Body | Mino

Capítulo 41

너와 나의 zone
넘볼 수 없어

Winner,
Love me Love me.

     Chegando na calçada em frente ao prédio onde moro, encontro Mino encostado de maneira casual no seu carro - diferente do outro que já vi - com as mãos nos bolsos da calça jeans rasgada, óculos de lentes amarela no rosto e um sorriso amplo direcionado a mim.

     Continuo diminuindo a distância entre nós, sentindo-me preenchida por felicidade a cada passo dado. Minhas bochechas queimam simplesmente pelo o fato de ele me encarar o tempo todo e por um momento eu me sinto uma adolescente descobrindo o primeiro amor do colegial.

     Sorrio nervosamente enquanto balanço a cabeça em reprovação a sua atitude.

     - Uau, minha namorada é muito linda - é a primeira coisa que Mino diz quando paro a uns dois passos de distância dele e do carro.

     Tento disfarçar meu estado de felicidade, mas acabo abrindo o maior dos sorrisos para ele e cobrindo o rosto em seguida de tanto constrangimento do meu ato. Apesar de já estarmos juntos há tanto tempo e termos intimidade, o "status" de namorada é algo novo, que só experimentei a sensação do som sair da sua boca duas únicas vezes (bom, agora três). Status esse que só tive com uma pessoa até agora, e reparando agora, foi tão insignificante e raso, muito diferente e menos revigorante do que agora.

     Não que eu queira, de propósito, comparar. Mas é inevitável em certo momento, quando ações controvérsias se chocam e você nota a diferença de um namorado atencioso para outro nem tanto assim.

     Mino me puxa pela cintura e me abraça forte, fazendo-me involuntariamente enterrar o rosto no seu peito coberto por uma camiseta azul marinho de mangas curtas. Gosto da sua combinação amarelo-azul por falar nisso, combina com o dia ensolarado colaborando com nossos planos de viagem. Só não sei como estará o clima quando chegarmos no nosso destino.

     - Está esperando a muito tempo? - Pergunto com a voz abafada.

     - Não - Mino beija o topo da minha cabeça e acaricia meus braços -, acabei de chegar. Seus pais não quisem falar comigo?

     Afasto o rosto o suficiente para apoiar o queixo no seu peito e fitar seu rosto. É ilegal a forma como ele fica bom em qualquer ângulo e me tenta a sempre queree tirar uma foto sua.

     - Não. Eles mal falaram comigo quando saí, estão cansados de uma viagem tardia a um ponto turístico ontem à noite. Acha mesmo que eles têm tempo para você? - Desdenho na última frase.

     Mino faz uma careta e um bico, e eu, dou risada.

     - Ainda acho que seus minutos preciosos deveriam ser gastos comigo, e não com você. Eu merecia uma despedida, valho mais a pena. Você é só uma filha ingrata. - Declara, empinando o nariz e olhando para um ponto atrás de mim.

     Abro a boca, incrédula, no meio de uma risada de mesmo caráter e bato no seu peito, aproveitando para desvencilhar-me do seu abraço.

     - Idiota - digo, cerrando os olhos. - Vamos logo, não queremos chegar tarde nessa casa.

     Dou alguns, paro de frente para a porta do carro preto de marca desconhecida por mim e pouso a mão sobre a maçaneta, esperando o veículo ser destravado.

     - Se me permite, my lady - Mino tira primeiramente minha mochila para pôr no banco de trás e me empurra para o lado com seu quadril, abrindo a porta para mim depois de usar a chave do carro para destranca-lo e inclinando seu corpo numa reverência exagerada.