Rumores

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Os pesadelos de Rickon eram constantes apesar de estar em casa já há um bom tempo. Bran compartilhava com eles algumas experiências dramáticas e emocionais, mas ambos os irmãos reagiam de forma diferente. Quando os pesadelos vinham, Rickon acordava apavorado e pronto para a batalha, como se revivesse tudo e estivesse em Essos novamente.

Seus pais e irmãos estavam contentes com os noivados recentemente firmados, porém a preocupação com o mais jovem dos Stark pairava no ar. Aos poucos ele não quis mais sair de casa e os sobrinhos pequenos estranhavam seu comportamento.

-Tio Rick passou por muitas coisas em Essos-explicava Roslin-coisas que ao lembrar deixam ele triste.

-Então o que podemos fazer para deixá-lo feliz?-perguntava Walder.

-Fazê-lo lembrar de coisas boas-respondeu a mãe.

-Ou criar novas memórias boas-completou Robb-o que acho difícil por enquanto. Tenham paciência meus pequenos, tenho certeza de que tio Rick vai ficar bem.

Lyanna Mormont conhecia bem os passeios regulares dos irmãos Stark pelas ruas de Winterfell e à beira do Porto Branco e por mais que encontrasse Roslin e as crianças, esperava ver Bran e principalmente Rickon, desde que eles retornaram da guerra em Essos.

Era estranho a ela querer visitá-lo já que tanto implicava com Rickon, mas teve que admitir a si mesma que sentia sua falta, mais que o comum. Talvez fosse por causa dos perigos e dos rumores de pesadelo que ele estava passando. Assim mesmo temendo não ser recebida foi procurá-lo.

-Srta. Lyanna que surpresa agradável-Eddard a recebeu.

-Digo o mesmo senhor-respondeu ela-apesar que não creio ser tão agradável assim, já que seus jovens filhos parecem me evitar.

-Não estamos evitando-Rickon chegou ao cômodo, indo até lá depois que ouviu a voz dela-estamos nos readaptando.

-Seu irmão parece já estar bem-Lyanna desviou o assunto-aliás meus parabéns a Bran pelo noivado.

-Darei a ele-rebateu o Stark-era só isso ou tem algo mais a dizer?

-Não é necessário tanta... grosseria-Mormont foi direta-sr. Stark, na verdade gostaria que me acompanhasse num passeio.

-Passeio?-estranhou Rickon-não quero sair de casa, muito menos agora.

-Rickon-seu pai interviu-vá por favor, fará bem a você.

-Está bem-ele não podia negar o pedido do do pai.

Com relutância seguiu Lyanna, mas para seu alívio, Felpudo os acompanhava ao seu lado.

-Ah...-suspirou ela-os famosos cães dos Stark, tão leais quanto dizem.

-Mais do que você imagina-concordou Rickon-desde quando são tão famosos?

-Seu irmão Robb passeia com o dele regularmente com a esposa e is filhos-ela esclareceu-e os de Jon e Arya se juntam aos donos com eles. Aliás foi por isso que fui atrás de você, não o via nesses passeios.

-Sabia que eu estava no exército-disse ele obviamente-oh... você sentiu minha falta!

-Tenho que falar que senti não vou mentir-disse ela impetuosa.

-Sabe que....-Rickon tomou fôlego-algumas vezes lembrei de você, do seu jeito implicante.

-Eu implicante?-indignou-se ela-você que é!

Os pesadelos de Rickon eram constantes apesar de estar em casa já há um bom tempo. Bran compartilhava com eles algumas experiências dramáticas e emocionais, mas ambos os irmãos reagiam de forma diferente. Quando os pesadelos vinham, Rickon acordava apavorado e pronto para a batalha, como se revivesse tudo e estivesse em Essos novamente.

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