Body | Mino

Capítulo 15

널 좋아해

Winner,
Really Really.

     Puxo seu pescoço com minhas mãos trêmulas e colo nossos lábios num beijo cheio de intenções. Mino me empurra contra a parede do corredor e prensa meu corpo contra o seu, segurando minha cintura com firmeza. Eu arfo quando seus dedos frios tocam minha pele da barriga e puxo ainda seus cabelos, pedindo por mais. Mino aprofunda o beijo e me deixa atordoada com toda a sua destreza e habilidade; nunca beijei ninguém desta forma. Separamos nossas bocas por falta de ar após um tempo, mas ele me mantém presa entre a parede e ele, com sua respiração batendo contra a minha.

     - Está... - ele ofega - está entregue - Mino diz se referindo ao fato de estarmo ao lado da entrada do meu apartamento.

     Franzo o cenho, um pouco confusa com tudo o que estamos fazendo. Algo está errado... quero dizer, é assim que funciona uma amizade colorida?

     Por que pelo que eu me lembre do filme de mesmo nome... bom, não quero nem lembrar em detalhes o que acontece nele.

     - Não quer... hum... entrar? - pergunto entre um pigarreio e uma limpada de garganta, levantando a cabeça para olhá-lo nos olhos.

     Mino nega e fecha os olhos para me beijar novamente, dessa vez de uma forma lenta e calma. Como se saboreasse cada parte da minha boca. Ele se afasta depois e enfia as mãos nos bolsos da calça, balançando-se no seu corpo para frente e para trás com os lábios contraídos e uma expressão indecifrável.

     - Está tensa - ele comenta após um tempo me encarando. - Aconteceu alguma coisa?

     Nego, sacudindo a cabeça.

     - Se não quiser entrar, está tudo bem, quero dizer...

     Aish, como isso é difícil para mim! Como é difícil fingir indiferença e estar descontraída!

     Nós não somos namorados, somos apenas amigos coloridos, mas estamos agindo como um casal de namorados. Isso é estranho e super desconfortável. E não me ajuda em nada ele agindo desta forma, fazendo com que eu me derreta de amores por ele.

     - Não quero te apressar - como se pudesse ler meus pensamentos, ele fala. - Sei que posso estar apressando demais as coisas te chamando para sair e fazendo tudo o que um casal normal faria, mas eu não quero forçar a barra assim como não quero que nossa relação seja somente algo apenas momentâneo. Realmente gosto da sua companhia e se for preciso esperar um pouco mais para tê-la por completo em meus braços, eu posso esperar. Afinal, seis meses é muito tempo. Não quero passar a imagem de que estou procurando apenas por sexo e não sua companhia. Quero ambos, e estou curtindo isso.

     Ele termina o seu pequeno discurso dando de ombros e me deixando boquiaberta.

     - Então... - estou sem palavras, especialmente porque ele falou justamente o que precisava ouvir para estar mais tranquila - isso é um sim? - me refiro a minha pergunta anterior.

     Sorrio, estreitando bastante os meus olhos de maneira fofa e deixando minhas covinhas aparecerem, e causo o mesmo efeito sorridente nele.

     - Infelizmente não posso ficar hoje, meus pais estão voltando de viagem e querem passar uns dias comigo - ele revira os olhos ao terminar a frase.

     Faço beicinho, mas termino assentindo. Afinal, são os pais dele, eles são mais importantes.

     - Eu te vejo quando meus pais me liberarem das obrigações familiares? - sugere, tocando a ponta do meu nariz.