우리 함께 외로운 이 밤을 지새워요
Winner,
Baby Baby.- Filha, graças à Deus você está bem! - minha mãe exclama, me abraçando de maneira desprevenida e forte.
- Mãe, oi - falo, sem graça.
O que eles estão fazendo no meu apartamento?, não me entenda errado, eu amo meus pais. Mas às vezes acho que eles fingem preocupação comigo, com meus sentimentos. Estão mais preocupados com minha saúde mental, que todos dizem ser um pouco prejudicada.
- Ficamos sabendo do término do seu namoro e tivemos que vir aqui saber como você está - ela explica.
- Estou bem - forço um sorriso fraco. - Na medida do possível, estou bem.
Ela assente e se afasta, postando-se ao lado do meu pai.
- Como isso aconteceu, filha? - papai pergunta, cruzando as mãos atrás do corpo. - O que aquele bastardo fez com você?
- Eu... - minha voz falha. Não quero falar sobre isso. - Por favor, não me peçam para falar sobre isso.
Jogo meu corpo no sofá da sala, desviando o olhar deles que me analisam. Minha cabeça está latejando de novo, acordei com ressaca por ter bebido muito ontem. Espero que eles não percebam. Pois se sim, terei de explicar mais uma história.
- Eu e seu pai vamos fazer mais uma viagem. Dessa vez iremos conhecer o Havaí, não é incrível? - mamãe diz, feliz.
Abro o meu melhor sorriso, apenas para agradá-los. Acho que uma parte da culpa por eu ser tão carente amorosamente é dos meus pais. Apesar de amá-los, eu percebi que desde que me entendo por gente eles vivem viajando. Meus pais adoram viver em hotéis, como turistas. Fui criada pela minha tia e, assim como eu, ela era carente de afeto. Foi traída pelos seus três maridos e vivia sozinha com seus gatos. Acho que sua morte se deu por tristeza mesmo, não doença.
- Façam uma boa viagem. Vocês já estão de saída? - pergunto, tentando soar sútil.
- Sim, querida. Só queríamos ver como estava - me levanto do sofá e observo mamãe ajeitando seu chapéu de praia. - Espero que essa carência seja curada logo.
Ela me abraça, assim como papai, e ambos saem do meu apartamento. Deixando-me sozinha novamente.
Vou até a cozinha e pego alguns doces e salgados no armário, volto até a sala e ponho o filme mais meloso que conheço. Já é tradição, desde que era uma criança eu colocava esse filme bem romântico e chorava pelos meus exs. Agora não é diferente.
O filme mal começa e já estou em lágrimas, não por causa do Taehyun mas sim por causa da minha mãe. Tudo o que eu queria nesse momento era um colo acolhedor e um carinho materno no meu cabelo. Mas isso nunca acontece, não importa o quanto ela veja que estou aos pedaços mamãe só vem para fazer a linha "isso vai passar filha, agora tenho de voltar para a minha vida de viagens".
Abro mais uma caixinha de lenços e enxugo as lágrimas que ainda teimam em cair. Pego o celular e volto a ver as minhas fotos com o Taehyun. Paro em uma quando fomos ao parque aquático e, acho que acidentalmente, a Solar tirou essa foto quando eu desci do tobogã e Taehyun estava no final dele me esperando para me segurar. Nós fomos felizes, mas de alguma forma ele já conseguiu me esquecer enquanto estou estagnada aqui na mesma situação.
- O amor é mesmo uma droga - fungo, falando comigo mesma. - Queria poder ser desapegada nos relacionamentos, não me importar com nada.
Interrompo meus pensamentos quando o interfone toca. O que o Kiran quer agora?

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Body | Mino
Fanfiction[✓] Eleita uma das histórias destaque da página inicial do Wattpad em 2021 na categoria fanfic🎖️ [Concluída] Um coração partido, um bar bastante movimentado e uma garota aos prantos numa mesa em um canto mais afastado. Um clássico playboy, daquele...