Samantha e Jorge na mesma semana!?

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A segunda chegou e com ela, a preguiça de levantar.

Com custo saio da cama, me arrumo e desço para a cozinha.

— Bom dia, Kate. — A cumprimento, com um beijo no rosto.

— Oi. Bom dia. Fiz café. Bebe um pouco.

Me sirvo e sento ao seu lado.

— Tudo bem? Como estão as coisas com o Miguel? — Pergunto, enquanto pego um pedaço de bolo.

— Ah, Anne. — Suspira. — Tudo o que fazemos juntos, é incrível.

— Hum... Alguém está muito apaixonada. — Brinco.

— Dessa vez, afirmo isso com toda certeza. Depois de tantos relacionamentos frustrados, sinto que estou no caminho certo.

— Desejo que vocês sejam muito felizes. — Aperto sua mão, com carinho.

— Obrigada, meu bem.

Conversamos mais um pouco e quando saio de casa, tomo um pequeno susto com o Dominic parado em frente à minha porta, como uma muralha de pedra.

— Bom dia, Senhora. — Me cumprimenta, formalmente.

— Bom dia. — Sorrio. — Você sabe que eu só tenho 20 anos, não sabe!? — Brinco. — Já que conviveremos por algum tempo, não precisa desse tipo de coisa.

— Desculpe, mas tenho que agir dessa forma. Meu trabalho pede isso. — Explica.

— Então, estou te liberando. — Insisto. — Bem, vamos? — Começo a andar, mas me interrompe.

— O carro está aqui.

— Carro!? — Me viro, sem entender. — Pensei que íamos de ônibus.

— Não, Senhora. —Se aproxima do veículo e abre a porta de trás para mim.

— Não te farei de motorista também, Dominic. — Eu mesma abro a porta do passageiro e entro.

No caminho, não falamos muito. Ou é bem retraído, ou talvez seja o hábito do seu trabalho, como disse.

Alguns minutos depois, estaciona na entrada da faculdade.

— Até mais. — Me despeço.

— Ficarei aqui a sua espera. Se precisar de qualquer coisa, é só mandar uma mensagem.

— Está bem. — Ué!? Ficará aqui até a noite? Isso é mesmo necessário?

Passando pelo portão principal e indo para os corredores, vejo a Samantha com seu grupinho de fiéis escudeiras.

É sério!?

Ela praticamente me fuzila com o olhar.

Soube pela Lisa que depois do nosso desentendimento na festa, pirou e mandou todos embora.

Ando normalmente e ao passar em sua frente, ouço me chamar.

Respiro fundo e olho para trás.

— Bom dia, Samantha.

— Não me venha com seu papinho de boa moça. — Alguém acordou de mau humor. — Você é muito cínica, não é!? A protegidinha... Uma das melhores da sala. A bolsistazinha número um.

— Como é que é!? — Não acredito no que estou ouvindo. — Sou bolsista sim. Qual o problema?

— Será não vê!? — Sorri. — Essa faculdade é renomada, tem os melhores professores e principalmente, é uma instituição particular. É para quem tem condições, não para gente como você e esses oportunistas que andam por aí.

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