Capítulo 2

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너네 집 앞이야 너에게 

Winner,
Really Really.

      Acordo com uma forte dor na cabeça e no corpo. Mal consigo abrir os olhos por conta da claridade que invade o mesmo e torna incapaz que minhas pálpebras pesadas se mantenham abertas. Sento-me na cama com certa dificuldade e esfrego os olhos, tentando eliminar qualquer vestígio de sono que ainda me resta.

       Olho para a mesa de cabeceira rosa ao lado da minha cama e encontro um copo com água e um comprimido pousado sobre um pequeno pires de porcelana. Pego o pires e lá encontro um pedaço de papel dobrado em várias partes bem ao lado do comprimido. Abro-o, curiosa para ver o que tem escrito lá, e encontro numa caligrafia distinta, porém muito bonita, a seguinte mensagem:

        Noite passada eu cumpri com minha promessa, te fiz esquecer o idiota do seu ex-namorado enquanto estávamos conversando e bebendo como se fôssemos amigos de longa data. Acho que você saiu um pouco da linha, por isso tive que te deixar em casa, pelo menos o seu endereço você ainda lembrava. Espero que ainda se lembre de mim e, não sou de fazer isso, mas deixei meu número salvo no seu celular caso queira repetir a noite passada mais vezes.

De um completo estranho intitulado como cafajeste por você,
Mino.

      Tudo o que penso em fazer agora é pegar o comprimido e fazê-lo descer pela minha garganta o mais rápido possível para que essa dor passe. E é isso que faço. Dando mais uma lida naquele cartão, consigo me lembrar vagamente da noite passada e do estranho-não-tão-estranho-assim que conheci ontem. Talvez tenha sido destino, afinal, eu ter o conhecido ontem. Com sua ajuda, fiquei de ressaca pela primeira vez e consegui passar aquela noite torturante sem lembrar dele; do Taehyun.

       Levanto-me da cama e pego meu celular. A Solar me mandou pelo menos umas dez mensagens de ontem para hoje, e tem mais algumas de amigos e família. A notícia se espalhou rápido, no final das contas. Todos sabem que sou frágil quando se trata de relacionamentos, por isso a preocupação é maior.

      Acho o número do desconhecido - que apesar de saber seu nome, ainda insisto em chamá-lo assim - nos meus contatos e mordo o lábio inferior com força, cogitando a ideia de ligar para ele e agradecer por ter me deixado em casa e não ter se aproveitado de mim por estar bêbada.

       Meu dedo parece coçar para tocar na tela e iniciar a chamada, mas minha mente grita para que eu não faça isso. No final de tudo, como sou teimosa e não obedeço meu juízo, acabo ligando.

       Chama uma, duas, três vezes e nada de resposta. Mantenho meu lábio inferior preso pelos meus dentes e mexo distraidamente numa mecha do meu cabelo.

       Ele não atende.

      Suspiro, e deixo meu celular de lado, desistindo de persistir em ligar.

       É claro que ele não vai te atender, Whee In. Mino já deve saber de todo os seus fracassos no amor e deve querer distância de você, penso comigo mesma.

        Para a minha surpresa, meu celular começa a tocar no mesmo segundo e eu, como uma boba, trato de logo pegar o celular e atender sem mesmo ver quem é.

       - Alô? - falo, após atender no primeiro toque do celular.

       - Espero que a sua primeira ressaca não tenha sido tão forte - a voz do Mino soa do outro lado da linha.

Body | MinoOnde histórias criam vida. Descubra agora