A Batalha da Longa Noite

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O sol ainda não tinha saído quando a principal tropa do General Stark, formada em sua maioria pelos soldados garantidos pelo casamento do Coronel Stark, estava pronta para sair. Daenerys Stark, agora comandante de defesa, vestia o uniforme dos soldados, o casacão azul escuro com detalhes vermelhos, calças brancas e botas de cano alto. Jon suspirou ao vê-la assim.

-Não estou bonita?-ela tentou brincar.

-Você é linda de qualquer jeito-ele deu um sorriso fraco-estou preocupado.

-Você vai estar na minha retaguarda não vai?-Daenerys tomou as mãos dele-eu confio em você pra me manter a salvo e não se esqueça que eu também consigo me defender sozinha.

-Não me impede de temer-Jon segurou o rosto da esposa.

Daenerys o beijou para confortá-lo.

-Venceremos juntos-declarou ela.

-Juntos-Jon concordou.

Sob a luz das estrelas que dissipavam um pouco a escuridão do fim da madrugada, eles cavalgaram lado a lado, baionetas nas costas, espadas no cinto e soldados marchando logo atrás.

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Antes que Daenerys tomasse seu posto à frente do exército, Eddard sentiu-se emotivo ao vê-la estar numa posição de sua tamanha confiança, mas também de enorme risco. Ela não era somente sua nora, mas também sua filha de consideração.

-Daenerys - chamou ele cautelosamente, mas sério - antes que comande nossos soldados, há algo que eu quero dizer. Algo que queria saber, quando era jovem e esperava glória. Não temos controle de quem vai viver, ou morrer, ou se ainda vão contar nossa história. Na minha primeira missão como Comandante, liderei meus homens direto a um massacre, testemunhei todas suas mortes com muita tristeza e decepção de mim mesmo. Até hoje eu lembro disso, me lembra que a história nos observa o tempo todo. Eu sei que podemos vencer, há grandeza em você, mas saiba que o que fizer, tudo, seja o que for, ficará sob os olhos da História.

-Meu legado ficará gravado para sempre - replicou ela - entendo o que quer dizer senhor. Hoje farei meu melhor para honrar a história que deixarei para o futuro.

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O exército do Norte parou e foi posicionado onde Daenerys os indicou. Ao lado dela estavam Robb, Jon e Eddard. Jorah e Robert estavam com a outra parte do exército às portas de Porto Real, esperando o momento certo para tomar a Fortaleza Vermelha. 

-E então?-disse Robb observando o panorama do campo de batalha.

-Esperamos-Daenerys disse com determinação.

Cavalgando um pouco à frente, ela se posicionou em frente dos soldados.

-Sei que muitos de vocês podem estar receosos de ter uma mulher os comandando-Ela projetou a voz para ser bem ouvida-mas saibam que eu sei exatamente o que passam e o que essa Guerra significa. Eu a vi quase levar meu marido embora, vi homens de confiança desesperados e pesadelos os amedrontarem, famílias desoladas. Por muito tempo toleramos e resistimos à Cersei Lannister, que por ter mais riqueza e privilégios achou que tinha o direito de se impor sobre nós, comandar nosso pensar, nosso agir, em que acreditamos. Mas hoje declaramos o fim desse regime, tomamos o que é nosso juntos e iremos governar à nossa maneira, de forma justa e conforme o que acreditamos, conforme quem realmente somos. Não submissos de Lannisters mas o povo de Westeros! Que o Senhor dos Exércitos nos conduza a vitória!

O General Stark e seus filhos ficaram impressionados com o discurso da dama e juntos dos soldados bradaram gritos de guerra.

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A paisagem coberta por gelo e neve, imaculadamente branca, foi aos poucos sendo manchada com o vermelho e preto do uniforme dos soldados sulistas. Eles foram se aproximando aos poucos do campo de batalha, liderados por Jaime Lannister, enquanto sua irmã, a rainha Cersei esperava que seu exército retornasse triunfante a Porto Real.

Um momento de silêncio e estranheza se passou entre os guerreiros do Sul, não tinham avistado seus inimigos ainda. Até que de repente, como uma grande onda, vieram os soldados nortistas. Tomando a frente, montada em seu cavalo, Daenerys saiu brandindo a espada, atacando e estocando cada  inimigo que se aproximava.

Por todos os lados, homens guerreavam entre si, atiravam de suas baionetas, caídos e feridos preenchiam o chão branco, sobreviventes cambaleavam para um lugar seguro, esfaqueavam, golpeavam, estocavam, sangravam. Aquele era o preço pela liberdade, pela igualdade e fraternidade. Um preço muito caro, pelo qual os Nortistas desejavam valer muito a pena no fim de tudo.

Ao pôr do sol, do alto de uma grande colina, um jovem de vermelho hasteou uma bandeira branca. O General Jaime Lannister mandou seus soldados recuarem. 

-Nos rendemos! - declarou ele em alto e bom som.

Derrotados, os sulistas marcharam de volta derrotados, murmuravam uma canção que insistia em repetir "O mundo desabou, o mundo virou de cabeça pra baixo..."

-Nossa é a vitória! - gritou Daenerys aos seus soldados, sua espada erguida com orgulho - O povo de Westeros é livre!

Em Porto Real, Robert Baratheon e Jorah Mormont tomaram a Fortaleza Vermelha e declararam a vitória dos Nortistas. Tanto o Sul como o Norte estavam livres dos Lannisters. A Cersei Lannister for concedido continuar residindo em Rochedo Casterly, porém sem mais nenhuma influência ou poder político sobre ninguém e sobre nenhum povo.

Westeros celebrou sua liberdade conquistada naquela noite.


Quebrando a RodaOnde histórias criam vida. Descubra agora