MEU PROFESSOR

1º dia de aula

Acordei com alguém me balançando sem parar e chamando meu nome.

Abri os olhos com a maior preguiça e vi que era a Kate.

Katherine é a pessoa mais importante da minha vida. Moramos juntas em uma casa deixada pelos seus pais.

— O que foi? - Pergunto, tirando a coberta do meu rosto.

— Não está se esquecendo de nada, não?! - Questiona com os braços cruzados em frente ao peito.

Por causa do sono que ainda insiste em meu possuir, demoro a racionar.

— MEU DEUS!! - Levanto em um pulo e corro para o banheiro.

Hoje começo minha faculdade de psicologia. Com muita dedicação, consegui uma bolsa de estudos em uma ótima instituição.

Desde que terminei o colegial, já tinha certeza do curso que queria. É isso que imagino para o meu futuro.

Ainda bem que tomei banho ontem à noite, caso contrário, teria que me virar nos trinta.

Em velocidade máxima, lavo o rosto, escovo os dentes, corro para frente do guarda-roupa e pego as primeiras peças que vejo... calça jeans e uma blusa larguinha.

Prendo os cabelos em um rabo de cabelo, pego meu material e saio correndo de casa.

Nem pude me despedir da Kate, ou comer alguma coisa.

Com toda essa correria, esqueci (Na verdade, não tive tempo) de me apresentar.

Me chamo Anne Ribeiro, tenho 19 anos, 1,65 de altura, cabelo loiro natural e olhos castanhos. Aí está a ficha quase completa.

Vou às pressas para o ponto de ônibus, que por sorte, chega rápido.

É inacreditável que eu vá me atrasar justo no primeiro dia de aula. No entanto, se não houver muito trânsito, não será grande coisa

Ouço meu telefone receber uma notificação dentro da bolsa e o pego para ver que é.

Anne, pelo visto não vai chegar no horário que combinamos, né?!

Se apresse e não esqueça que nossa é a 305.

Essa é minha melhor amiga, Lisa. Nos conhecemos à bastante tempo e assim como eu, é apaixonada por psicologia.

Ela é incrível. Tem quase a minha altura, olhos verdes e cabelos negros.

Que bom que conseguimos cair na mesma turma.

(...)

Chegando à faculdade, vejo alguns alunos conversando entre si, mas há algumas salas fechadas, indicando que as aulas já começaram para alguns.

Que esse não seja meu caso.

Fui em direção ao corredor e quando encontro a 305, adivinhem... está fechada.

Droga!

Morrendo de vergonha, bato na porta.

Odeio ser o centro das atenções, mas hoje não dá para fugir.

Respiro fundo e escuto uma voz masculina.

—Entre.

Muito obrigada por ler. Espero que tenha gostado. Escrevi com muito carinho.

Beijos.