TERROR

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*Agora*

Minha corrida é contra o tempo, sem Matt aqui, existe apenas mais uma pessoa que me importa e eu demorei de mais para perceber isso. Trevor não vai tirá-lo de mim. O Sr. Luke tem sido mais que um amigo, ele tem sido como um pai, eu preciso protegê-lo, ajudá-lo, salvá-lo. Só me resta ele.
Dirijo o mais rápido que posso, preciso chegar a tempo. Mas de quê, eu não sei. Trevor pode aparecer em qualquer lugar e talvez quando eu chegar na lanchonete seja tarde de mais. Me sinto perdendo as esperanças. Não Ana! Você não pode esmorecer agora, não desista! Um nome me vem à cabeça: Sophia... De onde surgiu esse nome? Não sei, mas não tenho tempo para pensar nisso agora. Estaciono de qualquer jeito em frente a lanchonete e entro correndo. É tarde de mais, Trevor está no balcão.

- Ora, ora baby! - Ele diz se virando para mim e paro no meio da lanchonete.

- Onde ele está? O que você fez com ele? - Busco o Sr. Luke pelo lugar e tento olhar para além do balcão em busca de seu cozinheiro que nunca vi.

- Está surpresa de ver à mim... - Ele pergunta, seu rosto se deformando, mas não vira um monstro, vira... Outra pessoa! - Ou à mim?

Ele vira o Sr. Luke!

Estou atordoada. Ele sorri, aquele sorriso que sempre me apavorou, mas que ainda assim parecia aconchegante.

- O que você fez com o Sr. Luke?

- Ah moça... - Fala soltando uma gargalhada e é como se depois de todos esses anos eu só conhecesse sua face verdadeira agora. - Você ainda não entendeu não é, baby?

- Quem é você? - É só isso o que consigo dizer agora. Estou aflita e não sei como agir.

- Seu amigo, oras... - Ele estende seus braços, como sempre, se apresentando e então pega um pano e começa a secar um copo, agindo naturalmente. - Sabe querida Ana, algumas pessoas são lentas em desvendar certas coisas, mas você se superou em nível de lentidão. Confesso que adorei me divertir com você, mas estou cansado, já estava na hora de acabar com esses joguinhos. - Me encara - É bem prazeroso eu confesso, a dor de vocês me alimenta, mas... - Ergue as mãos ocupadas em rendição - Eu tenho que te entregar para ela. - Diz colocando o pano e o copo sobre o balcão.

- Quem? - Meu coração dispara enquanto ele vem em minha direção.

- Você viu o que eu queria que visse, você lembrou do que eu queria que lembrasse... - Seus olhos escurecem até a esclerótica. - Agora está na hora de você pagar garota morta... - Sua voz é mais assustadora e grave agora, ele é o próprio demônio - Seu tempo acabou!

Ele toca a minha testa com seu dedo médio, sinto uma dor queimar desde o ponto tocado e irradiar por toda a minha cabeça. Minha mente fervilha. Tudo vira fumaça...

"No início haviam trevas. Sim. Foi isso que eu vi. Escuridão e depois fogo e depois trevas. Vi folhas, não sei ao certo.

Agora eu sei...

- Nós precisamos interná-la o mais rápido possível Stue, ela está vendo coisas! Amigos invisíveis e... Aqueles garotos... Ah meu Deus! - Diz chorando.

- Sim Martha, não há mais nada que possamos fazer. Ana precisa de ajuda. Iremos amanhã mesmo.

Lembranças...

- Você sabe o que fazer, apenas faça!

- Sim Trevo... - Respondo - Não vão arruinar a minha vida assim.

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