi em vão, eu cai no chão, foi como se meu corpo tivesse sido puxado pro chão.
Olhei pra baixo e respirei fundo, isso foi demais pra mim, senti meus olhos encherem de lagrimas e não consegui mais controlar, as lágrimas finalmente caíram e eu me permiti chorar.
Apertei os olhos com força, eu precisava sair de casa, ir pra um lugar onde eu pudesse ficar sozinha, limpei aquelas lagrimas e tomei um banho, vesti qualquer roupa e desci as escadas.
Esbarrei em Junior, o mesmo me olhou e parecia com pena.
Junior: Greta, não fica assim, eu.. -interrompi ele-
Eu: Me deixa em paz Júnior. -respirei fundo e tentei encarar qualquer coisa menos ele-
Junior: Você estava chorando?
Eu: Não. -Sabrina se aproximou e puxou Junior pra um beijo-
Aquela cena me desmontou, eu precisava sair dali.
Corri pra fora de casa e comecei a dar passos rápidos pela rua, eu preciso ficar sozinha, eu vou enlouquecer.
Avistei um prédio abandonado e fui pra lá, ele estava todo velho e com as paredes rachadas, tudo bem se desmoronar ne? Não me importo.
Subi ate o ultimo andar, e sentei na ponta do muro, e foi ai que eu gritei, gritei o mais alto que eu pude, estava desabafando com o ar.
Comecei a chorar, eu simplesmente desabei, me ajoelhei no chão e ali eu desabei.
Cada lagrima me fazia pensar o quanto eu sou idiota por ainda me importar, o quanto eu sou ridícula por causa disso.
Ouvi um barulho e olhei pra trás, era o Caio, o mesmo pareceu surpreso ao me ver.
Caio: Greta? O que faz aqui sozinha.
Eu: Me deixa, eu quero ficar sozinha. -ele chegou perto de mim-
Caio: Você ta chorando?
Eu: Não, to suando pelos olhos, não ta vendo? -ele me abraçou-
Caio: Tudo bem, eu deixo você pisar em mim hoje. -eu sorri, que idiota-
Ficamos ali abraçados, ele ficou em silêncio comigo, seu coração batia rápido, aquilo estava sendo como uma música pra me acalmar, não sei explicar direito, mas distraiu minha mente e eu logo parei de chorar.
Eu: Como me achou aqui?
Caio: Não achei você, eu sempre venho aqui pra pensar, não sabia que encontraria você aqui.
Eu: Bom, obrigada por ficar aqui comigo.
Caio: Me preocupo com você, agora vem, vamos sair daqui. -beijou minha testa-
Eu: Ta bom. -ele segurou minha mão e a gente desceu do prédio-
Seguimos em direção a praia, eu não queria ir pra casa cedo, precisava ficar um pouco longe dali.
Caio: Então tampinha, por que estava chorando?
Eu: Tampinha vai ser quando eu meter a minha mão na sua cara seu idiota.
Caio: Olha ela ficou bravinha, segura o touro. -comecei a correr atrás dele pela praia-
Eu: Volta aqui seu viado, vou dar uma chifrada no meio do seu c.. -ele me interrompeu-
Caio: Olha a boca cinderela, vamos ser mais educada ne. -deu risada-
Eu: Vai se foder, fica parado desgraça. -ele continuava me dando olés-
Caio: Nem pensar, se eu parar você me mata. -eu dei risada-
Ai como ele é idiota, parei de correr e me sentei na areia, fiquei olhando pro mar. Ele se sentou do meu lado, sua respiração estava ofegante por causa que correu muito.
Caio: O touro ta mais calmo agora?
Eu: Você é ridículo. -dei um tapa na cabeça dele-
Ele começou a cantar baixinho, cantava a música Trem bala - Ana Vilela, sua voz era calma, suave e doce, me trouxe uma paz. Encostei minha cabeça no seu ombro e Fechei os olhos, prestei atenção apenas na sua voz.

(...)

Depois de uns longos minutos eu percebi que já estava escuro, me levantei e Caio fez o mesmo.
Eu: Acho melhor eu ir pra casa, já esta tarde.
Caio: Eu levo você.
Eu: Não precisa, posso ir sozinha. -me virei pra sair mas ele me puxou e colocou seu braço envolta do meu pescoço-
Caio: Não vou te deixar ir sozinha.
Então fomos pra casa, assim que chegamos Laura e Caren me esperavam na porta de casa, fudeu.
Caren: Onde você estava a essa hora mocinha?
Laura: Ligamos varias vezes e mandamos mil mensagens, por que não respondeu?
Caren: Você sabe que não pode sair sozinha a essa hora Greta.
Eu: Calma gente, eu só fui dar uma volta.
Laura: Uma volta? E se tivesse acontecido alguma coisa com você?
Caio: Ta tudo bem, eu encontrei com ela e trouxe ela de volta.
Caren: Fez muito bem, mas o que fazia sozinho a essa hora na rua também? -aquilo já estava ficando chato-
Eu: A gente ta bem, e ta vivo, agora, ele pode dormir aqui hoje? -Caio arregalou os olhos-
Caio: Não precisa, eu posso voltar pra casa sozinho na boa.
Laura: Ela esta certa, já esta muito tarde pra você voltar sozinho, anda, entrem os dois.
A gente entrou e eu logo vi Junior e Sabrina sentados no sofá, quando Júnior me viu fechou a cara e encarou Caio, dei de ombros, caguei pro que ele pensa agora.
Caio: Agora entendi o motivo do rio de lagrimas. -sussurrou pra mim-
Eu: Cala a boca. -revirei os olhos-

Continua...
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