Capítulo 42

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네가 내 옆에 있다면 거기가 보물섬

Winner,
Island.

     - Você poderia me ajudar, sabia? - Mino grita para eu ouvir de onde estou, enquanto faz uma pausa na sua tarefa para limpar o suor inexistente da testa e ofegar.

     - Vamos, deixe de corpo mole. Os gravetos nem são tão pesados assim - rebato, rindo de maneira divertida do seu estado de sedentarismo.

     Nós combinamos o seguinte: ele recolhe os gravetos e eu os organizo numa fogueira bonitinha para observamos as estrelas à noite. Estamos fazendo isso logo para não trabalharmos no frio, quando a noite chegar. A ideia foi do Mino, e eu prontamente concordei, pois ele conhece essa área mais do que eu e já fez isso antes. Agora, parece que eu sou a única habituada a tarefa.

     - Já ouviu falar em trabalho em equipe? - Ironiza, remando sem levantar muito os pés do chão até onde estou sentada com um punhado de gravetos na mão.

     - Sim, e estou fazendo a minha parte - dou de ombros e mordo um canudo de cenoura que piquei mais cedo caso sentisse fome, antes do trabalho na montagem da fogueira começar. - Quer? - Ofereço quando ele chega perto e derruba num baque seco todos os gravetos no chão.

     Mino, após relutar e me lançar um olhar desconfiado, enxuga as mãos no tecido lateral da calça, abre a boca e inclina o corpo na minha direção.

     Eu sorrio inocente e levo a mão até sua boca, mas pouco antes de deixar o canudo lá, eu recuo e levo a cenoura a minha boca.

     - Ya! Isso é maldade! - Mino protesta, fazendo um biquinho fofo e derrotado. - Eu estou morrendo de fome. - Ele cruza os braços abaixo do peito e se senta ao meu lado, num tronco de madeira espesso perfeito para evitar que sentemos na grama.

     Sua atenção está voltada para frente, assim como seu tronco. Eu observo seu perfil de lado.

     Imito o seu bico frustrado e dessa vez estico outro canudo na sua direção, pairando mão na sua frente, em forma de rendição.

     - Não vou recuar, prometo. - Ainda estou pensando se realmente irei cumprir minha palavra, porém Mino ainda não decidiu se vai comer ou não.

     Mino me olha desconfiado, mas não se arrisca dessa vez. Ele vira o rosto para o outro lado, orgulhoso, recusando e, como um felino ágil, rouba o saco de cenouras do meu colo quando estou distraída olhando para frente.

     - Ya! - Grito quando ele sai correndo em disparada para nenhum lugar em específico.

     Eu vou atrás em seguida.

     Mino corre no campo aberto de um lado para o outro, enquanto eu tento pegá-lo. É mais fácil para ele não haver nenhum obstáculo, pois não há como eu me esconder e encurralá-lo num plano perfeito. Quase escorrego na grama regada recentemente duas vezes, mas não chego a cair. Apenas arranco risadas dele nas duas vezes que isso acontece, já que ele ganha tempo para comer as cenouras.

     Ele persiste na brincadeira até parecer cansado demais para resistir. Só assim consigo chegar perto e roubar o saco de volta com um puxão rápido e forte.

     - Você está fora de forma - debocho, voltando a comer enquanto o observo ofegar com as mãos apoiadas nos joelhos e a cabeça baixa.

     - E-Eu es-estava fazendo o-o trabalho p-pesado desde o início - ele fala entrecortado, soltando suspiros sôfregos depois de, praticamente, cada palavra dita. - A-Além disso, vim o c-caminho t-todo dirigindo.

Body | MinoOnde histórias criam vida. Descubra agora