Poesias e Direito

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Jaeherys estava crescendo depressa demais na opinião de seus pais, os dias em que o menino aprendeu a andar e logo estava correndo atrás de Fantasma e Vento Cinzento pela propriedade durante o verão chegaram logo

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Jaeherys estava crescendo depressa demais na opinião de seus pais, os dias em que o menino aprendeu a andar e logo estava correndo atrás de Fantasma e Vento Cinzento pela propriedade durante o verão chegaram logo. A calmaria mas ao mesmo tempo, as grandes responsabilidades dos Stark na administração dos Stark passavam a impressão do tempo passando rápido. Durante a Guerra, tinha-se a impressão que o conflito não acabava nunca e o tempo estava parado.

Jon ajudava Robb a administrar as finanças da família e juntos cada um deles ganhava um salário de veteranos de guerra, o que os deixava tranquilos em relação ao futuro de seus filhos, já que Jon tinha Jaeherys e Roslin estava esperando o primeiro filho dela e de Robb.

Apesar de toda essa garantia, o espírito inquieto de Daenerys não a deixava se conformar em ficar quieta em casa, costurando bordados ou dando ordens a empregados. Foi aí que decidiu fazer outra coisa tão inusitada quanto comandar tropas. Começou a estudar direito na cidadela da cidade. 

Ela passava a maior parte de seu tempo estudando e lendo, e, quase que involuntariamente e sem essa intenção, acabava não dando a atenção devida a Jaeherys.

--Onde está a mamãe?-perguntou o menino quando tinha cinco anos,  em um dia que estava caminhando com seu pai.

-Você sabe Jae-Jon olhou pra ele-estudando, para aprender mais.

-Mas assim ela nunca fica com a gente-apontou Jaeherys um pouco triste.

-Ei-Jon o pegou no colo-não fique assim, sabe que a mamãe trabalha e se esforça muito porque quer que você tenha sempre o melhor.

-Eu entendi -Jaeherys assentiu-mas eu queria ela sempre por perto. Você quer meu bem mas está sempre por perto.

Ver o filho assim cortou o coração de Jon. "Sua mãe não percebe que já temos o suficiente e só falta ela desfrutar disso" ele pensou mas não o disse.

-Eu tive uma ideia-Jon sorriu numa tentativa de alegrar o filho-que tal se eu lesse as minhas poesias favoritas da sua mãe quando você ficar com saudade dela?

-Hum hum-Jaeherys concordou mas se animou só um pouquinho.

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O Corvo

De negro se veste e assim se esconde

No meio da neve por mais que não queira se destaca

Sempre quieto em extremo silêncio

Até que quando emite som parece ser algo horripilante

Mas ao prestar atenção se ouve a mais melodiosa harmonia

Que consegue até mesmo acalmar um dragão e fazê-lo dormir e sonhar

-Essa parece uma história-Jaeherys apontou depois de ouvir seu pai lendo-aconteceu de verdade?

-Bom pode se dizer que sim-Jon sorriu ao pensar no que significava as alegorias que Daenerys escreveu.

Naquela noite, Jon não pôs apenas o filho para dormir. Já acostumado com a esposa estudando e escrevendo até tarde, entrou no quarto e a viu debruçada sobre a escrivaninha, os dedos ainda envolviam a pena caída sobre o papel e a chama da vela ainda acesa iluminava o lindo rosto de Daenerys.

-Ah Dany...-Jon suspirou bem baixinho mas ainda assim conseguiu acordar a esposa.

-Jon...-ela se sentou devagar-o que...

-Você dormiu enquanto estudava-ele explicou com toda paciência-vem, vamos dormir.

Eles se deitaram mas custaram a adormecer devido à preocupação com Jaeherys.

-O Jae está bem?-perguntou ela.

-Sim, mas sente muito sua falta-ele começou a dizer e decidiu contar a situação do filho-eu sei o quanto a Academia de Direito é importante, não quero que desista dos seus estudos, mas encontre tempo pra ele, pra nós, por favor.

-Eu prometo Jon-ela disse sentindo-se constrangida por sua negligência.

Ao apoiar sua cabeça no peito de Jon, lembrou-se das cicatrizes que estavam ali. Há muito tempo ele tinha aconselhado Daenerys a ficar contente pelo suficienre que tinham, porém ela não queria perder as oportunidades que estava tendo. Durante sua infância toda sua família foi levada tornando o seu maior medo o de ser esquecida. Por isso ela queria  tanto ser lembrada por grandes feitos e deixar um legado.

Mas Jon como sempre tinha razão, Jaeherys era a coisa mais preciosa que tinha e ela parecia não estar se importando com ele, o que não era verdade.

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No dia seguinte Daenerys continuou seus estudos mas antes que a tarde findasse fez questão de dar um passeio com o filho pela cidade. No caminho, Jaeherys percebeu como as pessoas a cumprimentavam com respeito. Então eles se sentaram em canto do Porto Branco, observando o mar claro que refletia o céu nublado, à sua frente.

-Mamãe-Jaeherys tinha um pedido a fazer-pode ler uma poesia sua?

-Você gosta das minhas poesias filho?-Dany não sabia disso-tem uma que eu sei de cor.

O Lobo Branco

Quieto e calado em seu canto

De repente se aproxima, se confunde com a neve

Sua coragem mostra liderando a matilha

Juntos eles sobrevivem ao inverno

Ferozes são mas o que está por trás do ataque

É o que defendem dentro do coração

-Eu gosto de lobos-Jaeherys comentou-é o símbolo da nossa família. Essa poesia é sobre o Fantasma?

-É, não deixa de ser-Dany riu-é também sobre o papai e a nossa família.

-Certo-o menino replicou animado.

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Alguns anos depois, Daenerys estava pronta para defender seu primeiro caso. Diante do júri, fez um discurso sobre as conquistas e bravura do Norte na Guerra Revolucionária e como a vitória os levou àquele momento.

-Pretendo provar sem deixar nenhuma dúvida que meu cliente é inocente-com esses dizeres, Daenerys finalizou o discurso e começou a ouvir as testemunhas.

Quem estava ali notou sua brilhante inteligência, mas também seu orgulho arrogante e a aparente vontade de sempre deixar claro que era a pessoa mais esperta de onde estava.


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