Bônus: Jennifer

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Não acredito que o Arthur me tirou de Nova Iorque, para isso.

Sempre que nos falávamos, tinha que colocar essa mulher no meio, mas vendo de perto, é bem pior.

— Que raiva. — Esbravejo, irritada.

— O que foi? — Vitor, pergunta.

— Por que ela tem que dormir aqui?

— Porque é a noiva do seu irmão. — Diz, enquanto começa a se trocar.

— Cala a boca.

Tudo bem que os dois estivesse ficando, ou até namorando, mas casar?

Será que não percebe que está atrás do seu dinheiro. Faz todo o sentido, não!?

A pobre, se interessa pelo cara rico e o abandona depois.

—O que está pensando? — Senta ao meu lado.

— Em como separarei a Anne do meu irmão. — Explico.

Franzindo a sobrancelha, segura minha mão.

— Para com isso, Jenny. Eu gostei dela. Qual o problema?

— O quê!?— O olho, incrédula. — Não acredito que está falando isso.

— Não devia ter dito aquelas coisas. Pensou em como o Arthur reagirá ao saber?

— Não me importo. Não deixarei que dê um golpe no meu irmão. — Digo.

— De onde tirou essa ideia? — Tira seu relógio e o deixa em cima do criado-mudo.

Massageio minhas têmporas e respiro fundo.

— Meu amor... É óbvio. Ela não tem nada e encontrou uma oportunidade de se dar bem na vida.

— A Anne me pareceu ser uma boa pessoa e seu irmão é bem grandinho para se cuidar. — Opina.

Já estou me irritando com sua discordância em tudo que falo.

— Vitor, não seja idiota. — O repreendo. — Na sua visão, todos são bons, mas provarei o contrário.

Bufando, cruza os braços e me olha.

— Então tá, levando em conta que esteja com o Arthur por interesse... Acha que já não teria percebido? — Leva em consideração.

— Não. Mulheres como essa sabem enganar suas vítimas muito bem. Com certeza, depois do casamento, mostra suas garras. Preciso da sua ajuda para afastá-la.

— Como pensa em fazer isso? — Pergunta.

— Primeiro, serei boazinha com minha cunhada, mas por trás, vou destabilizá-la.

— E se a Anne contar para o Arthur? — Questiona.

Reviro os olhos, impaciente.

O Vitor sempre estraga minha empolgação.

— Ele me ama e sou a pessoa mais importante da sua vida. É claro que acreditará em mim. — Sorrio.

— Vai contar só com isso!? Seu irmão também a ama.

— Chega! — Grito. — Não precisa ver todas as possibilidades do meu plano dar errado.

Fechando a cara, abaixa a cabeça chateado.

— Me desculpe, meu bem. — Sento em seu colo. — Estou irritada e não está ajudando. — Seguro seu rosto, fazendo com que me olhe. — Não vamos brigar por causa dela. — Lhe dou um dos meus melhores beijos e só paramos, quando nos falta ar.

— Você sempre consegue me dobrar, não é!? — Aperta minha cintura.

— Não posso fazer nada se é louco por mim. — Provoco.

— Está totalmente certa. —Me vira na cama e fica sobre mim. — Agora eu quero te deixar louca. — Diz, entre beijos.

Fizemos amor até nos sentirmos saciados.

Enquanto descanso em seu ombro, meus pensamentos voam.

O Arthur sempre me surpreende, só que dessa vez, para pior.

Francamente, namorar uma aluna!?

Ele precisa de uma mulher de verdade, não uma adolescente perdida no mundo.

Se fosse apenas um lance bobo, não me importaria, mas inventar de casar, não aceito.

Somos os únicos da família Monteiro e não podemos jogar nosso nome na lama, por causa de um capricho.

Um homem como o Arthur precisa de uma mulher forte e a sua altura.

Sério, poderia se casar com qualquer mulher do nosso meio, porém foi escolher logo uma simples garota.

Os dois, sequer combinam.

Até a Helena seria melhor. Sei que tudo o que fez foi horrível, contanto, amava meu irmão.

Não importa.

A Anne nunca será a Senhora Monteiro.

Não permitirei isso.


Parece que a Jennifer não está de brincadeira, hein!?

Coitada da Anne.

Mais uma bomba para segurar.

Será que a Jenny conseguirá abalar o relacionamento dos dois?    

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